Review Cadillac Blues, 26/04, Sunset.

Na última quinta-feira tivemos o primeiro evento voltado a música boa na Sunset em dias de semana. Para começar, a banda chamada foi a Cadillac Blues, que fez um grande show tocando vários clássicos do estilo americano e algumas ótimas músicas próprias. Passaram por alguns problemas com o som e com a bexiga, mas nada que diminuísse a animação e o feeling dos caras.

Logo após a meia noite, a banda que é formada por seis integrantes subiu no palco e começou a se preparar para o show. Pouca gente foi prestigiar o evento, mas lembro a vocês que é apenas a primeira quinta feira. Tornando-se uma tradição, imagino que o pessoal vá mudar de postura. Bem, o inicio do blues foi com a clássica I’m Tore Down. Ai já deu pra ver que eles mandam muito bem, mas ocorreu um problema com o cubo de uma das guitarras (provavelmente queimou) e o show teve que ser interrompido.

Após alguns minutos, voltaram com duas do mestre Stevie Ray Vaughan: Mary Had a Little Lamb e o baita blues Pride and Joy, uma das minhas preferidas. Ai já estava tudo bem outra vez. Estresses resolvidos, o resto da noite seria de muita música e cerveja. Destaco logo as duas próprias que a Cadillac tocou. Blues da Patizinha e Baratas de Bar. Boas demais mesmo! Letras excelentes e engraçadas, ótimos solos de guitarra e gaita e uma grande atuação dos integrantes da banda. Estão realmente de parabéns!

Agora voltando aos covers. Have You Ever Loved a Woman, do Clapton, deu pra viajar muito longe. It Hurts Me Too, Hoochie Coochie Man, Shame Shame e Sweet Home Chicago homenagearam os grandes mestres do blues americano. Red House, do Hendrix, foi muito foda também. Onze Horas da Manhã fez referencia ao Deus do estilo aqui no Brasil, Celso Blues Boy. E a finaleira do show foi para ao dia que havia acabado de começar: Sexta feira. O já clássico cover desses caras ai que integram a Cadillac Blues – Cerveja, do Leandro e Leonardo – foi tocado no ritmo de blues e terminou a noite com muito bom humor.

O show foi excelente. Eu fazia muito tempo que não os via tocar, e me surpreendi de verdade. Estão muito bem e cada vez melhorando. Merecem uma data num dia mais cheio da Sunset, mas que se mantenha esse set list grande e cheio de clássicos. Ah, e o que também é muito importante no blues, o improviso, foi bem utilizado! Quando um integrante da banda precisava ir ao banheiro (já que o show era longe e a cerveja não era pouca), o resto ficava improvisando até a formação estar completa outra vez. Além disso, várias trocar de instrumentos também, com participações muito especiais – destaque para quando as guitarras estavam com Jô e Alison e os solos foram incríveis –.