quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Pé Na Estrada + Review Grito Underground Dia 1


     Pois é galera, no último sábado eu me dirigi até Butiá onde estava ocorrendo o festival tradicional da cidade, o Grito Underground. Nessa estrada onde coloquei meu pé, fui arrastado pela banda Avalanche - O principal motivo d'eu ter faltado na festa comemorativa de 1 ano do blog, my bad brothers. A viagem foi muito bacana e foi uma oportunidade para conhecer melhor a banda, conhecer de perto. Eu pessoalmente já conhecia todos menos o Alan, mas nunca tinha visto a banda por detrás dos palcos - a viagem foi um tanto esclarecedora. No carro 1 foram o Top e respectiva donzela, o Kurt também acompanhado e o Alan. Sobre o que rolou lá, só sei que deixou o top com cãibras e pressão baixa. No carro 2 fomos eu, minha princesa, o Marcos, a namorada do batera e o primo (??) dela.

      Não que eu não conhecesse o Marcos antes, porque de fato somos amigos muito próximos e já dividimos os palcos na Joker Dogs. Porém, pegar a estrada com ele em uma banda nova foi diferente. Que ele é um cara que dá o sangue pela banda eu já sabia, o cara foi tocar com o pé enfaixado. Já não foi moleza pra ele dirigir até lá, daí o show era o penúltimo da noite, tinha a viagem de volta, carregar os apetrechos, se instalar... Foda. A banda toda, de fato, anda dando um duro para continuar de pé. No Blackout Rock Festival o Top falou, e não me esqueço, que 'Enquanto existir eu e o Kurt, a Avalanche vai em frente e é isso aí, rock n' roll' e é isso que está acontecendo. A banda não está muito unida na minha opinião, mas os caras se dão bem entre si e, o som, está muito bom - mas deixa isso para depois, quando estiver falando do show.

      Chegando em Butiá eu fiquei impressionado. O lugar era muito menor do que na minha imaginação mas estava para me surpreender ainda mais. Tinha um público favorável, porém, o ambiente do palco era o menor que já vi. Mais de 200 pessoas compareceram mas apreciando o show não comportava mais que 50. Para os que tomaram a reclamação foi unânime: A cerveja estava quente. Estava sendo trazida diretamente do freezer para as geladeiras do bar que não tinham a temperatura adequada - sem contar que só tinha Skol (yuck!)

     Mas claro, claro que isso fora um parágrafo um tanto pessimista. De fato, o festival fora melhor organizado que muitos que já compareci - tendo organizadores correndo em tudo quanto é canto e lado e um segurança que realmente circulava e aparava todos conflitos (ou proibia eles de acontecer, pois, eu não vi nenhum). Também oferecia uma barraquinha de souvenirs e um lanche muito maluco, chamado Entrevero que consistia em 4 tipos de carne (Gado, Frango, Porco e Bacon [bacon é muito mais que porco, bacon é vida]) com pimentão, cebolas e alho. Quem comeu disse que foi uma coisa from hell. O som no ambiente do palco estava ótimo também, sendo regulado por um organizador individualmente a cada show e com monitoramento (o cara era igualzinho ao Scott Ian do Anthrax). Então, de fato, vi detalhes que me deixaram impressionado, que deram de 10 em muito festival que já fui.

Badass

     O equipamento oferecido também era de primeira, com um amplificador com falantes celestion, uma bateria pearl, um microfone sennheiser... Mas chega de detalhes. A primeira banda a estourar os ouvidos fora a Sastras, uma das melhores da cidade. O power metal/goth metal/tuliruliru metal deles agitou a galera bastante e teve direito a um novo single da banda, 'fronteira', que está sendo gravado e o EP da banda está previsto para o final desse ano ainda. As próprias foram a prioridade do show, e eram ótimas (francamente, nunca vi tanto solo). E no final do show, pudemos ouvir covers, dentre os quais destaco Aces High que é a minha favorita do Iron Maiden - e deixaram a galera num gostinho de quero mais quando começaram o riff da clássica The Trooper e pararam, terminando o show aos protestos.

Artwork na parede do bar - Tri da massa
Devo confessar que rateei em não tirar foto do show, mas consegui essa diretamente no backstage

     A segunda banda foi a Petit Mort, banda que veio diretamente da Argentina para o festival. O som dos caras era fenomenal, um alternativo grunge pesado do caramba. Tocaram próprias e um cover muito interessante de That's The Way(I Like It). O pequeno power trio fez um som de derrubar paredes com o baixo distorcido e em acordes, a guitarra berrando e o baterista usando toda a energia vital. Outro detalhe, a banda não parava de se mexer 1 segundo - tirando o baterista que é um tanto impedido e a vocalista que às vezes tem que estar perto do microfone, mas nos outros momentos foi insano. Som bom, presença de palco ótima, ótima banda.     























Espero que as fotos tenham conseguido captar ao menos um pouco da presença de palco dos caras
     A terceira a subir no palco foi a Dévil Évil. Essa banda eu nem sei o que dizer - achei demais e uma droga ao mesmo tempo. As músicas eram monovérsicas, isto é, se ouvia o mesmo verso over and over como lavagem cerebral, com duas vozes se entrelaçando e em meio a tudo isso uma zueira de solos barulhentos carregados de fuzz e efeitos lunáticos. O extremo do experimentalismo nu e cru - Botando muita banda cheia de técnica no chinelo das emoções.


Flanger *-*

     E, finalmente, sobe às luzes a Avalanche. A primeira banda da noite a apresentar um repertório só de covers e me chamou muito a atenção. Eu havia presenciado um show deles fazia muito tempo e os caras deram um salto enorme no show. O som da guitarra do Alan casou muito bem com o amplificador da casa e as músicas foram escolhidas na emoção do momento, com direito a músicas novas e que botaram meus cabelos no ar, como Modern Day Delilah, Wicked Game e Poison Heart - Essa última me deixou de cabelo em pé, pois como um fã de carteirinha dessa música, nunca imaginei que ia ver Ramones com um solo legal e fiquei impressionado com o sweep do guitarra, encaixou muito legal. E é claro, as clássicas, como Piece of Me e Look What The Cat Dragged In (essa, eu sugeri aos berros e acabei recebendo uma dedicatória).




















     A última banda que iria subir aos palcos eu não consegui ver devido à extrema exaustão do pessoal, que acabou indo dormir no carro antes do show, devido a um grande atraso da primeira banda (de 1 hora para ser mais preciso). Afinal, tínhamos uma longa viagem de volta.

 Momentos antes da jornada de volta

     Outro detalhe que eu não encontrei em Butiá: Rodas Punk, Headbangers abraçados, zoeira no público e gente bêbada passando mal e vomitando. Parece estranho mas se for pensar, é uma questão de gosto e até respeito. Falando em respeito, era proibido fumar dentro do bar e o guarda, como já citei, estava sempre circulando e pedindo para apagar. Foi um festival que deu para chegar em casa cheiroso, sem cerveja derramada, cigarros, suor...

     As bandas estavam todas ótimas dentro das suas propostas e achei isso demais. O público era pequeno comparado ao que vemos por aqui e o local também, mas mesmo assim bandas boas não deixaram de comparecer. Totalmente Excelente. E para quem queria comparecer aos 2 dias de evento, tinha espaço para barracas, que também não foram muito numerosas. Butiá pode se orgulhar do festival.

      E de bônus, alguns links extras:
Cover de Poison Heart da Avalanche
Petit Mort no Morrostock (video)
Facebook da Petit Mort
Site da Petit Mort onde podemos encontrar as músicas para download
O Facebook do festival para quem quiser ficar de olho nas novidades e ver mais sobre o festival

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