Em meados de 2003, os amigos Diego Schroeder (Pilha), Regis
da Silva (Reggys Crash), e Douglas Martins (Top Gun), reúnem-se com a proposta
de formar uma banda com total influência no hard rock dos anos 80. A banda
teria o visual, sonoridade e atitude voltadas as bandas que marcaram a cena de
Los Angeles e consequentemente o mundo.
Top/Pilha/Regis |
Diego Pilha: Eu lembro que antes da Strawberry a cidade não
tinha quase nada de hard rock. O que mais rolava era eu e o Top indo pra Porto
Alegre ver as bandas que estavam rolando por lá. Eu tinha a ideia de formar
esse tipo de banda, estilo Poison e Skid Row, e comentei com o Top e também com
o Regis que na época não se conheciam, foi aí que resolvi apresentar os dois.
Regis: Antes da Strawberry só me lembro de uma banda
de rock aqui na cidade que eu respeito até hoje e guardo na lembrança. A Rock N
Blues Dillers. Musicalmente falando eu não conseguia me encontrar, eu era
eclético demais. Toquei punk, metal, pop, e era tudo uma grande bosta. Eu
conhecia o Pilha e ele gostava de Deep Purple e Led, na época o Purple tinha
tocado em Porto Alegre e só se falava nisso. Então eu queria tocar Guns e
Ac/Dc. O Pilha comentou a respeito de um amigo que tocava guitarra e poderia
ingressar em nossa futura banda, foi aí que o troço começou a render, pois esse
tal guitarrista era o cara mais loco e alucinado por montar uma banda de rock
que eu conheci até hoje, esse cara era o Douglas, mais conhecido por Top Gun!
Regis e o veneninho |
Top Gun: A minha estória na banda começa da seguinte forma.
O Pilha era meu vizinho, sempre com aquele estilão dele, visual poser e gente
fina ao extremo. Como os festivais de bandas em 2001 e 2002 eram escassos,
nosso passa tempo era nos reunirmos com o Clebinho (que na época mal tomava
cerveja) e ouvir discos de rock, mas ouvir de tudo, de Slayer até Mamonas
Assassinas. E eu sempre fui um rato de hard rock, colecionava revistas, fitas
k7, VHS de shows raros, e apresentava tudo isso pra gurizada curtir. O Pilha já
curtia Skid Row, então quando ouviu o Poison ele pirou de vez. Os raros
festivais de bandas aqui na cidade eram complexos, pra você ter uma ideia, no
finado Bar Tosco, certa vez eu e o Jardel (atual batera da Justo Meio)
derrubamos uma parede pra ter mais espaço para uma gig que rolaria no bar, e a
noite voltei para curtir as bandas, foi nisso que um casal se aproximou (não
vou citar nomes), a garota olha pra minha camiseta do Skid Row e larga o
seguinte: "Você não é bem vindo aqui no movimento, esse tipo de banda é machista
e sexista". Na hora fiquei sem saber o que responder, afinal de contas eu tinha
contribuído para o festival acontecer, então virei pro Clebinho e perguntei: o
que foi que a garota disse? E ele responde: Cara ela disse que tu é um macho
que gosta muito de sexo. Dias depois o Pilha me apresentou o Regis, e eu tenho
a impressão de que o Pilha falou que eu sabia tocar guitarra, não que eu saiba
tocar agora, mas na época eu só tinha empolgação, e devo tudo que eu sei ao
Regis, por toda a paciência que ele teve em me passar todas as musicas.
Primeira formação
Com as cordas já definidas e um repertorio em mente, era o
momento de buscar alguém para assumir o posto de baterista, e um front man pra
banda, tarefa esta que não foi nem um pouco fácil. Regis ficou responsável por
conseguir um baterista e recrutou o Maiquel Schroeder (Mamute), que já tinha
tocado em sua primeira banda, e o Top Gun foi atrás de um vocalista.
primeira formação: Pilha(baixo) Maiquel(batera) Regis(guitarra) Top(guitarra) Dani (vocal) |
Regis: Eu já tinha
tocado com o Maiquel na minha primeira banda e sabia que ele toparia tocar
novamente, naquela época todo mundo topava tudo e não tinha frescura, era
sangue nos olhos. O Top iria descolar um vocalista, e eu lembro dos nomes
cogitados que hoje me dão calafrios. No fim acabei convidando o Daniel Fritsch (Jack
Dani) que tinha sido meu colega de aula uns dois anos atrás, convidei ele em
uma noite que tomamos um porre federal e ele topou e assim estava formada nossa
gang.
Top Gun: O Regis trouxe o Maiquel para um ensaio e na hora simpatizei com ele. O Maiquel era muito
fera, musico autodidata, tocava guitarra, baixo, tinha noção de vocal, e era um
porra louca encrenqueiro. Eu fiquei responsável por arrumar alguém pra assumir
os vocais da banda, lembro de ter feito uma listinha com 5 ou 6 nomes, dos
quais o Regis não topou nenhum e o Pilha acho que só concordou com um nome, que
era de uma garota que estudava canto, tocava baixo e violino, mas optamos por
deixar esta opção de lado, e o Regis então sugeriu o Dani pro vocal e aí o bixo
pegou. ( Só uma curiosidade pra galera, essa garota que não chegou a fazer o
teste, tornou-se groupie da banda Rosa Tattooada, com direito a dedicatória até
em um disco dos caras)
Dani: Eu lembro que
uma vez fui assistir uma banda que o Regis tinha com o Eliandro e o Maiquel. As
musicas não estavam rolando legal então o Eliandro largou o vocal e o restante
da banda continuou tocando, foi então que eu peguei o microfone e no mesmo
instante o pai do Maiquel começou a arrumar o som e a galera começou a curtir.
Um dia o Regis me perguntou se eu queria tirar umas musicas e assim aconteceu.
Eu lembro do esforço do Top em conseguir lugares pra tocar, lembro que um dia
ele apareceu com a ideia de tocar em um evento na praça do Senai, uma festa de
pagode e samba, liberado para o público, e ele queria a todo custo que tocássemos
lá. Porra Top, jamais sairíamos com vida de lá!
Regis tirando uma cera do ouvido de Dani |
Ensaios
Banda formada, era hora de ensaiar, então juntaram os
equipamentos (extremamente precários por sinal, a banda vivia um perrengue
danado) e foram pra casa do Regis ver o que iria sair. No inicio foi tudo muito
complicado, Maiquel não tinha bateria, e o Top Gun depois uma promessa feita a
Regis e ao Pilha, juntou seus trocados e comprou uma bateria pra poderem
ensaiar, simples mas iria funcionar, e deram inicio a sua saga musical.
Pilha: O Regis tomou a frente e organizou a situação, o
primeiro cover que tocamos foi Rockstar do Poison, tocamos um Guns N Roses
também que foi muito bom, e mais alguns covers que eu nunca tinha visto banda
nenhuma em Santa Cruz tocar.
Top Gun: Eu lembro de algo que realmente marcou essa minha
vida medíocre. Começamos a tocar It's So Easy, e o Dani não cantava, ele berrava
no microfone, e o Regis esculachou no solo, o bagulho foi insano pra caralho,
ainda mais com o fato da chuva que caía lá fora. Quando terminamos a musica e
ficou aquele barulho de trovoadas e chuva, o Maiquel me olha e larga um “puta
que pariu”! Não era preciso dizer mais nada, tínhamos formado uma legitima e
verdadeira banda de Rock N Roll.
O Primeiro show
Regis e o Maiquel como eram os músicos mais experientes da
banda, foram lapidando as musicas até ficarem de forma apresentável para o
publico, isso custou alguns meses de ensaio, e finalmente surgiu a oportunidade
para a banda estrear no palco. Era o festival Rock Ocktober, mas ainda faltava
o principal, o nome para a banda.
Dani mandando um foda-se na estréia da banda |
O Nome
Pilha: O nome surgiu por causa de uma bebida que eu não
lembro muito bem os ingredientes, mas sei que tinha morango, era batido e fazia
mal. Alguém sugeriu batida de morango, então com algumas modificações surgiu
Strawberry Crash e assim ficou.
A estreia
Top Gun: Era a noite da nossa estreia, lembro que a Boicote
tocou também e eles já eram uma banda consagrada na cidade. Eu tremia e não era
de frio, acho que de tanto nervosismo, meu cérebro bloqueou algumas lembranças
desta noite. Sei que tinha alguém puxando briga com o Pilha e eu cuspi ou
chutei o cara, ou foi as duas coisas? Não lembro, mas o que me deixou pirado
foi ver o publico agitar até nas musicas que ninguém conhecia, então eu queria
mais! E o Maiquel se esbaldou, levou dois roudies pra cima do palco, um pra
segurar a bateria e outro pra segurar um mini ventilador, porque ele não queria
passar calor. Aquilo era uma doidera sem fim.
Goró: Cara se minha memória não me trair, vi o primeiro show
da Strawberry Crash num bar perto da Ocktober, numa única festa que teve ali
organizada pelo Foca. O que me chamou atenção era que o Regis e o Dani, já
amigos na época, iriam estrear com a banda deles. De cara na festa encontrei o
Regis ele tava com uma camiseta do Aerosmith, algumas pulseiras, como manda o
figurino e pensei: Caralho que massa!
Depois de alguns atrasos eles começaram a apresentação,
seguidos do Pilha no baixo, Maiquel na batera e o Top Gun (até então
desconhecido) na outra guitarra. Lembro de 2 sons do Poison numa velocidade de
deixar o Loco Live do Ramones no chinelo. Lá pelas tantas tinha um cara
incomodando no público e o Top começou a meio que chutar ele lá de cima do
palco e a energia do show em si era diferente. Saí com uma boa impressão da
Strawberry, mais pela atitude do que pela técnica ou execução em si. E falei
pros guris mais tarde: “Porra, o bom é que tu não sabe como vão terminar os
shows, sempre pode acontecer alguma coisa”.
Descabaceition Fucking Tour
Vencido o medo da primeira apresentação, era hora de apostar
um pouco mais alto e enquanto as bandas da cidade passavam meses ensaiando e
esperando a oportunidade de tocar em 3 ou 4 eventos ao ano, a Strawberry
resolve embarcar em uma mini tour batizada de Descabaceition Fucking Tour, por cidades como Rio Pardo, Candelaria,
Encruzilhada, Venâncio Aires. Com apresentações marcantes e divertidas, a banda
consegue atrair um bom publico e conquistar aos poucos seu espaço no
underground.
Pilha: Teve um show que seguido me lembro, quando tocamos no
Bomboa Bar. Lembro que queríamos ver se realmente dava pra tocar sob muito
efeito de álcool, então eu, Regis,Dani e o Maiquel, bebemos tudo que podíamos
antes do show e o resultado foi bizarro, não sei se algum instrumento
sincronizou com o outro mas foi engraçado tocar naquele estado.
Top Gun: No inicio meu objetivo pessoal, era por a banda pra
tocar em qualquer ocasião, cair na estrada sempre que possível. Conheci um
pessoal de Encruzilhada pelo finado MIRC que era uma espécie de sala de chat e
marquei um show pra Strawberry na festa da Ovelha em 2004, chegamos lá e
tocamos, então cortaram o som do P.A, a galera começou a gritar pra
continuarmos tocando e assim foi, seguimos tocando com o equipamento desligado.
Acredito que tenha sido essa nossa característica em ter esse lado verdadeiro e
puro que marcou tanto o pessoal, tenho amizades deste tempo que mantenho até hoje.
A divulgação da banda era toda feita por icq e por um polêmico fotolog que
bumbava tanto contando nossas travessuras que desandou de vez...
Na festa da Ovelha em Encruzilhada, P.A desligado e banda sentando a peia |
Santa Cruz in Concert
Com a banda em ascendência, conseguiram uma apresentação no
festival Santa Cruz In Concert, e de quebra ganham destaque no jornal Gazeta do
Sul, com uma ótima avaliação de Mauro Ullerich, o que ajudou ainda mais a banda
ganhar seu espaço.
Top Gun: Aquele foi um momento muito bom pra banda, tocamos
em shows ralados e conseguimos uma apresentação no Santa Cruz In Concert, junto
com a Rising, Nighstalkers, Mistake entre outros. E na resenha que o Mauro fez
sobre as bandas na Gazeta ele foi muito generoso, dando um destaque pra nossa
presença de palco que ele definiu como sendo “destruidora” e comparando o Pilha
com o Sebastian Bach (vocal do Skid Row) tamanha a semelhança entre os dois, e
pra fechar ele disse que a Strawberry era o Guns N Roses da cidade, então o que
mais poderíamos querer?
Pilha/Dani/Top/Maiquel/Regis |
Strawberry Crash uma banda de ROCK PUNK METAL??
Mas foi em Candelária que a Strawberry Crash conseguiu seu
maior público, tocando no festival Pinto & Os Gordo, transmitido ao vivo
pela radio Triangulo FM, a banda se apresentou na praça da cidade para um
público de quase 1000 pessoas, recebendo novamente destaque no jornal local,
onde a banda foi definida na matéria como sendo Rock Punk Metal ??
Top Gun: Esse foi
outro show que eu tremi na base. Estava com medo de todo aquele publico que até
então era o maior que tínhamos enfrentado, mas o Erian (produtor), foi um cara
muito legal e nos tratou bem, nos chamando pra tocar em outros eventos em
Candelaria. E um fato curioso deste show é que tem uma foto do Nilo no meio da
multidão nos assistindo e ele parece o Indio Xiquinha, tinha também uns
travestis dançando ao som de Poison e enlouquecendo com a sensualidade do
Pilha, acho que foram os primeiros travestis da região.
Encontre o Nilo e ganhe um prêmio |
Sexo, drogas e um baterista fora da banda
Mas nem tudo eram rosas no caminho da Strawberry Crash, e em
2005 eles sofrem sua primeira baixa. Maiquel não comparece mais aos ensaios e é
afastado da banda.
Regis: Só posso dizer que a cada saída que aconteceu, a banda
se alterava e mudava algum conceito, existiam ganhos e perdas, mas se houveram
saídas é porque elas foram necessárias em nome de um bem maior.
Top Gun: Foi meio difícil de aceitar, mas depois de uma
longa conversa com o Maiquel, vi que o melhor a ser feito era deixar ele seguir a vida da
forma que ele escolheu. Ele vivia tudo intensamente e seguia a filosofia de
Sexo, Drogas e Rock N Roll a risca. Infelizmente as drogas começaram a roubar o
talento dele e após isso, acredito que ele tenha vivido um pesadelo por algum
tempo. Nosso ultimo show com a formação original foi na casa do Kurt, e toda
galera do rock, rap e criminalidade juvenil estavam por lá tomando cachaça
morena e vodka markof no bico. Lá pelas tantas a policia apareceu e o Regis vai
ao microfone e dedica Its So Easy para os tiras que queriam invadir a
festinha... Meu amigo, não era mole não, e hoje em dia tem cara criado a leite
com pera que faz banca de fodão!
Pilha: O Maiquel estava tendo probleminhas com narcóticos,
então descobrimos o Nilo de sobradinho.
Dani: O Maiquel não conseguia dar 10 passos sem usar droga. Um dia
fui buscar ele pro ensaio e ele me falou: Não vou hoje cara, quero ficar me
drogando. Sempre fiz tudo por ele e naquele momento ele me joga aquilo na cara,
cheguei no ensaio e falei que o Maiquel não tocava mais com nós.
A chegada de Nilo "The Bruce"
Com o grande desfalque na banda, começam os testes para
baterista. A banda recusa alguns convites para shows, até que recebem a
proposta de tocar em um festival em Sobradinho, organizado pela Radio Gazeta e patrocinado
por uma marca de celular, com boa divulgação e uma boa premiação, então a banda
opta por tocar com um baterista “quebra galho”, e quem topa o convite é o
Mateus (ex Los Tacos e atual Chá das Cinco). Lá no festival conhecem o Nilo e
ficam impressionados com a apresentação do baterista.
Nilo simplesmente Nilo |
Top Gun: Pois é, o Mateus topou nos quebrar um galho,
chegamos lá e era um galpão de ctg lotado de rockeiro ( a Raztilho tocou neste
festival e foram apedrejados na saída), enfim estamos lá curtindo as bandas e
esperando nossa vez de tocar, foi aí que vimos aquele moleque tocando de pé na
batera, com uma camiseta do Guns N Roses e girando as baquetas no ar. O Dani
olha pra mim e diz: Que moleque fudido!
Quando tocamos lembro do Nilo curtindo o nosso show e sei
que dias depois ele surgiu em Santa Cruz pro nosso primeiro ensaio. Ele era o
mais novo da banda, e extremamente carismático, passamos por algumas aventuras
de chorar de rir. O Nilo trouxe uma energia muito boa pra banda e sinto até
hoje muita falta de tocar com ele em alguma banda.
Nilo: Eu conheci a banda no Tim Festival aqui em Sobradinho.
Conversamos após encerrar o show da minha banda aquela noite. E depois de uns
dias recebi uma ligação do Regis me convidando pra um ensaio. Acertei o tiro,
pois todo o tempo que tive com a banda valeu a pena, me lembro de cada minuto
que vivi nesse período.
Com o Nilo na bateria, os ensaios recomeçam a todo vapor,
mas a pressão para uma evolução musical também estava crescendo e isto causou
tensão na banda, o que levou a segunda baixa. Diego Pilha resolve então deixar
a banda.
Pilha deixa a banda
Top Gun: A saída do Pilha foi um golpe baixo. Ele era membro
fundador da banda e um grande amigo, quando finalmente conseguimos um baterista
e estávamos entrosados, ele resolve cair fora. Acredito que ele estava vivendo
um momento de mudanças na sua vida, e nós precisávamos seguir em frente.
Nilo: Foi um dia muito triste, o Pilha era um grande amigo,
me tratava super bem e com muito respeito, sinto saudades dele.
Cristiano Goró Rocha o novo baixista
A banda então com 3 shows agendados, resolve procurar um
baixista as pressas, foi então que chegam ao nome de Cristiano Rocha (Goró).
Goró: Na época eu não tocava com ninguém, o Top me ligou e
disse que a banda Pactus queria tocar em um festival e precisava de baixista.
Eu curtia o som deles e tocava Metallica e Pantera em casa, fiz uns ensaios e
toquei com eles. Logo depois o Top me liga e diz: “Goró, eu te fiz aquela mão
da Pactus lá, agora preciso que tu me quebre um galho”.
Essa foi minha entrada na Strawberry Crash. Festival da
UESC, em Julho, um frio de rachar. Os ensaios foram bem legais e a parceria dos
guris era muito boa.
Nilo: O Goró no
primeiro ensaio já chegou debulhando. Um excelente musico e disposto a tudo
pela banda. Criamos uma amizade muito verdadeira, uma união fora do comum.
Top: Eu já sabia que o Goró era um puta de um baixista, mas
quando topou tocar na Strawberry passei a respeita-lo ainda mais. Em pouco
tempo alem de ele ter tirado todo o repertorio, ele se puxou em conhecer as
bandas digamos mais sinistras do hard rock, e já estava falando em Hanoy Rocks
e Pretty Boy Floyd. Ele era um cara obstinado pra tocar, inteligente, compôs
Busted muito rápido. Ele também era um grande fã do programa do Chaves e colou
no Nilo.
Segunda formação de banho tomado:Goró(baixo) Regis(guitarra)Top(guitarra) Nilo(bateria) Dani(vocal) |
The Rules of the Game
Com a nova e definitiva formação a banda ensaiava exaustivamente
e até preparavam sua primeira e única gravação em estúdio. A musica The Rules of the game.
Regis: A
gravação no Alison foi trash. Não tinha noção de nada, mas o mais
importante é que foi uma experiência de estúdio muito interessante, gravamos em
faixas separadas, assistir aos teus colegas gravarem suas partes. Me marcou
muito ter trabalhado com o Ike que teve a grande sacada de transpor meus dois
solos na musica.
Goró e Regis em estudio |
Nilo: Gravar no Alison foi massa! O ike deu maior força e
teve paciência comigo até eu acertar as bateras. O Alison aparecia com a
térmica cheia de café renovado a todo momento. Eu espero algum dia terminar as
gravações de algumas musicas que criamos, pois foi um material muito bom e eu
não quero deixar isso esquecido no tempo.
Alison: Era um época diferente, tudo era novo pra mim em
relação a gravação, então cada experiência era um aprendizado muito grande,
tudo naquela época tinha sabor de novidade! A banda eu achava do caralho, quem
gravou foi o Ike, eles tinham muita atitude e viviam como Hard Rockers. O Top
eu já conhecia dos tempos de escoteiro, ele sempre foi maluco, e nossa amizade
começou no dia que ele me salvou de uma enrascada das bravas.
Guanabara Rocket
Musica gravada e banda engatilhada, era hora de cair na
estrada novamente, e a banda então recebe um convite de Doutor Love vocalista
da banda Baby Doll, que os chama pra tocar no lendário Guanabara Rocket, o bar
que foi o reduto do Rock N Roll em Porto Alegre por mais de uma década.
Top Gun: O Doutor era um cara muito gente fina, e prova
disso é que de todo aquele povo da
capital que tocava em banda, o Doutor é o único que se mantém até hoje tocando
com sua banda. Quando recebemos o convite pra tocar no Guanabara foi uma emoção
muito grande, mas o problema era a
mentalidade das bandas da capital, que conseguiram achar uma forma sustentável
de se manter, mas tinham um medo grande de dar espaço para as bandas de fora e
acabar por perder seu espaço. Então nos trataram da pior forma possível.
Regis: No show do Guanabara eu fiquei de cara com a
arrogância da cena de Porto Alegre. Os caras eram uns merdas que achavam que
sabiam alguma coisa, mas não passavam de um bando de paneleiros. Nos trataram
como colonos de Santa Cruz. Bando de arrombados!
Palco Livre, Rock In Rio Pardo e outros
Passado o susto no Guanabara, a banda consegue shows
memoráveis como o festival Atlântida, Rock In Rio Pardo, Gauguin, Caverna
Underground, e um momento cômico no Palco Livre.
Top Gun: O Palco livre era uma espécie de shows de calouros
que rolava no auditório do Dom Alberto, era uma experiência nova para as bandas
de rock da cidade, era muito divertido também, acontecia aos sábados a tarde e
era aberto para varias categorias, então dava de tudo, do pagode a musica
gospel, era um carnaval. Lógico que a Strawberry não poderia ficar de fora
então fomos participar. Era um auditório lotado, e o Goró ainda não tinha
recebido o batizado de fogo dele na banda, o Nilo recebeu no show do DCE na
praça em uma das noites mais frias do ano, quando o Dani resolveu despejar um
cooler cheio de água e gelo no fim de Paradise City. Mas a vez do Goró chegou
no palco livre. Antes de começarmos a tocar, eu fui ao microfone e avisei pro
publico que um integrante da nossa banda tinha um sonho, e esse sonho era dar
um abraço no Vilela (apresentador), o Goró então vai ao encontro de Vilela e
bom... Não tenho palavras para explicar, mas o publico veio a baixo.
César Daut (organizador Rock In Rio Pardo): Eu conheci a
Strawberry no festival de bandas da Atlântida na Expofeira aqui em Rio Pardo.
Na época a galera fazia muita propaganda da Nightstalkers, até por
compatibilidade do que eu ouvia, que era mais rock anos 70. Então eu vi o show
da Strawberry e era algo que eu não estava esperando e fiquei surpreso com o
peso e o agito dos caras. A banda foi responsável por eu conhecer mais o hard
dos anos 80. Eu tenho uma amizade que considero bem forte com o pessoal da
banda, e o motivo disso é porque eles estavam sempre metidos em tudo pra
alavancar o rock na região. Quando organizamos o Rock In Rio Pardo,
precisávamos de bandas que levariam um grande publico ao festival e nisso a
Strawberry ajudou muito porque brincavam de lotar ônibus pra trazer gente pro
festival. E agitavam um horror, até quem não curtia acabava se envolvendo no
show. O Dani uma vez me puxou pro palco pra cantar um Ac/Dc e foi foda! No Rock
in Rio Pardo II eles voltaram e o Nilo caiu da bateria, então ficamos segurando
a batera durante o show enquanto eles destruíram no palco. Teve outra vez que
o Top veio pra Rio Pardo só pra colar cartaz e caminhamos a cidade toda
colando. O Dani também sempre dedicava Fallen Angel pra galera. Eles foram uma
banda que marcou época.
Rock in Rio Pardo I |
Regis: Tocamos em Rio Pardo e a galera estava indo a loucura,
era divertido demais. Teve o show do Gauguin que foi especial porque eu e o
Dani tínhamos o sonho de colégio desde 2000, que um dia tocaríamos lá, me
orgulho muito disso. Teve outra vez que tocamos em um baile funk em Porto
Alegre.
Dani: Lembro de um episodio no qual fomos tocar no ginásio
da escola Ernesto Alves, e o Maiquel se afundou no pó, ele acelerava demais as
musicas, de uma forma que nenhuma banda punk tocava tão rápido, e eu entrei na
loucura dele mas de cara limpa. Na ultima musica girei o microfone que valia
uns 600 contos e atirei aquilo longe. O dono do som não sabia se corria atrás
de mim ou se corria atrás do microfone, o fato é que se ele soubesse que nós
tocaríamos em qualquer lugar, ele não colocaria o som mais em lugar algum, e realmente
nunca mais vi o cara.
Nilo: Tocamos uma vez em Encruzilhada e o show foi
devastador. Rio Pardo também era bom demais, teve outra vez que tocamos em
Porto Alegre, um local enorme com muita gente e tinha até uma festa funk
rolando, aquilo sim era doido.
Goró: Era massa
que nos enfiávamos em qualquer cidade, sob qualquer condição, e por mais que
tivessem 3, 4, 5 pessoas, parecia que era o último show. Isso remonta o show em
Sobradinho numa fazenda/potreiro/chácara, promovido pelo Tazz. Pensa em domingo
de noite, escuro, relâmpagos, 5 pessoas e strawberry tocando. Alguns dizem que
tocamos bem, mas eu estava mais preocupado em tocar em cima de um tapete de
carro pra não tomar choque. Durante os anos com a Strawberry, 2005 até 2008,
acho, alternamos entre shows bons e ruins tecnicamente falando, mas as viagens
e os acontecimentos sob o palco sempre eram ótimos – quedas da bateria, cordas
arrebentando, choques, retornos, pastel fritando na cozinha atrás do palco,
banho de cerveja, falta de baquetas, invasões de palco. Tudo o que dava pra
imaginar.
Strawberry Crash & Os Garbonas
Com as amizades feitas em tantos festivais, a banda acaba
por conhecer os integrantes de uma clássica banda de rock n roll gaúcho, Os
Garbonas de Cachoeira e nascia assim uma parceria que dura até os dias de hoje.
Goró: Quando tocamos em Rio Pardo no festival da Atlântida,
Os Garbonas tocaram na mesma noite e nos aproximamos deles.
Top: Uma vez em Candelaria, o Kako chegou pra conversar
comigo e falou que a namorada dele da época gostava muito de Poison, e que eles
tinham curtido demais o show. Na verdade eu soube anos depois, que eles
pensaram que eu era um drogado ou coisa do tipo, quando ele soube que eu não
tomava nem cerveja, ele deve ter ficado muito desapontado comigo, mas enfim, em
Rio Pardo cruzamos com eles novamente, e eu comentei com o Goró a respeito da
musica China Rolêra, que Os Garbonas estavam tocando no palco, depois disso,
adotei o Kako como sendo um irmão mais velho.
Kako (guitarrista Os Garbonas): Conheci os caras em
Candelaria, em que Os Garbonas também tocaram. Quando eles começaram a tocar,
eu já estava bêbado. Foi um show de primeira, o Top cheio de energia, a guita
do Regis matadora, que na minha opinião é o melhor guitarrista de Santa Cruz,
backing vocals perfeitos do Goró, e a bixona do Dani, mandando ver. Acabou o
show, fui me apresentar para o Dani, e disse que tinha achado o show foda, ele
me fez um sinal com a mão, para eu não me aproximar muito, e despejou: Eu só
toco Mötley Crüe! Eu deveria era ter surrado ele, mas decidi deixar passar,
hoje somos grandes amigos.
Strawberry Crash vs Nightstalkers ?
Com a banda passando por uma ótima fase e o publico
crescendo cada vez mais, a banda disputa a atenção com a já clássica
Nightstalkers que na época dominava festivais e circuitos de bandas, o que
gerou o boato de uma certa rincha entre as bandas.
Strawberry & Stalkers rivalidade mas só no palco ( participação na foto : Pablo) |
Regis: Digamos que
soava assim: Se você era intelectual você curtia a Nightstalkers, mas se você
curtia a Strawberry, então você era um vadio, bêbado, tarado, etc...
Top: Na real acho que isso foi algo criado pelo publico, mas
também as bandas viviam um ambiente de competição, os festivais na cidade eram
escassos, e grande parte dos eventos eram voltados a premiar as bandas e coisas
do tipo, então entravamos nesse clima de ensaiar cada vez mais pra tentar vencer
festival. E a única coisa além disso que eu lembro que possa justificar esse
boato de rincha, foi que o pessoal da COHAB certa vez tentou entrar em uma
festa onde os Stalkers estavam tocando e foram barrados pelo porteiro do lugar
ou segurança algo assim. Entre essa galera estava o Clebinho, Andre, Léli, e
toda a máfia aqui da vila, que saíram gritando que se caso fosse a Strawberry
Crash tocando, todo mundo estaria curtindo a festa. Mas creio que este foi um
caso isolado, os Nightstalkers sempre tocaram muito bem e merecem todo o
respeito e reconhecimento que eles conquistaram, e quem sempre saiu ganhando
foi o publico, todas as vezes que as duas bandas tinham a chance de dividir o
palco.
O Derradeiro Fim
Regis: Acho que era uma fase que se queria mais! Mas ao meu
ver, foi um ciclo que deveria se encerrar. O principal fator foi este, fechar
um ciclo e começar outro.
Goró: Creio que o fim da banda se deu porque saturou um
pouco, principalmente por forças externas e extraterrenas que no fim
influenciavam e faziam com que somente
metade da banda se doasse para tirar músicas, compor, organizar viagens, marcar
ensaio, escolher repertório. Acho que levávamos as coisas de forma muito
democrática. Ninguém tinha peso nas decisões.
Acho que com a maturidade que temos hoje naquela época, as
coisas teriam sido um pouco melhores. Na verdade não foram ruins, muito menos
péssimas. Foram divertidas pra cacete, com ótimas amizades conquistadas, muita
música, viagens e gigas de fotos e vídeos.
Top Gun: O fim da banda se deu no ano de 2008, um ano
complicado pelo menos pra mim, e isso afetou negativamente a banda, tive uma
perda na família que me abalou demais, o Vitrolão Rock Bar que era meu emprego
da época também veio a falir, somando tudo isso, minha vida estava cinzenta demais e eu acabei
misturando isso com a banda. Entrei numa paranoia, acreditava que pelo fato de
não termos gravado um EP ou coisa do tipo eramos um bando de fracassados,
e acabei me tornando rancoroso. Tretei com o Goró por uma grande bobagem e
lamento muito por isso, ele dividiu grandes momentos comigo tocando, e eu
queria ficar de mal com ele sentindo ódio, isso foi uma grande merda da qual me
arrependo muito. Também passei muito tempo sem falar com o Regis, e agora que estamos
nos falando novamente, eu vejo o tempo que perdi. Bom eu me orgulho
de tudo que passamos juntos, me orgulho por nunca enganarmos o publico, não
éramos moralistas nem tentávamos passar um bom exemplo, nossa meta era
diversão, tocar pra galera que se rala a semana inteira trabalhando e ao final
de semana quer apenas esquecer os problemas e se divertir, lógico que gostaria
de ter feito algumas coisas diferentes e modificar um pouco o final da banda,
tínhamos Busted que era um puta som e mais Crash N Smile e Life is short que
nunca foram gravadas e isso é uma pena, mas quem sabe algum dia... Obrigado por
todo carinho e lembrança que o publico tem para com a Strawberry Crash, nós
sempre respeitamos o palco e o publico e assim foi e assim será, obrigado!
Depoimentos
Cristiano Silva (baterista Jeremy/Tamarindo): Foi uma banda
diferente das outras da época, foi uma inspiração quando fizemos a Jeremy,
diversão acima de todas coisas, eu percebia nos shows a diversão da banda
tocando os sons, os caras eram aquilo ali. Não enganavam, foram originais,
tocavam só o que gostavam, isso me chamou a atenção, eram únicos.
Douglas Oliveira (Guitarrista Ace Jaster/Radio Source):
Conheci a Strawberry em uma das primeiras festas que fui e foi lá também que conheci
alguns dos meus melhores amigos. Antes da festa eu ouvi falar sobre a
Strawberry que tocava Guns e era a banda de hard rock podrera dos vales. Eu era
viciado em hard rock lado A e lado B, então fui pra ver eles. Achei o show foda
e me influenciou muito a montar uma banda deste estilo. Hoje conheço o pessoal
da banda e principalmente o Top e o Goró, enfim foi foda!
Flavio Rodrigues (baterista Raztilho): A Strawberry com
certeza foi uma das mais marcantes bandas da região. Toquei junto com eles em
todas bandas que participei, Embryo, Rising e Raztilho. Lembro de um festival
em Rio Pardo, enquanto eles literamente arrebentavam em cima do palco, digo
literalmente porque até o tom da bateria do Nilo saiu rolando pelo palco. O
Top, Nilo, Dani, Goró e o Regis, eram ímãs de confusão, se não era diretamente
com eles, era com as minas deles, fanfarrões! Abraço pra essa galera que sempre
foi muito parceria.
Arthur Kopp (vocal
Caution): A primeira vez que vi a Strawberry foi no inicio da minha
adolescência. Eles passavam uma energia muito forte nos shows. Lembro que o
Goró com seu baixo furioso animava muito o publico.
Leonardo Schwengber (vocal
No Fear): Quando os vi pela primeira vez eu curti principalmente a
presença de palco. Eu achei a banda muito boa porque não sabia de mais gente
que curtia o mesmo som que eu gostava na época.
Kleone (vocal
Toma): Strawberry era pura presença de palco e aquele momento de escutar um
Guns bem tocado. Era o momento de agitar e eles e o cabelo do Top embalavam a
galera.
Ferna (guitarra Proibida 77): Eu já conhecia o Nilo, e tinha
visto um show deles em Candelária. Eu curtia a atitude dos caras e aquela coisa
de eles entrarem em uma festa de rock e você os via e logo pensava: Esses devem
ser os caras da banda. O que é difícil hoje em dia e faz muita falta, ou seja,
bandas de rock serem rockeiras, assim como foi a Strawberry Crash!
Matheus Machado (Guitarra
Doze Duro): Eu tinha 13 anos e era viciado em Mötley Crüe, daí surge os caras
pra tocar no parque do chimarrão aqui em Venâncio, e eu gozei de felicidade
vendo essa banda.
Giovane Kurt( Baixo Avalanche) : Eu era amigo de todos já antes da banda existir. Eu estava sempre nos shows e foram bons tempos. Era sempre uma banda extrovertida no palco e fora dele.
Giulio (guitarra Sick Nation) : Eu assisti a Strawberry Crash quando tinha 12 anos, era um fã de Guns N Roses e pirei na banda, gostei demais.
O que estão fazendo hoje em dia
Maiquel: Casou e teve filhos, se divorciou, se converteu, saiu da igreja. Foi visto a ultima vez no posto tapuia fazendo manobras com uma bicicleta de pequeno porte.
Diego: Largou a musica e hoje só toca baixo nos churrascos da firma. Virou um Hacker trabalha na área de informatica em Porto Alegre, pensa em se tornar um grande empresario.
Goró: Publicitario, cortou o cabelo, fez parte da banda Porno Starz e fundador junto com o Regis da banda Lizzard.
Nilo: Voltou para a cidade de sobradinho, conheceu sua namorada e conseguiu perder sua virgindade, foi investigado pela policia por supostamente ter algum envolvimento com a máfia do bingo clandestino, também foi investigado por tráfico de feijão ilegal, hoje é um despachante de renome, formou bandas com amigos de apelidos suspeitos como por exemplo: Jamanta, Navalha, Fubica e 38.
Regis: Trabalha em uma empresa fumageira, ainda toca guitarra, fez uns bicos na banda Porno Starz e formou a banda Lizzard.
Top Gun: Fez parte das bandas Rocking Chair e Joe Sujo, hoje canta na banda Avalanche, continua um lunatico tentando dominar o mundo, comprou uma DT 180 e nas horas vagas faz trilha de moto.
Dani: Garotão boa pinta da alta sociedade.
2012 |
Grande banda! Strawberry!
ResponderExcluirBelo post Top, um dos melhores desse blog.
Demais essa história ai. Só me deixa triste por não ter participado desta época do rock aqui da cidade. Só vi o último show no Vitrolão mesmo. Ah, e o que tivemos fim de semana passado na sunset, claro... Ótimo o post. Tem que sair outros Baú do Rock!
ResponderExcluirRealmente muito bom o post, muita nostalgia. Peguei grande parte da história deles ao vivo e lembro que quando vi o primeiro show deles aprendi uma grande lição que carrego até hoje e sempre falo e insisto pra todas as pessoas com quem tenho tocado ultimamente: "show não só se ouve, se assiste". Presença de palco e agitação sempre! Grande agradecimento à Straberry!
ResponderExcluirQue coisa mais linda, sério.
ResponderExcluirEu tava no Palco Livre e no Vitrolas. E queria tanto ter saído mais naquela época, pra poder aproveitar essa banda incrível. Mas eu devia ter uns 12 anos também.
E o post ficou muito bom, impossível deixar de ler, do início ao fim. Parabéns, gurizada, por terem marcado a história!
Lembram de Guaíba? Aquela noite foi histórica. Cachoeira do Sul, palco Livre, o vitrola... Bons tempos, pena que as coisas tomam outro rumo... Mais pena ainda, tudo tem o seu fim.
ResponderExcluirEsse é o quadro mais legal que nós temos, e com certeza sairão mais. o top vivenciou todas as fases do rock local, e só ele guarda certas coisas na memória que muitos aqui viram, mas se esqueceram, afinal, ele não bebe, hahahah. Ele é o cara perfeito pra escrever isso.
ResponderExcluirParabéns!
sempre fui e vou ser fã dessa banda!!grandes amigos!grandes músicos!grande banda!!
ResponderExcluirass:D.I.X
Baita texto!
ResponderExcluirBem legal o texto... ri muito lendo hehehe
ResponderExcluirEu sinceramente não lembrava que agente tinha feito tanta coisa e aprontado tanto, fiquei impressionado de "ler" e, até de certo modo, "ver" a trajetória da STB preto no branco; ou branco no preto, que seja...
Parabéns pela iniciativa e obrigado pelo texto Top!!!
Regis
Eu vi o primeiro show da Strawberry Crash. Lembro que quem batizou a banda foram o Pilha e o Fernando 'Vô Kiko', lá da Cohab. Época bacana demais, vou parar por aqui porque já tô entregando minha idade HAHAHA
ResponderExcluirÓtima matéria! Legal lembrar esses tempos, época em que o rock n' roll e os festivais de bandas ferviam aqui em Santa Cruz. Sempre era bom ver a Strawberry tocar, realmente uma banda que marcou época!
ResponderExcluirE parabéns pelo quadro, muito massa, tem que seguir!
Abraço!