sexta-feira, 31 de maio de 2013

Por Onde Anda - Regis Crash

Nome: Regis Pereira Crash Da Silva
Regis Crash e Cristiano"Goró"Rocha nos tempos de Lizzard

Quais bandas fez parte: Estricnina (long long time ago... Só os mais bagaceiros conheceram...), Strawberry Crash, Lizzard e Porno Starz...

Por qual motivo abandonou: Não houve um abandono... Poderia estar tocando até hoje, mas tudo tem uma vida útil... hehehe

Na verdade é o seguinte - Estricnina: toquei nessa banda quando eu tinha uns 17 anos, acabou como várias bandas acabam, éramos péssimos (nem nós mesmos nos aguentávamos hahaha) e o uso pesado de drogas por alguns membros comprometeu bastante. O fato de sermos imaturos (inclusive eu) também foi um fator determinante para o fim (mas a amizade continuou).

Strawberry Crash: Considero que essa banda nunca acabou, usando as palavras sábias do meu grande amigo Kako: "Regis, uma banda nunca acaba". Acho que é simples, mas é isso, é verdade. Ano passado fizemos um show pra relembrar e foi legal... Tenho grandes amigos nesta banda que infelizmente carrega um enorme carma... Mas, por mim, tocaria direto... É uma banda de irmãos (que meigo!!!)

Lizzard: Era um projeto muito bacana, o erro foi tentar ser profissional de mais, as vezes acho isso... E acho que os estilos dos integrantes não fechavam muito bem, mas pra falar a verdade, penso que se começássemos a tocar hoje, sem se apegar a covers, iria dar mais certo...

Porno Starz: Olha cara, eu amo essa banda, não sei se acabou (nunca acaba), se deu um tempo, se está em um período de meditação ou se me expulsaram e eu não sei ainda (minha multa rescisória é alta...). Mas, o fato é que a porno é uma daquelas bandas eternas. Seria uma pena se não voltasse à ativa (com ou sem mim...).

Pensa em voltar algum dia: Penso todo o dia. Tenho muita vontade de voltar a tocar... Acho que poderei pensar mais profundamente neste assunto agora... Nos últimos 3 anos estive muito atucanado com meu trabalho e estudos, mas vejo dias melhores agora... E, te digo que o tesão de voltar a tocar guita tá grande!!!

No que esta se dedicando: Estou me dedicando a minha noiva, meu trabalho e meus estudos. Na verdade, neste exato momento, estou bem empenhado em descobrir como mobiliar uma casa sem ter que assaltar um banco...

Sente saudades: De algumas coisas sim, de outras nem tanto... Mas deixa assim...

O que mudou na cena: Como não to muito ligado na cena atualmente não posso dizer, olhando assim, de fora, não parece que mudou muita coisa não... Mudaram as pessoas (a maioria) mas a cena tá bem semelhante... Só sinto que há uns 8 ou 9 anos atrás parecia um pouco mais "pegado" o negócio... Não sei explicar bem... Acho que algo se perdeu... Deve ser só impressão minha..

Chutando a a porta do Hard Rock Café
Que ano começou a tocar: Comecei a tocar violão em 1998, mas com banda, acho que tive a primeira experiência em 2002...

 Qual a maior roubada que se meteu: Cara, a pior mesmo, não tenho coragem de contar... E as outras, não tenho bem certeza (maldito álcool...). Acho que uma coisa que me marcou foi o primeiro show da Strawberry (Rocktober), que deu umas brigas meio sinistras, o cara ensanguentou minha camiseta nova do Aerosmith.

      Tocamos It'so easy versão Ramones, o Maiquel tinha um roadie com ventilador só pra ele, e no final o pneu do meu carro tinha furado e eu tive que ficar na rua enquanto ocorria uma briga de 2 gangues (na frente daquela praça perto do Ernesto)...


      Outra roubada que tu deve lembrar bem é um certo show em porto alegre (festival), com 30 bandas... Que tinha que vender todos os ingressos pra participar... Que no final era um festa funk/pagode/gls... Barbaridade; aquela festa foi forte... Se eu me lembro de tudo o que rolou aquela noite hahahahaha...

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Rockeira dos vales - Isadora Kaufmann


Nome: Isadora Kaufmann
Idade: 16
Estado civil: Solteira
Cidade: Vera Cruz

Banda da região: Avalanche

Banda que não esta mais na ativa mas que gostaria de ver novamente: Como eu sempre gostei de bandas gaúchas, meu sonho sempre foi ver um show da Cascavelletes. Infelizmente os integrantes andam meio separados, mas a esperança é a última que morre.

Banda preferida: Difícil, mas acho que dentre todas sempre foi Tequila Baby.

Melhor pub, casa de show: Sunset

Algo que foi marcante na sua vida rockeira: Creio que será dia 06/07, em Igrejinha, onde vou ver pela primeira ver Tequila Baby tocar, já que perdi vários outros shows da banda pela região. Sem falar nas diversas outras bandas ótimas que estarão por lá, achava que era impossível reunir tanta coisa boa em apenas um local e em um só dia.

Show que gostaria de assistir: Aerosmith

O que esta faltando na cena rock da região: Acho que devem parar de reclamar tanto das bandas que temos por aqui (até porque existem umas muito boas) e me pagarem mais bebidas haha. Mas, na realidade, ta faltando a participação do pessoal nos eventos por aqui.

terça-feira, 28 de maio de 2013

Um show de rock progressivo do Yes!


      A noite do último domingo, em Porto Alegre, foi para mostrar que o rock progressivo segue tendo força no mundo da música. Como disse o vocalista da banda que abriu o show do Yes no Teatro Araújo Viana: “Hoje é a prova de que tocar rock progressivo nos dias de hoje não é uma missão impossível”. E aí, a banda gaúcha Apocalypse, mandou uma versão do tema do filme Missão Impossível para ilustrar o fato. Mas a prova mesmo do que foi falado, estava no local lotado e o público de todas as idades ansioso para ver os músicos que marcaram os anos 70 pelas suas composições únicas.

Yes, 45 years tour, Araújo Viana em Porto Alegre
Platéia alta central, R$ 130,00, 26/05/2012

Jon Davison - Vocal
Steve Howe - Guitarra
Geoff Downes - Teclados
Chris Squire - Baixo
Alan White - Bateria


      O Yes, em turnê pelo Brasil comemorando 45 anos de estrada, teve seu auge há 30 anos atrás. E, sebendo disso, veio a Porto Alegre relembrando aquela época. Para um reformado Araújo Viana lotado, o quinteto inglês tocou três álbuns clássicos da década de 1970. Relembrar discos consagrados do passado tem sido comum entre bandas antigas, mas poucas tem tanto a mostrar quanto estes caras. O Yes, que teve uma fase pop de maior sucesso nos anos 80, presenteou os verdadeiros fãs da banda com um set únicamente com o melhor do progressivo.

      Na sequência, sem parar e mantendo a ordem original das músicas, a banda tocou os álbuns Close to the Edge, de 1972, Going for the One, de 1977, e The Yes Album, de 1971, para o delírio daqueles que podem ter esperado a vida inteira por este momento. A primeira música do show foi a que dá nome ao disco de 72, Close to the Edge. Como de praxe do rock progressivo, o som tem quase 20 minutos de duração. Mas, não precisou de nem metade disso para a maior preocupação da maioria dos presentes ir embora. O vocalista do Yes não é mais o lendário Jon Anderson. O nome é até parecido, mas a troca de vocais em uma banda clássica é sempre complicado. Porém, Jon Davison - um guri, se comparar com os outros - se mostrou uma répica do original lá nos primeiros anos de sucesso.


      No decorrer do show, um desfile de clássicos. A segunda música já fez lágrimas escorrerem, de jovens a pessoas de mais idade. A balada And You And I foi linda! Os membros originais, já com suas rugas e cabelos brancos, mostravam animação e se divertiam no palco. Chris Squire, líder da banda no baixo, e Steve Howe, na guitarra, eram os grandes destaques da noite.

      Awaken, com 15 minutos, do álbum Going for the One, foi outro grande momento, quando Squire usou um instrumento triplo que surpreendeu a todos. Já do The Yes Album, vieram as mais famosas do grupo. O início, com Yours Is No Disgrace, já fez o público levantar. Porém, a segunda música se trata de uma instumental apenas com Howe e um violão. O músico, conhecido por não ser muito simpático, ficou sozinho no meio do palco e fez todo o Araújo Viana aplaudir de pé sua música chamada The Clap. Starship Trooper, I've Seen All Good People e Perpetual Change foram outros destaques desta parte final do show.


      O público, ao final, se levantou para ovacionar os músicos após o show histórico na capital. Para a surpresa eles, sem nem ao menos sair do palco, já fizeram o bis. Um dos maiores hits do grupo, Roundabout do álbum Fragile de 1971, encerrou com uma versão extendida que teve mais de 10 minutos. Para esta, o público não se aguentou e foi ficar de pé na frente do palco para se despedir destas lendas do progressivo.

      Ao final, muitos agradecimentos da banda para aqueles que prestigiaram quase três horas de espetáculo. O Yes sabe o que seus fãs querem ouvir. E foi isso que eles fizeram, um show para o público, que respondeu com um teatro lotado e muitos aplausos. Ainda é possível fazer rock progressivo nos dias de hoje. A prova está aí!

Avalanche & Chair no Porão


      No ultimo sabado, dia 18, ocorreu em Venâncio Aires uma baita festa no Porão do Rock. O nome é bem auto-explicativo: é o porão da casa do Jonas, com um pequeno palco em um dos cantos. Nada muito luxuoso, mas puramente rock and roll. A entrada, a 5 pila, e a cerveja, a 4 (podendo se comprar 3 por 10), eram bem convidativos. O local, como já dito, é embaixo de uma casa, então não é possível fazer festas seguidamente, nem ir até muito tarde com as mesmas. Mesmo assim, se mostrou uma ótima opção para o bom e velho rock and roll mostrar as caras.

      Esta festa do ultimo sábado, em particular, foi para comemorar o aniversario da senhorita Leíne, conhecida por estar fotografando os eventos da região. Se trata de uma grande amiga da Avalanche e, logo que nos convidou para tocar na sua festa, demos um jeito de ir.

      O público era bom, encheu o local, chegando até a deixar gente de fora. Também se tratava de uma gurizada muito animada. Já de antemão, agradeço a todos que deixaram o show da Avalanche com muita empolgação.


      Falando em show, foi animal! O público cantando grande parte das musicas junto a banda, pulando e batendo cabeça - uma verdadeira festa underground, onde as pessoas vão para curtir as bandas e beber sua cerveja.


      O set da Avalanche foi o clássico: Hard + Matanzas. Teve Kiss (Lick It Up fez o público cantar o refrão junto), Poison, Skid Row, Guns, Twisted Sister, Ted Nugget e AC/DC. Em algumas musicas tivemos a brilhante participação de um baita guitarrista, o Sr. Machadada (atual guitarrista da Dozeduro), que muito já tocou pela região com a Ace Jester. Ele participou de Fallen Angel, do Poison, e We’re Not Gonna Take It, do Twisted Sister, além de um Matanza.

      Segundo show foi da Chair, que estava tocando pela primeira vez. Eles mostraram um entrosamento incrível, com um set calcado no melhor do grunge, desde os mais consagrados como Alice in Chains, Pearl Jam e Silver Chair, até o mais obscuro como Chris Isaak.



      A banda Chair é composta por Julio Scheeren, que também é baterista da Tom Turbina. Esse cara é um musico de mão cheio, além de tocar bateria muito bem, sua potência vocal é incrível, abusando dos tons agudos.
      O baixo e a guitarra ficaram a cargo da dupla hard rock da Ace Jaster. Douglas e Matias estão de volta quebrando tudo com essa baita banda. Já a batera, foi do Arthur Lenz, irmão do Thomas da banda Maquinados. O garoto dominou o set inteiro, não cometendo nenhum deslize no seu instrumento. 

Definitivamente uma grande noite, com cerveja barata, amigos e muito rock n roll. Que venham outras destas festas de verdadeiro rock!

Colaboração: Marcos "Gnomo" Dessbesell

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Quinta-feira que a banda Tampa esquentou!

Por: Marcela Schild

      A noite da última quinta-feira foi bastante agitada para a banda Tampa. A correria começou muito alegre com um show no Teatro Mauá onde eles, juntamente com a banda Dandis de Santa Maria, abriram o show do Lucas Silveira, vocalista da Fresno. Todos os integrantes estavam muito empolgados e subiram ao palco exalando a evidente felicidade. O show foi composto por músicas autorais e alguns covers como do The Killers. Infelizmente, na segunda música, a corda do violão do Pablo arrebentou, mas ele driblou bem o imprevisto e revezou o violão com o Érico. Ambos também revezam os vocais do grupo. A banda conseguiu tirar sorrisos do público, ora pelas músicas, ora pelas piadinhas do grande Pablo Mello, que mostrou-se, além de grande músico, um cara muito foda. 

      A galera foi ao auge quando tocaram Ana Paula, música que a banda lançou clipe recentemente e teve grande audiência. Muitas vozes juntaram-se cantando esse refrão. 

O show acabou com palmas e satisfação 
      Em seguida veio o show da banda Dandis. Os caras mandaram muito bem e vale a pena conferir o som deles. Logo após Lucas Silveira subiu ao palco tocando músicas da Fresno, Beeshop e visconde.


      A noite de shows no Teatro Mauá havia se encerrado, mas a noite da Tampa estava no começo.  A banda também tocou na quinta de outono da Legend.


      Os integrantes da banda, Alê e o Diego, estavam aflitos com o jogo do grêmio e conseguiram assistir parte do jogo antes do segundo show da noite - e, por sinal, não deram sorte.

      A Legend estava cheia e contou também com a presença do grande skatista Biano Bianchin, que curtiu muito a banda. Esse show foi mais amplo, rolou Pearl Jam, Jet, Radiohead, mais Killers e Strokes, levando todos ao êxtase. Conforme a galera pedia, Pablo e Érico se viravam para tocar alguns improvisos, por exemplo: U2, Michael Jackson, Raul Seixas...  E, é claro, as próprias não foram deixadas de lado. Rolou Vício, 6 bilhões de Vozes, Nada Não, Ana Paula...  Foi uma noite incrível para a banda Tampa e para todos que estavam no Mauá, na Legend ou em ambos.


      E, só posso concluir esse review afirmando que a Tampa esquentou a noite mais fria que Santa Cruz do Sul teve no ano.

terça-feira, 21 de maio de 2013

Review Rock Never Stop II - 17/05, na Sunset

por Vinícius Macedo Silva

      Rolou, na ultima sexta-feira, o evento Rock Never Stop II, na Choperia Sunset. Em uma noite gélida em que o frio quase roubou a cena, muitos acabaram trocando seus casacos de couro por seus respectivos edredons. E, nem mesmo as promoções de cerveja e capirinha, e o sorteio de tequila, conseguiram dar mais volume ao público.

      Claro que isso não foi impedimento para que o rock and roll rolasse noite à dentro. Também não foi o suficiente para espantar o grande Clebinho, que marcou presença entoando hinos do rock e animando a noite com suas poses características.

      A primeira banda a subir ao palco foi a banda Empty, que levantou a galera na mesma intensidade dos agudos do vocalista Leonardo, e ao final da apresentação foi surpreendida com pedidos de bis, que infelizmente não puderam ser atendidos, pois para a surpresa do pessoal, a banda possui apenas uma semana de vida e ainda tem um repertório reduzido. Mais uma grande banda que vai surgindo na região.

                                                    
      Depois foi a vez da Avalanche, liderada pelo Top, detonar tudo com clássicos do hard rock. Os solos ferozes executados pelo Wesley que levaram o público ao delírio. O show teve que ser interrompido na metade para o sorteio dos shots de tequila – deixando a noite dos cinco sorteados um pouco mais alegre - mas os caras logo voltaram com tudo e terminaram um belíssimo show.

Não foi dessa vez que rolou o Olhar 43, mas Matanza esteve mais uma vez presente
      A última banda a se apresentar foi a Justo Meio, já bem familiar dos frequentadores da Sunset, que finalizou a noite com chave de ouro, levando a plateia à um estado beirando a insanidade. Teve direito a moshs, pessoas voando, hino riograndense e músicas cantadas apenas pelo publico, que tomou conta do microfone e da festa. Só faltou o tão pedido Helter Skelter (mas, sejamos justos, rolou pelo menos a introdução do som).


      Mais uma noite de rock muitíssimo animada na Sunset, mostrando que o frio não assusta a galera. Já diz o nome do evento: Rock never stop!

Fotos: Kathiely Watte

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Blackout fez história na Sunset!

Os organizadores. Mataram a pau!

      Exatamente um ano após a Sunset lotar para a final do Rei dos Gigs, mas uma vez o rock fez a diferença na noite santa-cruzense. Na mesma casa, aquela que dá oportunidade para noites assim ocorrerem, houve lotação para assistirem oito bandas na segunda edição do Blackout Rock Festival. E, acredito que todos aqueles que passaram ali pela Gaspar aquela noite, se surpreenderam. Eram nove horas e as ruas já estavam lotadas de cabeludos com camisetas pretas.

      Por todos os cantos, uma hora após a abertura das portas, haviam pessoas empolgadas com a grande noite que viria. Para abrir, duas bandas de Santa Cruz que são relativamente novas. Porém, Potato Chips e New Plague têm sido, provavelmente, as que mais tocam na atual noite da cidade. E, mostraram o que essa presença constante no palco tem feito. Entrosamento, boa atuação de palco e um público fiel. A música, de estilos bem diferentes. Porém, ambas já investem em trabalho autoral para ir ganhando mais espaço. Ótimas notícias. Em covers, a Potato mais no lado indie e a New Plague no new metal.

Potato Chips abrindo a noite!

New Plague promoveu a primeira bateção de cabeça da noite

































Cantar Queen não é pra qualquer um
      Vou dizer, deu orgulho de ver a festa lotada tão cedo e com o público curtindo e aplaudindo os shows das bandas daqui. O show da New Plague acabou antes das 11 horas e a lotação já era de auge das noites que começam pela uma da manhã. Na sequência, tocou a primeira banda de fora, abrindo o lado venâncio-airense da festa.

      A Tom Turbina havia sido o grande destaque da primeira edição do Blackout, quando tocou em casa. Nesta vez, veio pra encantar o público de Santa Cruz. O ambiente estava totalmente lotado para ver os diversos covers. Led Zeppelin, Queen, Nazareth e Deep Purple fizeram a Sunset cantar e aplaudir com força a qualidade musical destes caras. Infelizmente, nesta vez não vimos o teclado ser tocado daquela maneira diferente que tivemos na primeira. Mesmo assim, um grande show!

      No intervalo das bandas, muita cerveja - que de forma excelente, foi vendida em fichas e não por comanda - e pasteis! Sim, a Sunset estava vendendo pastel e batatas fritas para o público. Para a festa ser perfeita, só faltou mesmo a venda de cerveja 600ml. Para grande parte do público que veio de fora para curtir o festival, isso foi uma grande decepção.

      Começando a história de grandes voltas e superação, era hora do show da Vade Retro. E aí eu já estava bem bêbado. Foi diferente, já que o vocalista e guitarrista, Geferson, tava com o joelho machucado e teve que fazer boa parte do show sentado. Mas, como de costume, a banda agitou bastante, fazendo todos baterem cabeça e curtirem muito o metal dos caras! O encerramento, com Fairies Wear Boots do Sabbath, fez todos cantarem juntos e ficarem com a expectativa para o cover da banda do Ozzy que logo viria.

Lesionado, Geferson não abandonou sua responsabilidade com o metal
      A festa teve sequência com outra banda que fez sucesso na primeira edição do Blackout. A tão esperada volta da Avalanche foi recompensada com um baita show e as primeiras rodas punk. O set list, no começo, deu ênfase ao hard rock. Porém, ao final, os tradicionais covers de Matanza agitaram o público. Wesley encaixou muito bem na banda, que - na minha opinião - foi a grande alegria da noite. Nada como ver Top Gun e Kurt de volta aos palcos!

O maquiado Top está de volta!
      Como já falei, eram muitas bandas e eu já estava bem bêbado. Vi o show da Revolta XXI, porém não tenho muita autoridade para falar. Só sei que todos estavam curtindo bastante, inclusive os integrantes da banda. Bom receber gente fora que faça shows marcantes nessa sua visita. Estamos abertos a quem quiser falar mais sobre estes shows nos comentários.











      Das quais conheço mais e acompanhei os shows, falo para encerrar. A Deep Sky, que há anos não víamos tocando por aqui, veio para promover momentos de nostalgia. Um grande show apenas com clássicas do Sabbath! No clima que vivemos, com show dos Deuses do Metal confirmado em Porto Alegre e novo CD vindo por aí, algo assim foi ideal para a noite. War Pigs fez eu já me imaginar na noite de nove de outubro em Porto Alegre curtindo Ozzy, Iommi e Geezer.

      A última banda da noite foi a Vizzer. E que grande show! Composto de clássicos do grunge e do metal, a banda de Jaeguer e Chester fechou com autoridade esse grande festival. Moshs, rodas punk, bateção de cabeça e muita qualidade. No bis, como não havia mais bandas para tocar, os caras foram longe. Até o Cláudio - dono da Sunset - pediu um som para eles.

Quatro da manhã, e a Sunset ainda a toda! Olha eu ali...
      Vários pontos bons para destacar nesse grande festival. Cerveja em fichas foi um acerto. Pastéis também. Ótima organização, com tempo certo para as bandas e sem grandes demoras. Não tivemos demora nas filas pra entrar e nenhum outro grande problema. A única coisa que sinto falta mesmo, é mais opções para beber. Cerveja 600ml e 1 litro é ideal para festas de rock. No resto, aguardo ansiosamente pelo Blackout 3!

Porco Aranha...
Agradecimento a Leíne Bertotti, pelas belas fotos, e aos organizadores Top Gun e Raul Geller.

sábado, 11 de maio de 2013

Rockeira dos Vales - Carolina D`Avila


Nome: Carolina D'Ávila
Idade: 18
Estado civil: Solteira
Cidade: Vera Cruz


Banda da região: Potato Chips

Banda que não esta mais na ativa mas que gostaria de ver novamente: Pink Floyd

Banda preferida: Evanescence

Melhor pub/casa de show: Sunset, em Santa Cruz do Sul :))

Algo que foi marcante na sua vida rockeira: Com certeza quando conheci a Amy, vocalista da banda Evanescence no show em Porto Alegre.

Show que gostaria de assistir: Pink Floyd :)

O que esta faltando na cena rock da região: Mais bandas, com certeza. Pois aqui na região existem talentos ocultos e as pessoas deveriam mostrá-los mais!

quarta-feira, 8 de maio de 2013

As 20 Questões - Claudio Schiefferdecker


      Hoje nós estamos conversando com o único Claudio Schiefferdecker, o "Claudião", da banda Restos de Ontem. E, se você não sabe quem é, você deveria ter vergonha de si mesmo! Claudião é uma lenda no mundo do rock n roll underground e já fez parte de lendárias bandas aqui da região como a Porno Starz e a Amnésia Alcoólica.  Então, tome uma aspirina com um copo de samba e prepare o coração porque aí vem.... As 20 Questões!

1 - Cara, para quem viveu em uma capsula até agora, se apresente por favor.

      Beleza. Sou o Cláudio, baixista... Já toquei em várias bandas de Santa Cruz do Sul. Entre elas Amnésia Alcoólica  Porno Starz e Restos de Ontem.
Claudio "Olhos de Serpente" Schiefferdecker

2 - Recentemente vocês alcançaram uma marca de 1500 players com o Ep "O que sobrou daquela velha canção". A internet facilitou ou dificultou as coisas para se ganhar algum dinheiro com o rock?

      Na minha opinião, só veio a facilitar a vida das bandas independentes... Agora, ganhar dinheiro com rock tá difícil de qualquer forma. Quem toca rock, toca porque gosta. Se quisesse ganhar dinheiro com a música estaria tocando barzinho ou em baile... é foda...

3 - A musica "cansado" reflete o estado de espirito do musico de banda do underground?

      Cansado fala de um relacionamento... Mas, com certeza o estado de espírito do músico underground é esse!

4 - Como funciona o processo de composição na Restos de Ontem?

      É uma bagunça, he, he, he... As vezes o Maicon traz uma música já pronta, letra e melodia; em outras vezes ele faz a letra e alguém (eu, o Gigante ou o Guns) coloca a melodia...

      Já eu costumo normalmente fazer tudo e levar pronto pra banda, mas já fiz músicas (Meu Cachorro Não Quer Mais Viver) em que fiz a letra sozinho e a melodia em parceria com o Guns.
formação atual da Restos de Ontem conta com o Bill Gates na guitarra

5 - A cena rock atual da cidade, esta melhor ou pior do que nos tempos em que você tocava com a Amnésia Alcoólica?

      Acho que está melhor, apesar de que naquela época haviam algumas festas particulares fodas na cidade, como a Quarta-Feira Verde, que era organizada por alunos da Unisc...

6 - Conte nos uma historia cabulosa dos tempos de Amnésia?

      Não me lembro de nada dessa época... huahuahua, brincadeira! Era muita loucura nessa época, não é a tôa que o Foca e o Finha são lendas do rock na cidade...

      Teve uma vez, em 2002, que a Rádio Atlântida fez um concurso... Berçário Atlântida, que era um festival que rolava no estado inteiro, a etapa Santa Cruz foi em Vera Cruz, no antigo Engenho 432, em um domingo a tarde.

      A gente tomou um garrafão e meio de vinho (fora outras cositas mas) antes de subir no palco... quando começamos a tocar o Foca perdeu a voz logo na segunda música. Mas ele estava tão fora do ar, que não se flagrou logo o que tinha acontecido. Começou a mexer no cabo do microfone achando que o problema era ele...

      O show terminou comigo cantando a última música, e quando eu me viro vejo o Foca caído no meio do palco, com o segundo garrafão de vinho vazio caído ao lado dele... Olho para o lado, onde estava o pessoal da sonorização e o cara da rádio está lá, se mijando de tanto rir, ele olha pra mim e me diz... "isso é rock'n'roll meu, isso é rock'n'roll!!!"
no tempo que o Claudião não tinha nem pelos púbicos

7 - Você também fez parte da Porno Starz como foi o período com a banda?

      Eu fiz parte da primeira formação da Porno, também foi uma banda bem louca... O Chico e o Jader estavam sempre bêbados (90% das vezes) e alguns shows foram caóticos...

      Teve um show em que o Chico subiu bêbado em cima do PA e ficou cantando de lá, deitado de barriga na última caixa. Eu olhava aquela porra balançando com ele lá em cima e pensava "meu Deus, isso vai despencar com ele lá".

      Foi uma das bandas que eu mais me orgulho de ter feito parte. Grandes amigos, grandes shows... e muita loucura! 
Claudião pimpolho
8 - Dentre tantos casos do rock n roll, você foi, digamos, um exemplo. Sempre quieto e na sua. Talvez com tamanha humildade e estado de espirito conseguiu se manter sempre com banda, tocando e produzindo musica, qual foi o segredo?

      Não sei dizer, Top... Sou do tipo calmo por natureza, porém quando perco a paciência perco mesmo... Mas sou fissurado em rock'n'roll, é tocando que eu me sinto no "meu estado natural", talvez seja isso...
esse é exemplo

9 - Na minha modesta opinião a musica "Me Maltrate Assim" é um grande hino do rock n roll underground, não pensa em regravar este som com a Restos de Ontem?

      Pouca gente sabe (ou sabia até agora), mas essa música eu fiz para minha esposa numa época meio conturbada da nossa relação...

       Essa música nunca foi gravada decentemente, até hoje só tem registros ao vivo. Na realidade, ela deveria ter feito parte do EP da Restos, mas a gente tinha tantas músicas pra gravar... acabamos dando prioridade pra outras músicas. Pretendo gravar ela o quanto antes, nem que seja como single...
Jader e Claudião, essa dupla sim é foda

10 - Como foi o processo para adaptar o Maicon que veio de uma banda hardcore de protesto ao rock n roll feito pela restos?

      Na realidade, foi tudo natural, pois partiu dele essa vontade. Quando a Porno parou, lá em 2007, eu estava procurando vocal pra montar uma nova banda e falei com ele. Na época, ele tocava na Ranoid e eu conhecia ele só de vista. Encontrei ele na rua e perguntei se ele conhecia alguém interessado em ser vocal de uma banda. Ele me respondeu "pode ser eu?". Aquela banda não chegou a fazer show, mas quando eu resolvi montar uma nova banda eu chamei ele e o Guns. Assim se formou a Restos...
Restos de Ontem
11 - Qual a solução para alguma banda de rock conseguir algum destaque e quem sabe finalmente conseguir sair de Santa Cruz?

      Quando eu descobrir a fórmula, eu uso ela, huahuahua... Sempre achei que pra uma banda fazer sucesso depende de 3 coisas: Empenho por parte de todos os integrantes, talento e (principalmente) sorte... Mas sei lá, né. Têm tanta merda tocando no rádio que acho que talento não é mais necessário, huahuahua...

      Eu acho que o maior problema com as bandas é os integrantes não estarem nem aí... Trocam um ensaio por qualquer coisa, não tem foco... E, quando o negócio não anda, colocam a culpa nos outros.

12 - Em que momento a Restos de Ontem se encontra?

Parada, né Top?! A banda deu uma pausa nessa semana que passou... O Rafinha (batera) deixou a banda e houve um conflito interno além disso, então resolvemos dar um tempo. Não sei dizer como vai ficar...
onde está o Cris?

13 - Qual foi o momento mais doido que você já viveu no rock?

      Cara, acho que foi o um ano inteiro que eu toquei na Amnésia... Foram muitos momentos doidos, he, he...

14 - Como conseguiu se manter longe das drogas e do vicio ?

      O Top acha que eu sou santo, huahuahua... Como 90% dos rockeiros já usei muitas porcarias, quase entrei em coma alcoólico aos 16 anos na praia, mas a gente cresce né... Já deixei a adolescência pra trás faz tempo e daqui e um mês e pouco completo 33 anos. Tenho esposa e duas filhas (13 e 9 anos), então é necessário um certo nível de responsabilidade.
você esta demitido! Nãaaaaaaaaaaaao

15 - Comparando a cena rock da cidade com a cena de 10 anos atrás, conseguimos evoluir ou só piorou?

      Evoluiu, piorou, e tá evoluindo de novo (acho!). Creio que o melhor momento pras bandas de rock em Santa Cruz foi o Vitrolão. Mas agora temos a Sunset!
Kit de sobrevivência do Claudião tem até uma bacia pra fazer batata doce

16 - Se pudesse formar uma banda dos sonhos qual seria a formação?

      Valendo qualquer um, vivos ou mortos? Jim Morrison, Stevie Ray Vaughan, Jimi Hendrix, John Paul Jones e John Bonham.

17 - Avalie de 0 a 10 as seguintes bandas:

Mamonas Assassinas: 2, melhor não comentar o que eu acho dessa banda, huahuahua...
RPM: 2, nunca gostei do Paulo Ricardo...
Tequila Baby: 9, segunda melhor banda punk do estado.
Toquio: 2, o Top escolheu a dedo as bandas que eu não gosto, he, he, he...
O Surto: 2, toquei numa banda de barzinho que tocava "A Cera" deles direto... Tinha vontade de quebrar o baixo no meio!

18 - Avalie de 0 a 10 os seguintes baixistas:

Flea: 10, ele dispensa comentários...
C.J Ramone: 7, adoro Ramones, mas qualidade técnica nunca foi o forte deles.
Krist Novoselic: 6, Nirvana foi uma baita banda, mas as linhas de baixo são simples...
Robert Trujillo: 8, o cara é foda... só não dou mais porque não curto metal...

19 - Quais as 5 bandas que convidaria para um festival:

      Sem falar em orçamento? Rolling Stones, Pearl Jam, Soundgarden, Cachorro Grande e Velhas Virgens... Ficou nada a ver as duas últimas no meio das 3 primeiras, mas curto pra caralho...

20 - O que podemos esperar do Claudião e da Restos de Ontem?

      Cara, eu vou continuar tocando... A música é meu vício. A Restos com certeza vai voltar, não vou deixar essa banda morrer, ainda mais quando a gente estava indo tão bem, só não sei dizer quando voltamos...

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Radiofônica agora é 97.1

      Como já havíamos adiantado com exclusividade no podcast que gravamos com o Tiago Eick, a Radiofônica estava planejando mudar de estação. Para evitar as chatas interferências, que em vários pontos da cidade trocam Comfortably Numb por um sertanejo de merda qualquer, a melhor rádio da cidade (estado, país...) deixará sua clássica estação. O 97.7, que por anos foi sinônimo de boa música, agora passa a ser 97.1!


      Portanto, aproveitem que desde terça-feira tá rolando direto só música boa lá. Coloquem aí o seu radinho na 97.1 e curte o melhor do rock e do blues!