quinta-feira, 28 de março de 2013

Viúva Negra - Legend

    Lá vem o coelhinho, no dia sagrado dos católicos... Domingo, se comemora o dia em que Jesus ressuscitou, 3 dias após morrer, na sexta... hum... péra, não, deixa eu contar aqui... um, dois, três... morreu na sexta, fecha um dia no sábado, dois no domingo, três... segunda! Denúncia! Temos um feriado usurpado, roubado, e negado! Vou ali criar uma causa online e já volto...

(recorrência matemática feita pelo colega SS Gorim, vulgo Modadaksa)

    Brincadeiras à parte, o ferido da sexta-feira nos proporciona hoje, quinta, uma ótima festa embalar o início do feriadão. Segue aí o flyer.





Estamos quase no feriado...


quarta-feira, 27 de março de 2013

Classy Classics III - The Dark Side Of The Moon

     Já venho há algum tempo querendo postar um review sobre essa maravilha da música antiga, e, aproveitando já o seu aniversário que foi no domingo, hoje venho lhes escrever sobre meu breve entendimento e sentimento do álbum The Dark Side Of The Moon. Um dos meus álbuns favoritos, de uma das minhas bandas favoritas, e, meu álbum de estúdio predileto da mesma. Como todo bom álbum de rock n' roll progressivo analisado, preparem-se para ler milhares de vezes sobre críticas de sociedade e sentimento.


     O que muitos não sabem é que o Pink Floyd nunca foi muito fã, ao contrário das bandas britânicas da época, de aparecer na capa dos seus discos. Lendas dizem que, a capa desse disco, em particular, fora escolhida em 3 minutos - simplicidade e beleza. O nome do álbum era para ser Eclipse por motivos comerciais - A banda Machine Head havia lançado um álbum chamado The Dark Side Of The Moon há pouco tempo, mas, como o álbum da Machine Head foi um desastre comercial, a banda voltou com o título.

     A capa incluía o prisma, e por dentro havia fotos de pirâmides, porque o criador da capa diz ter tudo a ver com o tema recorrente do álbum, que é enlouquecer. As fotos das pirâmides foram tiradas em infravermelho para dar um efeito lunático e psicodélico. Diz ele que as pirâmides são "fantásticas estruturas designadas para elevar os faraós e ajudar a transportar bens da terra para o paraíso - quão louco é isso?". Também, as pirâmides foram escolhidas por causa de seu formato semelhante ao do prisma - quem diria.


     O álbum começa com Speak To Me. A música é totalmente instrumental com experimentos feitos com as outras faixas do álbum submetidas às novas tecnologias da época. Como é uma seção muito curta, é normalmente somada à segunda faixa, que é Breathe, nos rádios e na edição de 30 anos, lançada em 2002. Breathe é um prelúdio do interlude de Time. A letra de Breathe lhe explica tudo que o álbum irá lhe propor - é uma crítica à sociedade capitalista da época que era forçada a 'Cavar buracos e esquecer do sol; E quando estiver pronto, não descanse, é hora de cavar outro'. O feeling aéreo da música lhe inspira a pensar que a vida é apenas um estágio dormente onde apenas sobrevivemos e 'Corremos em direção à uma cova prematura'. Essa música lhe instiga a pensar se a vida não é nada mais que o que vemos e sentimos, o quão alto voamos e o quão dura é a queda.

     Após ouvimos On The Run. Os sintetizadores nessa música lhe fazem pensar que o tempo está em constante aceleração e que não temos controle de nossas mentes. É apenas instrumental, mas o silêncio e os ruídos dizem mais que mil palavras, onde o batimento não acelera mas os pensamentos sim; e quando podemos ouvir uma quebra nos ruídos com vozes e urros podemos pensar: para onde diabos estão me levando. Tudo termina com uma risada macabra e o 'tic toc' dos relógios. Tempo.




     Time, uma das trademarks do álbum. Essa faixa é uma reflexão sobre o tempo - o tempo não para. Esta eu quero que todos sintam com as palavras do autor, numa livre tradução:

"Ticking away the moments 

That make up a dull day

[...]

Waiting for someone or something 
To show you the way
Tired of lying in the sunshine 
Staying home to watch the rain 
You are young and life is long 
And there is time to kill today 

And then the one day you find 
Ten years have got behind you 
No one told you when to run"

"Esperando o tique-taque passar dos momentos
Que fazem um dia tedioso
[...]
Esperando por alguém ou alguma coisa

Para lhe mostrar o caminho


Cansado de deitar no sol
Ficando em casa para olhar a chuva

Você é Jovem e a vida é longa

E tem tempo para matar hoje


E então um dia você descobre
Dez anos se passaram para trás de você

Ninguém lhe disse quando correr"


     E então começa o solo, que trabalha como um período de transição dessa fase da vida, para uma próxima, quando você corre para alcançar o sol mas ele está diminuindo. Quando todos os dias estão ficando mais curtos e você nunca encontra o tempo. Os planos não passam de meras anotações mal feitas e todos ficam parados em quieto desespero. E é aqui que a Breathe volta, como um lembrete de como a vida é: curta, exaustiva e enjaulada. "Thought i'd have something more to say"(Pensei que teria algo mais para dizer) é a frase que ouvimos antes de entrar no interlude, onde ouvimos a mesma melodia aérea e uma sensação de descanso, quando chegamos em casa novamente e nos encontramos no lugar onde apenas estamos quando podemos; quando estamos velhos, acabados e frios, voltamos ao lugar onde podemos relaxar no calor até ouvir os sinos chamando os fiéis pelos joelhos a se juntarem num feitiço falado em palavras suaves.

    The Great Gig in the Sky: não há muito o que dizer, apenas de que é a expressão de agonia mais linda e penetrante do universo. O viajante chega à gig(encontro entre músicos para relaxar, tocar um som sem compromisso e aproveitar o momento), à grande gig no céu. Tudo começa com os gritos de agonia e termina em harmonias de relaxamento quando o ator finalmente chega ao fim dos tempos e para. (Ao contrário do que todos vão pensar, a vocalista que gravou essa linda melodia vocal é mais branca que neve - sem racismo, apenas acho que negras têm uma característica vocal marcante e impressionante, e, até ouvir essa musica, achei que era irreproduzível).

     Agora, um novo disco, um novo lado. Money fala sobre a vida de ricaço, desde os primórdios até os fins, e as conseqüências e implicâncias que isso tem para a sociedade. Pegue aquele dinheiro com ambas as mãos e faça uma reserva; Novo carro e caviar [...] acho que vou me comprar um time de Futebol; Mantenha suas mãos longe da minha pilha; Viajando com um kit de primeira classe; Acho que necessito de um jato Lear. (Uma tradução livre, feita por mim, das linhas que seguem até o solo). Então, bem sucedido, o ser humano assume um caráter diferente: Dinheiro é um crime, Divida-o justamente mas não tire um pedaço da minha torta; Dinheiro é a raiz de todo mal hoje; Mas se você pedir por um aumento não é nenhuma surpresa que não lhe darão nenhum. Tudo isso seguido de um diálogo entre os ricaços sobre os maus tratos vistos como legítimos no ambiente. É para se sentir como um trouxa, e, ao mesmo tempo, podemos observar que todos caem no círculo da mesma maneira e acabam do mesmo jeito - No começo o personagem era apenas um pobretão economizando e terminou como um ricaço esnobe e ditador.

     Us And Them, por outro lado, já encara as informações com outro olhar. Nós e eles, e no final das coisas, somos todos homens ordinários. Ninguém nos conhece, ninguém nos entende, não entendemos a nós mesmos. O clima aéreo, assim como em Breathe, transmite simplicidade e calma. No refrão há um aumento nos backing vocals como se todos cantassem a mesma canção de desespero, ou como se tivéssemos tantos EU dentro de nós que nem mesmo nós nos entendemos. O que temos, o que não temos, o que falamos, o que deixamos de falar, o que fazemos e não fazemos - a vida se resume em escolhas, e, as vezes, elas nos desviam de nós mesmos.

     E então mais um instrumental: desta vez, demonstrando Luxúria e instabilidade. A música vai progredindo de um clima calmo ao fundo, com notas mais amenas e timbres mais macios, progressivamente, até notas pesadas e com efeitos lunáticos para transmitir uma sensação de crescente desilusão, para, então, entrarmos em estado de Brain Damage.

"The lunatic is on the grass
The lunatic is on the grass
Remembering games, and daisy chains and laughs

The lunatic is in the hall
The lunatics are in my hall
The paper holds their folded faces to the floor
And every day the paper boy brings more

[...]

And if your head explodes with dark forebodings too
I'll see you on the dark side of the moon"

     O lunático está na grama relembrando jogos, e cirandas e risadas; O lunático está no corredor, os lunáticos estão no meu corredor - o jornal segura suas faces dobradas em direção ao chão e, todo dia, o jornaleiro traz mais. E se a sua cabeça explode com pressentimentos negros também, eu lhe verei no lado escuro da lua. É por aqui que a idéia do álbum fica mais clara e mais cara - a loucura começa a tomar conta da rotina do ator. "O lunático está na minha cabeça - você levanta a lâmina e faz a mudança, me re-arruma até eu ficar são", o lunático tomou conta da mente do personagem que, aparentemente, é apenas uma pessoa comum. Eis a crítica principal da música - estamos todos vivendo uma realidade que enlouquece. Dentro de nossas jaulas que nós mesmos construímos em busca dos nossos anseios e desejos. "Você chaveia a porta e joga a chave fora, Há alguém na minha cabeça, mas não sou eu".

     E tudo termina com Eclipse, quando tudo que você faz, não faz, que você toca, que você escolhe, você rouba, você nega, você cria, luta, destrói, come, usa e desusa, tudo abaixo do sol está em sintonia, mas o sol está em eclipse com a lua. O mundo está em Eclipse.

I'll see you on the dark side of the moon

Abraços galera. Rock n' roll.
     

II Blackout Rock Festival




    Vem aí mais uma edição do Blackout Rock Festival, um evento que foi um sucesso em sua primeira edição, ainda no fim do inverno passado. A sua segunda edição sofreu alguns contratempos, foi difícil encontrar um lugar que abrigasse tamanha concentração de rockeiros ensandecidos e loucos por bater cabeça, mas eis que a Sunset topou abrir as suas portas, mais uma vez, ao rock da região.

   Como sempre fizemos, vamos fazer nossa parte, apoiando o evento através do blog, divulgando sua programação, apresentando banda por banda até os dias próximos ao festival, e quando chegar a hora, ir até lá encher o caneco fazer a cobertura do evento.

     O line up já está quase todo confirmado, e vamos tratando aos poucos aqui dele. O que vale ressaltar é que até agora temos, além do que há de melhor pela região, algumas bandas de fora, as quais estamos muito curiosos para ouvir. Muitos estilos diferentes estão sendo contemplados, temos bandas com repertório próprio e com repertório de tributos. Esse é um festival realmente feito para agradar á todos, reunir os apreciadores do rock n' roll, e se divertir. Sempre defendi que música é pra isso, pra se divertir, e eu sempre vou tentar ajudar quem faz isso, e com seriedade.

    Informações quentes rolam todo dia nesses endereços:
    - Evento do facebook;
 - Grupo do facebook - local para inscrição de bandas, organização de excursões, etc..

terça-feira, 26 de março de 2013

segunda-feira, 25 de março de 2013

Minha Coleção: Green Day - com Maicon Riediger


   Temos um novo quadro aqui! E eu devo dizer que essa boa idéia não foi minha, mas do próprio Maicon, e que para abrir os trabalhos e fazer esse "piloto", convidei para ser a primeira vítima. Espero que ele já tenha colocado um bom alarme e aquela plaquinha da Rudder na frente de casa, porque talvez, a sua coleção fique à perigo...
"Quem inventa aguenta."
   Maicon é atualmente vocalista da banda Restos de Ontem (que tocará daqui a duas semanas na Sunset), e se quiser ouvir o trabalho da sua banda, sugiro uma passada por sua página do no Soundcloud. Mas antes da sua atual banda, ele já percorreu muito chão e pisou em muitos palcos em trabalhos voltados mais para o punk rock e o hardcore, e com certeza, o Green Day tem uma parcela de culpa enorme nisso tudo, como vocês podem ver nessa breve entrevista que segue:


1.       Começando pelo óbvio, desde quando tu és fã de Green Day?

     Cara, a minha história com a banda é longa. Foi uma das primeiras bandas que eu conheci, lá por 1995/1996, que foi a época que eu realmente comecei a escutar com atenção o que rolava no cenário musical. Lembro que naquela época o Multishow era liberado durante uma hora por semana pra quem tinha antena parabólica, e era sempre durante o TOP TVZ, programa de clipes, lá eu vi o clipe de Basket Case e desde então me interessei e comecei a juntar coisas da banda... Claro que bem de leve porque eu era um “muleque” que não tinha dinheiro hehe.


2.       Qual foi o primeiro disco que você comprou?

sexta-feira, 22 de março de 2013

Agenda do fim de semana - 22 e 23 de março!


      Opa!! Estou bem atrasado hoje. Nem na aula pude fazer a agenda aqui no blog. E, vejam só, duas festas no fim de semana. E, melhor, a volta do espaço para bandas da cidade tocar. Quanto tempo que já não vemos um show de uma banda de Santa Cruz, em? Isso é foda! Bem, voltou e espero que o pessoal prestigie. Não adianta vir aqui reclamar como anônimo que o blog não faz nada e não tirar a bunda do sofá para ir assistir o que o pessoal tá fazendo de bom por aí. Então, bora pra Sunset logo mais.


Sexta, 22/03

      Isso mesmo, pra Sunset! Estamos todos torcendo para que voltemos a ter as sextas de rock na casa. Hoje é uma tentativa. E, fico muito triste em anunciar aqui que minha banda não irá participar como está sendo anunciado. Tivemos baixas de última hora que não podem ser substituídas  Até tentamos alternativas, mas não deu. Stiflers não irá tocar hoje. Porém, temos outros três shows! Tá mais do que bom, né? E, vejam só, é só cinco pilas! Tá muito barato isso.

      Como diz o nome da festa ROCK NEVER STOP! E, é isso aí. Com a presença do público o rock não pára mesmo. As atrações, todas da região: De Vera Cruz, Bulls, tocando Red Hot, Nirvana e TNT; a clássica santa-cruzense Justo Meio, mandando as nacionais Legião Urbana, Made in Brazil, Barão Vermelho e muito mais; e de Rio Pardo, Joey Hollywood, com as bandas dos anos 90 Blink 182, RATM, System. Bem diverso o set da noite, né? Vamos lá.


Sábado, 23/03

       No sábado, como de costume, bora pra Legend. E, neste fim de semana a marca é o início de uma parceria do lugar da boa música com a Chilli Beans. A atração será a Banda Legend, que - pelo que ouvi dizer - está com nova formação, e mais convidados. Entrada é de graça pra elas até meia noite e 15 pra eles. Depois da virada do dia, fica 15 pra muié e 25 pros macho. Sempre lembrando, não se entra mais menor de idade na Legend, mesmo com aquelas coisa de autorização. Não entra! Ah, e tá rolando uma promoção da Chilli Beans. Parece que tem que colocar o nome na lista em um dos quiosques deles nos shoppings da cidade pra ganhar óculos de graça. Vale a pena tentar! hahah... Boa sorte!

quarta-feira, 20 de março de 2013

Rock n' Roll Nerd II

     Galera, fazia tempo que eu estava a fim de escrever um outro quadro do rock n' roll nerd, e há tantas possibilidades de games que eu poderia escrever uma coluna por semana sobre isso. Mas, também não quero escrever porcaria, então divulgo aqui só a nata dos games que têm rock n' roll envolvido e, o dessa coluna é uma aula de rock n' roll. O escolhido da vez não é nada mais, nada menos que Brütal Legend. Este game foi lançado como uma cooperação entre vários artistas, dentre eles Jack Black e Kyle Gass(Tenacious D), Lemmy Kilmister(o deus, do Mötörhead), Ozzy Osbourne, Rob Halford, Lita Ford e Meat Loaf - apenas alguns que eu consegui identificar pela voz, aparência ou ambos, durante o game.



     Tudo começa no palco da maior banda de metal do mundo, quando o personagem principal, Eddie Riggs, o melhor roadie do mundo(Jack Black) estava terminando de consertar a guitarra que o artista quebrara no show passado. O mítico roadie, óbvio, havia conseguido consertá-la, espantando os arrogantes artistas - um certo tom de crítica com as bandas e personalidades modernas. Eddie, com seu estilão clássico, jaqueta de couro, coturnos e cigarrinho, e os novos de social e franjas adoidadas - O vocalista, antes de entrar no palco, ao mesmo tempo que mexe no seu moderno celular comenta com Eddie sobre seu visual antiquado e careta. Quando a banda entra no palco, o guitarrista sobe no topo da decoração e tropeça, e Eddie, como um bom Roadie, entra no palco para resolver os grandes problemas apenas para salvar o guitarrista. O problema é que, com isso, ele se corta e um pouco de sangue escorre até seu cinto, que na verdade é um amuleto ao deus Ormagöden, e dá inicio a um ritual que vai jogar Eddie num obscuro mundo inspirado pelo Heavy Metal.

     De cara ele se depara com um Machado e uma Guitarra, que serão seus instrumentos de poder durante toda a história. Um pequeno trocadilho com aquela velha mania de chamar guitarra de "axe". Então você tem a obrigação de destruir uns velhotes demoníacos e destruir a parede com o som da sua guitarra, nada brutal e nem um pouco o sonho de todo guitarrista de derrubar o clube com o seu poder distorcido.



     Apenas para constar, vou citar apenas as partes mais importantes da história, para não tomar muito tempo. Então, você se depara com Ophelia, uma guerreira rebelde que luta contra a legião de demônios de Doviculus. Para fugir de uma legião de soldados, você é forçado a construir um Deuce - o carro mais rock n' roll da história - E levar a gatinha pra casa.

Estilão Marotão
     Guiado por Ophelia, os dois escapam para o acampamento da resistência rebelde, Bladehenge, onde se deparam com Lars, o líder(que relembra muito o Doug Aldrich) e sua irmã Lita. Lá ele é identificado como 'o escolhido', um ser que viria de outro mundo para salvar a terra das maldições que a habitavam. E não perdem tempo, sendo o primeiro passo adentrar uma mina e resgatar muitos Headbangers para se juntarem á legião.


     Então, criam o exército de "Ironheade", e batalham arduamente para conquistar novos membros e bases. Numa dessas, Ophelia decide ir numa aventura sozinha já que Lars constantemente à barrava das batalhas para protegê-la. Então, como todos menos Lita gostavam da garota, decidem ir ver o Killmaster(trocadilho com Kilmister, Lemmy). Porém as cordas do baixo de cura dele estão velhas, e há apenas uma aranha que produz o fio grosso o suficiente - que baita mão hein. Eddie, como um bom roadie, provê do artista o necessário e a revolta segue em frente com um novo aliado, que, em respeito à coragem de Eddie e dos rebelandos, decide ajudá-los com sua ThunderHog, a moto mais potente.



     Adentram a torre do prazer, destruindo tudo que vêem pela frente, do general Lionwhyte, um sarro com o que aconteceu com o metal nos anos 80 - totalmente glam. O general utiliza gritos estridentes e ensurdecedores para atacar e tem o visual bem esdrúxulo.

yeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhh!
     
     Porém, no que o Ironheade consegue invadir o castelo, aparece o demônio chefe do pedaço, Doviculus. Ele alerta e ameaça a todos que essa revolução já fora longe demais e que tomaria providências. Lionwhyte era, de fato, um pupilo de Doviculus mas dizia ser o escudo entre a terra pacífica em que pisavam e o inferno de Doviculus.


     Enquanto todos celebram a vitória contra Lionwhyte, Doviculus resolve fazer uma visitinha, e todos se escondem. Enquanto Doviculus diz que fareja sua espiã, Succoria, pelo sangue derramado no campo de batalha, Lars decide intervir e é brütalmente assassinado. Doviculus levanta um exército e causa uma destruição em massa na Pleasure Tower e força a rebelião a abandonar sua nova base às pressas. Então, suspeitam que Ophelia, a novata da rebelião, é a espiã e deixam-na para trás, alegando que, como seus pais, ela era apenas uma rebelde da legião Black Tear. Sendo assim, Ophelia, em pesada depressão, se junta à rebelião Black Tear para se vingar de Ironheade.


     A rebelião Black Tear é outro sarro com as deviações modernas do Heavy Metal, desta vez a piada é com os Góticos(e emos também, creio). Três meses depois, Ophelia retorna para atacar a base dos Ironheade nas montanhas com seu exército. Depois de derrotar Ophelia, Ironheade decide que devem cortar o mal pela raiz e adentram as florestas em busca do Sea of Black Tears, o mar onde todos soldados se afogam para entrar na rebelião. Nisso, se deparam com os Fire Barons, motoqueiros de artilharia pesada, e as Amazonas da tribo Zaulia.


     Enquanto eles viajam por terras exóticas se deparam com lendas sobre o pai de Eddie, o herói conhecido como Riggnarok, que viajara para o futuro a troco de aprender os segredos dos Titãs para acabar com as lutas entre os humanos.


     Quando o Ironheade derrota o exército de Ophelia começa uma discussão de relacionamento sobre quem é o espião - e Ophelia continua a clamar que não é Succoria. Eis que Doviculus aparece e esclarece muitas dúvidas. Succoria é de fato a mãe de Eddie, com quem o grande Riggnarok haveria gerado o salvador. Eddie, então, olha para a sua camiseta onde sempre houve, claramente escrito, Succoria. Succoria era uma das maiores e mais diabólicas imperatrizes que a terra já havia visto e que, também, haveria feito pesquisas no tempo, fora perseguida por Riggnarok e, quando ela descobrira que quem prevalece são os humanos, adquiriu a simpatia de Riggnarok, e ambos se apaixonaram.


    É agora, no passado, que a natureza de demônio de Eddie, apesar de ele não entender antes dessa explicação. Deveras, suas habilidades se manifestaram durante a batalha contra o general Lionwhyte, que deu ao comandante das tropas uma vantagem comparativa. Após as explicações, Doviculus arranca o coração de Ophelia, que causa com que seu corpo virasse água, acabando com os poderes da garota. Isso apenas deixa Eddie mais raivoso e decidido a destruir o enorme exército de Doviculus.


     Todas as batalhas do jogo ocorrem em palcos. Os palcos são como os castelos de Ironheade e o objetivo é utilizar a força dos fãs como energia para unir os soldados e atacar o castelo(esse, normalmente, é um castelo mesmo).

     Quando o castelo do imperador Doviculus é destruído, Eddie executa um mano-a-mano com o imperador do qual ele decepa o inimigo, e arranca o coração de Ophelia de seu peito, onde ele o guardou. Ele salva, a muito esforço, o corpo de Ophelia do Sea of Black Tears e a traz de volta para fora do mar. Salvando-a e realizando seus sonhos molhados e retornando com todo o exército à Bladehenge, a base de resistência de onde todos advinham desde o começo.

     Com o palco erguido, Lita dá um discurso sobre o grande herói de Ironheade... Lars. Aí então começamos a ouvir os pensamentos de Eddie: "[...] um bom roadie nunca aparece nas luzes do palco. Eventualmente ele entrará para resolver um grande problema, e logo desaparecerá [...]".

     Com essa ótima história, ao som de Heavy Metal e Hard Rock, de muitas eras e estilos, com sangue, trovões, fogo e muita violência esdrúxula e necessária, é um jogo que recomendo a todos os fãs de rock n' roll - é uma aula, muito engraçada, de rock n' roll com contexto e história. Fica a dica.


Abraços a todos que leram até o final. Sugestões e comentários são sempre bem vindos e peço perdão pela demora, andei muito ocupado hoje. Rock on!

segunda-feira, 18 de março de 2013

Porão do Rock 23/03

Atualizado em 21/03

    O Porão do Rock abre suas portas pela primeira vez em 2013 (não me matem se eu estiver errado!). Quem já foi sabe, ou quem vive os amigos falando sobre, também, que o lugar é muito underground e rock n' roll.

    Entrada simplória, por 5 barões, e cerva por um preço justo é receita famosa de evento bem sucedido, e quem sobe ao palco na ocasião é a Dozeduro com seu rock n' roll escrachado.

    Pra quem não sabe, o Porão do Rock fica em Venâncio Aires, e no evento do facebook, o Jonas já colocou um mapa aos incautos moradores de cidades vizinhas que queiram por lá chegar.


    A Dozeduro, tem uma nova música, e promete muitas novidades no seu repertório, confere aí a música nova, e uma semi-nova:




Tampa no Radar TVE

   Mais uma banda da região mostra as caras para todo o estado na televisão. Dessa vez foi a Tampa, que tocou ao vivo alguns dias atrás no programa Radar, da TVE.

   A apresentação em vídeo foi lançado no "seutubo" há poucos dias, e vai aí pra quem quiser conferir:



Revolution Rock - Sunset 05/04

   No dia 05 de abril a Sunset abre as suas portas mais uma vez ao rock local. Quem fica responsável de animar o baile dessa vez são a Restos de Ontem, a New Plague e a Tamarindo.

   Já avisamos por aqui, e pra quem não viu eu aviso novamente, que a Restos de Ontem disponibilizou todo seu ep para audição e download no soundcloud da banda, e não, você não corre o risco de ser processado pelo Maicon e pelo Cláudio, não se preocupe. Este será talvez o primeiro show em Santa Cruz do Sul com a nova formação, e vale a pena conferir pra ver como ficaram "aquelas velhas canções".

    A New Plague, que anda gravando seu primeiro videoclipe, vem com o peso de suas composições bem características, fazendo um som que é um tanto único na cidade. Ainda temos, não sei se nessa ordem em que eu citei, a Tamarindo, fortemente inspirada no rock dos 90's, e que apresentou apenas próprias no seu último show, realizado na primeira noite do Grito Rock 13'.

   Por enquanto, ingressos podem ser adquiridos com o Maicon, da Restos de Ontem, com os integrantes das outras bandas, e na ALABAMA ROCKSTORE, por apenas 6 pilas.





sexta-feira, 15 de março de 2013

Agenda fim de semana - U2 cover na Legend 16/03


      É isso mesmo. Temos apenas uma festa neste fim de semana. E, para quem gosta de uma música mais pesada, é nada. Porém, eu gosto de algo mais leve! Cover de U2 na Legend. Só ver a foto dos caras pra ver que mandam bem! Claro... a imagem não é tudo. Mas, pelo que me foi passado, é de muita qualidade este tributo que veremos no sábado! 15 anos de estrada e sem querer fazer firulas. Vejam a página deles AQUI.


      As informações estão aí no flyer. Recomendo que prestem atenção no guitarrista. No "The Edge". Para fazer os efeitos de guitarra do U2, é preciso muita qualidade e habilidade. Só espero que o "Bono Vox" não de discursos pelas crianças da Africa. Ah... não se esqueçam. MENORES DE 18 NÃO ENTRAM MAIS NA LEGEND. Segue aí um vídeo dos caras...

(estou na aula e não pude ouvir... espero que seja bom)

      Ah! Importante lembrar! Domingo é Saint Patrick's Day. O dia mais importante do ano para os irlandeses - terra do U2. É uma grande data para se comemorar e, principalmente, beber! Vejo vocês lá. Pena que a Legend não tem Guinness...

As 20 Questões - Rafael "Finha"


      Nosso entrevistado de hoje é ousado, matuto, filósofo, guitarrista, vocalista e professor. E aí já sabem de quem estou falando??? Não? Então se segurem na cadeira porque o Rafael "Finha", aceitou o desafio e respondeu o "As 20 questões"!

Rockstar

1. Para quem ainda não conhece, quem é o Finha?

       Sou apenas um rapaz latino americano... kkk. Bem, profissionalmente leciono aulas de violão e guitarra já faz uns 8 anos, com isso fiz um bom pé de meia pra comprar meus equipamentos e me aperfeiçoar, me formei em Filosofia, mas com ela só conseguir publicar artigos. Como pessoa, tento ser sempre eu mesmo e tratar todos da mesma maneira. Tenho uma Filosofia que a vida é muito curta para tristeza, elas vem certamente, mas tento sempre dar mais espaço pra alegria!
O mestre e os alunos

2. Cão da rua é um rock de primeira, quando sai o próximo som da Justo Meio?

quarta-feira, 13 de março de 2013

Review: Musik Direkt Halmstad 2013

     A pedidos e a troco de muita sorte tenho o prazer de postar um review um tanto incomum aqui no blog. Na última sexta eu havia postado um 'Aviso de Inutilidade Pública' pedindo um feedback de quem lê meus posts e o único pedido fora 'fale um pouco no cenário daí'. Fiquei com as calças na mão, porque eu realmente não fazia a mínima idéia da existência de um cenário underground aqui em Halmstad - A cidade é pequeníssima, não se ouve falar em rock n' roll e bares underground como eu esperava que fosse. Mas sábado passado, então, eu dei uma baita sorte de poder presenciar o Musik Direkt aqui em Halmstad, na casa de eventos Nolltrefem.


     Antes de começar a falar do que os ouvidos viram e os olhos ouviram, gostaria de fazer um background que me deixou até mais impressionado que as bandas. O local era grandinho, cabia umas 400 pessoas, e não tinha nem metade do espaço ocupado. Dependendo da banda tava mais vazio que a nossa querida Sunset às 4 da manhã. Os amplificadores eram um ENGL powerball 100, um Marshall JVM 410, e um Aguilar pro baixo(não entendo quase nada de amp pra baixo, talvez o Drurys saiba na ponta da lingua o modelo, mas com certeza é o mais monstrão e famosão). Já comecei a babar nos equips, depois os mics eram todos shure beta58 nos vocais, sm57 nas caixas. E mesmo com toda essa potência e afins, foi o show de rock que menos estourou meus ouvidos - Na entrada eles ofereciam tampões de ouvido para quem achava que estava muito alto, até; só não entendi porquê. Não paguei pra guardarem o casaco, o que por aqui é uma puta vantagem, e tinha copo de água grátis pra platéia. Também havia 3 comediantes que interjeitavam com piadinhas a troca das bandas, mas como não falo sueco, pra mim tava é um tédio. Queria saber quanto pagaram pra botar esse festival.

     A cada banda que chegava, também, ficava cada vez mais pasmo: Tc Electronics era mato nos pés, Xotic Effects também - para um gear geek, como eu, esse evento estava um manjar. Gurizada com PRS private stock, Dean e por aí vai - a coisa mais simplória que vi foi um Fender Precision Bass e uma Stratinho  Fender também. Mas chega de blábláblá equipamental.

     Devo admitir que tá meio complicado de identificar as bandas, não sei ao certo qual a ordem das bandas e tem algumas que pra completar o pacote o nome é em Sueco. Então, de bandeja antes do meu parecer sobre as bandas, dou um canal do youtube com vídeo de algumas bandas - não tem de todas. O canal é:

http://www.youtube.com/user/jonasmagnusson72?feature=watch

     Confesso que cheguei atrasado, e a primeira banda já estava tocando, um blues rock bacana. Por dedução, acredito que o nome era Comfortable Bandage. Fiquei extremamente surpreso. A competição, só para constar, funcionava da seguinte maneira: Cada banda tinha direito a tocar 2 músicas, apenas próprias eram permitidas. Então não há muito o que dizer, apenas minha opinião. O blues rock dos caras era muito bom, mas não sei até que ponto o equipamento ajudou: Eu achei os solos meio ralinhos, a música meio arrastada demais, mas foi muito agradável ao ouvido. Dessa não tenho vídeo, nem foto, infelizmente.

     A segunda que subia aos palcos era de Metalcore/Screamo. Se chamava Awakened, e devo confessar que não achei muito boa não. O guita solo mandava ver e o batera também, mas os vocais achei muito ralinho. Confiram vocês mesmos.


     A terceira a atingir os canhões(tava mais pra ser atingido pelos, mas enfim) foi genial. Era um power trio, mas que sonzeira. Tocaram um Funk/Progressivo/Fusion de primeira. Eles subiram ao palco uniformizados, e, mais cômico impossível - óculos rosa, camiseta e paletózinho. O baixista mandava muito bem e senti um alto grau de inspiração do Flea. Esses caras ficaram com o terceiro lugar, mas foram de longe a minha favorita. Segue o vídeo:


     Depois foi a galera da Party Smokers. Um rock mais light, numa onda mais U2. Pra ser sincero, não deveria opinar pois esse tipo de som não é muito o meu estilo, mas eu achei as melodias um tanto falhas e vazias. Mas acredito que vale a pena conferir para me criticar.


     E então, eu vi uma coisa fora do comum. M.I.X. Um trio de garotas na onda dos MTV acústicos, com um vocal excepcional. O instrumental foi limitado, e deu pra ouvir bem claro uns erros no baixo, mas a melodia do vocal me deixou pasmo. E, graças, tem vídeo.


     Depois das garotas seria a vez da galera da ScreamLeaf. Essa, já dou de bandeja que foi a campeã, e mereceram. Tocaram um rock meio alternativo, meio blues, meio grunge, meio hard, meio psicodélico, meio tudo. Baita sonzeira. O guitarrista solava tão legal que achei o solo curto. Para conferir, segue abaixo o vídeo:


     Agora viria, e veio, a banda mais bonita da cidade: Paradise Crue. A gurizada de 14 anos mandou tão bem que ficaram com o segundo lugar. Tocando um hard rock daqueles 'quanto mais brutal melhor' e arrasando na presença de palco. O momento mais maneiro foi ver o cara solando e mirando no baixista enquanto ele caia de joelhos. Depois do show fui bater um papo com a gurizada e é simplesmente incrível saber que por aqui a música é muito influenciada. Os pais deles estavam junto e contaram para mim como é conviver com o barulho e que não esperavam menos. O pai do guita diz ter comprado o ampli e aquela Dean fodástica quando o filho tinha 3 anos, mas que o guri só pegou na guita aos 10 anos, e, agora tá mandando bala. Desce o vídeo:


     O que é que eu posso lhes dizer? Punk tem até aqui, também. A banda Grupp99 é a que subia no palco depois da gurizada e esse show foi pra estourar a bancada. Presença de palco excepcional - o vocalista só parava quieto porque não tinha microfone sem fio. Pulou no meio da galera, correu, e dá-lhe roda punk no meio do público. Foi um baita dum agito, mas, a qualidade do som não foi nada excepcional. Vários erros, principalmente por parte do guita. Infelizmente dessa banda eu não encontrei vídeo, então, segue uma foto nada meramente ilustrativa.


     Por fim contamos com o show da Alder Family. O som dos caras foi insano - Meio folk, meio reggae, meio blues. Música calma, com direito à accordeon, violino e percussionista. O som dos caras foi excepcional, apesar de alguns problemas que a galera do som teve para regular o volume do accordeon. As letras das músicas eram simplórias, mas encaixaram tão bem na proposta, e as melodias, os backing vocals, a presença de palco - os caras todos fantasiados de algo, desde marinheiro até leprechaun. É isso que se chama de Gran Finale. Pra concluir meu breve review, e que se não fosse breve eu não seria o cara certo pra escrever por estar mais perdido que mosca no barro, o vídeo da última banda:


     Espero que vocês tenham curtido, galera. Abraço a todos e Rock On!

To be Thick as a Brick - Review Jethro Tull, em Porto Alegre, 12/03/12


Ian Anderson's Jethro Tull
Porto Alegre - Araújo Viana
12/03/2012
Tour Thick as a Brick

Banda
Ian Anderson (vocais, flauta transversal e violão)
Florian Opahle (guitarra)
Scott Hammond (bateria)
David Goodier (baixo)
John O'Hara (teclados)
Ryan O'Donnell (vocal)

Ian estava um pouco acima do peso. Foi mal, gurias.
      Daquela banda que, em 1972, compos o álbum Thick as a Brick, hoje em dia apenas Ian Anderson segue trabalhando como Jethro Tull. Pouco tempo atrás eu achava isso ruim. Após ficar sabendo que essa nova formação iria fazer uma turnê tocando na íntegra o meu disco preferido da longa carreira destes britânicos, agradeci pela força de vontade do frontman seguir trabalhando e ousando pisar em lugares antes perigosos. Sim, tocar o Thick as a Brick não é negócio fácil. Entendam: Se trata de um álbum com apenas uma música. São 43 minutos e 54 segundos de puro rock progressivo. Isso, em 1972, foi uma baita inovação. Naquela época, toca-lo ao vivo era negócio de outro mundo para o Jethro Tull. Nunca a executaram completa. Só versões reduzidas de "apenas" 20 minutos.

      E não é que, em 2012, o Thick as a Brick volta a ser notícia. Ian Anderson resolveu continuar ele, lançando o TAAB II. Explico - o álbum de 72 contava a história de um garoto que criou um mundo absurdo em sua volta, levando ele a loucura. 40 anos depois, Ian quis contar como estava agora o Gerald Bostock velho. Portanto, o show ontem contou sua infância e sua velhice. Dois álbuns progressivos na íntegra. Desde que essa notícia saiu, tinha a certeza de que precisaria assistir isso.

      Em um certo momento da minha vida comecei a admirar muito o rock progressivo. Logo parti para os extremos. Encontrei em discos do Yes, do King Crimson e no Thick as a Brick. Nunca imaginei que teria a chance de assisti-lo, e, na noite da última segunda, ainda não era certo que estaria presente neste momento histórico. Porém, entre 23h30 e 00h, tudo mudou. Em minutos de muita adrenalina, consegui carona e ingresso (os últimos!) para estar presente no Araújo Viana na terça-feira. E, lá fui eu.

      O local é incrível. O teatro foi totalmente reformado e nem parece Porto Alegre. Algo de nível europeu. Mesmo na última cadeira da platéia alta, a visão do palco é perfeita. Eu, comprei platéia baixa lateral. Logo após me sentar, faltando uns 20 minutos para as nove, hora prevista para começar o Tull, a abertura subiu ao palco. Sinceramente, não tenho muito o que falar sobre ele. Um cara e seu violão. Tocou umas cinco músicas. Totalmente sem graça. Foi a legítima escolha apenas para não pagar a multa que existe para shows internacionais que não tenham uma abertura gaúcha.

Banda/lixeiros limpando o palco
     O homem foi retirado do palco por um ser estranho. Chamou atençao um homem de sobretudo e boina, varrendo o chão. Logo outros destes apareceram. Todos vestidos iguais. Arrumavam os equipamentos e organizavam o palco. Perto das nove horas, se reuniram em um grupinho no fundo e, batendo os pés, meio que fizeram um grito de guerra. Total clima de Jethro Tull, sem noção alguma.

      Deixaram o palco vaziu e as luzes se apagaram. Um vídeo sem muito sentido, de um homem indo a um psicologo, passou. Aí uma crítica - na platéia lateral era difícil ver o telão inteiro, havia um pano na frente. Porém, isso logo foi esquecido. O vídeo acabou e, sem cerimônia alguma, Ian Anderson estava no palco com seu violão começando Thick as a Brick. Mais do que isso, aqueles homens de sobretudo e boina eram sua banda! E, com o decorrer da música, as roupas de trabalho foram tiradas e lá estava o novo Jethro Tull.

Iluminado, Ian dá início ao show com os lixeiros
      Ian cantou a primeira parte da canção. O homem que antes varreu a abertura do palco, se mostrou ser o outro vocalista. Sua vassoura foi quebrada e se transformou em uma imitação de flauta transversal. Flauta que é marca registrada do Ian Anderson e... falhou. Sim, esse foi o grande problema do show. No momento em que entraria o primeiro solo do instrumento de sopro, ele simplesmente não funcionou. Fato extremamente lamentável. Após alguns segundos de tensão, o som folk soou no Araújo Viana e, de cara, um improviso. O solo foi feito completo, deixano a parte da canção maior do que o normal.



      Difiícil descrever toda a música. São 44 minutos. Mas, a atuação foi espetacular! Ian fez solos incríveis de flauta. Enquanto solava, Ryan - o cara da vassoura - assumia os vocais, que lembravam bastante a voz do frontman nos anos 70. Os dois dançavam, corriam e curtiam o momento. Teve também as esquisitísses. Anderson recebeu, no meio da música, uma ligação do celular. Ele pediu para a mulher ao telefone ligar para ele no Skype em dois minutos. Passado este tempo, apareceu um ser estranho no telão, que ficou curtindo a música.

      Os solos de teclado, para mim, foram o grande destaque. O cara era muito bom. O baixista, que tinha um jeito de gnomo, curtia o som e mantia tudo muito bem. O guitarrista, também baixinho, era ótimo. Já o batera, matou a pau no solo que começa a segunda parte da música. Foi um momento lindo. O público, que lotou o teatro, aplaudia a cada parte que passava. A música, mesmo sendo longa, não fica em momento algum chata. E, na minha opinião, o grande momento são os 10 minutos finais. Solos incríveis de todos instrumentos e a conclusão: "So you ride yourselves over the fields. And you make all your animal deals. And your wise men don't know how it feels... To be Thick as a Brick".

     Durante toda essa etapa final, o silêncio era total no teatro. Encerrando a música, o público todo ficou de pé e aplaudiu com muita vontade a banda. Foi histórico! Era um sonho realizado. Indescritível!



      Ian anunciou que um curto intervalo iria se feito e logo estariam devolta para Thick as a Brick II. E aí, como não poderia deixar de ser, o show esfriou. Tiveram grandes momentos. Na minha opinião, A Change of Horses é um baita som. Extreamente progressivo. Adrift and Dumbfounded, mais do começo do disco, também é muito bom. Porém, os grandes momentos da segunda parte, foi quando trechos do disco relembravam a primeira música. A banda seguia muito bem, a atuação era ótima... mas, não adianta. Eram canções desconhecidas e que não animavam muito. Logo alguns chatos já começaram a gritar "Aqualung". Bem... estes sairam decepcionados de lá.

     O final da segunda parte do show, foi igual a primeira. E, novamente, bem emocionante. A banda foi apresentada por um enorme Ian Anderson no telão. Se despediram, deixando o público de pé pedindo por mais um. Muita gente já ia embora. Eu, sabendo que teria bis, fui pra frente do palco. Muitos fizeram o mesmo e os seguranças não conseguiram impedir. Estava bem perto quando a banda voltou. E aí, para encerrar com uma clássica! Locomotive Breath fez todos ficarem de pé e agitarem muito na frente lotada do palco. A banda sentiu e também tocou com força total. A música, que não é longa, teve quase o dobro de duração. Muitos solos e a oportunidade de ver um mestre bem de perto. Foi foda!

      Aí, se despediram mais uma vez e foram embora em definitivo, ignorando os pedidos de Aqualung. E disso eu até gostei! Show foi para fãs mesmo. Um grande acerto do Ian Anderson em fazer essa turnê agora que ela é possível de ser realizada. O segundo vocal do Ryan ficou muito bom. E a banda era incrível. Anderson ainda é um mestre da flauta e incrível compositor. Aguardo a volta deles um dia! Por enquanto, resta esperar o show do Yes que será no mesmo local! Já digo - IMPERDÍVEL!

(fotos Sílvio Hoffmann e Stefan Nicolas)

sexta-feira, 8 de março de 2013

Agenda fim de semana 08 e 09 de março


      Outra vez, rapidamente, a agenda do fim de semana. Duas grandes festas nas casas de rock de Santa Cruz. Compareçam. Prestigiem! Não deixem morrer a música boa na cidade.

Sexta, 08/03

      Mamonas Assassinas cover na Sunset! A casa que mais força dá ao rock produzido em Santa Cruz está tentando colocar a sexta-feira novamente para o nosso estilo. Porém, semana passada foi ridículo. Por favor, vão na festa! Todo mundo curte Mamonas. O cover é muito bom! Tem antecipados lá na Alabama. 10 pra mulher e 15 pra homem. Na hora aumenta cinco pilas. Hoje tá bom pra entrar em um bar e beber curtindo uma nostalgia! Eles vem do Paraná pra cá. Antecipados também tem na Sunset. Vejo vocês lá!



Sábado, 09/03

      Já falamos do Carolas + Tampa na Legend durante essa semana. Saiu também bela reportagem na Gazeta hoje. Festa imperdível! Confiram o POST do Marcio que saiu dias atrás. E, antecipados ainda podem ser comprados na Brasil Urbano, PizzaYOU e Chilli Beans. Tá 15 pra macho e 10 pra elas. Já na hora é mais caro! Se liguem.

Aviso de Inutilidade Pública

     Então, galera, querendo ou não, com ou sem saudades das minhas estúpidas colunas, estou de volta, como o cão arrependido - com meu osso roído e o rabo entre as patas. O principal motivo d'eu ter entrado em standby como muitos podem já saber, é porque em dezembro eu dei uma de burguês e fui conhecer a terra do Rammstein, a Alemanha. E, também, agora em janeiro(para mim parece que faz tão pouco tempo) me mudei para a terra do Sleaze Rock, a troco de estudar - baita porquera. Então, não tive muito tempo para parar e escrever, até porquê o negócio tá Punk aqui, com direito a 2 trabalhinhos malditos para serem entregues na mesma semana.

     Na próxima quarta, como é de praxe pros meus posts, pretendo estar de volta com mais uma edição de uma das colunas, a interesse ou desinteresse de vocês. Já venho postergando essa volta há muito tempo e, acredito que chegou a hora. Gostaria de pedir, então, nesse post, um pequeno feedback dos meus queridos leitores: Qual das colunas passadas vocês mais curtiram e gostariam de ver novamente para estrear o 2013 com entusiasmo? Comentem, compartilhem, postem, estrondem, whatever. Meu aviso termina por aqui com um grande abraço e um desejo de muito rock n' roll a todos que colaboram com o blog, sendo com os olhos ou os dedos.



Até quarta, galera!

quinta-feira, 7 de março de 2013

As 20 Questões com Barbara "Bada" de Paula


      Hoje, respondendo as 20 Questões, nossa ex colega de blog, gata do rock e baixista na banda Tamarindo, Barbara "Bada" ou apenas Badinha para os íntimos.
Simpatia em pessoa

1. Quem é a Bada?

      É uma lôra de ossatura grande, meio grunge meio funk, meio termo, depende, tanto faz.

2. Você já fez parte de um projeto só com garotas, como foi esta experiência e você ainda tem vontade de montar uma banda neste formato?

      É meio foda dizer isso, mas algumas gurias são muito papo e pouco trabalho. Acham que segurar uma guitarra vai te fazer virar uma rockstar. Marcam ensaio e nunca mais, sabe? Acho que isso serve tanto pra guris quanto pra gurias: uma casa se constroi com um tijolinho sobre o outro, aos poucos. Ninguém nasceu sabendo. O lance é treinar, tocar, meter a cara. Eu tinha vontade, mas ninguém gosta do som que eu gosto, então fico aqui sozinha curtindo meus Bikini Kill.

3. Como surgiu a ideia de formar a Tamarindo?

      Cristiano tava sem banda, Diego saindo das trevas da valeta, juntou todo mundo e foi legal. Fluiu, encaixou, saca? A gente gosta das mesmas coisas. Os guris conhecem Babes In Toyland. Não é sempre que isso acontece. É claro que existem divergências - eu gosto de Clash, Misfits, Hüsker Dü, Joy Division e Iggy Pop e ouço piadinhas o tempo inteiro - mas eu lido bem com isso.
prisão perpétua

4. É agradavel ter uma banda com dois fedorentos como o Diego e o Silva?

      Eu também sou fedorenta, sou bisneta de franceses. Me esforço pra ficar cheirosa, mas nem sempre funciona. Somos grunges.
A Bela e os Fedorentos

5. Seu pai é o famoso Tuta Santos, um artista de renome na região, como é sua relação com um pai possuidor de tanto talento?

      Se ele vê tu falando que ele é um artista de renome ele se tranca em casa e não sai nunca mais.
Meu pai toca guitarra pra caralho mas fica se escondendo e tal. Fez parte duma banda chamada Sapo de Plástico, de Vietnâncio Aires. Andei vendo algumas fotos e descobri que nossa performance de palco é meio parecida: de canto, olhando pro instrumento, muita concentração (mas acho que isso é típico de quem não possui muita habilidade).
talento passado de pai para filha

6. Qual o maior problema da nossa cena rock?

      É gente falando demais e fazendo de menos. Sempre que há algum evento tem alguém pra reclamar e apontar o dedo. Muito fácil ser arquiteto de obra pronta, sabe? Fazer festival e botar a cara ninguém quer. E outra: ninguém quer apoiar música própria. Os caras querem viver de cover. Tocar cover é divertido pra caralho, eu adoro tirar cover, mas eu preciso contruir algo, tenho essa necessidade de 'registro'.
largando um "barro" só para descontrair

7. Qual seria a formação da banda dos sonhos?

      Acho a Courtney Love uma baita frontgirl, mas não toca nada. Acho que fico com a Courtney no vocal; Kat Bjelland, do Babes In Toyland, no vocal e na guitarra; Greg Norton do Hüsker Dü, ou a D'arcy Wretzky dos Samshing Pumpkins, que é minha musa, no baixo; e na bateria não sei, não manjo de bateria. Pode ser o Cristiano mesmo, uehuaehuae.

8. Quem compõem as musicas na Tamarindo?

      As letras são minhas e do Silva, em sua maioria. E as melodias são do Diego. A minha favorita é 'Sônia', que era 'Insomnia' mas o Diego não sabia pronunciar. Aliás até hoje ele não sabe a letra, mas sempre fica muito bonita. Fala sobre alguém que foi embora enquanto eu dormia. Eu sou assim, eu durmo demais, e quando acordo já passou uma Babilônia, e tudo mudou, e a pessoa que eu gostava já foi embora, e eu tava dormindo... HAHAH. É só figura de linguagem, ninguém me largou dormindo. Até porque quando recebo visitas eu tranco o apê e engulo a chave.
como diria o Chaves: Já chegou o disco voador?

9. Você também é DJ na Foda Hits, qual som não pode faltar no seu playlist?

      No momento é 'Fala Mal de Mim', da MC Beyoncé. 'Não olha pro lado, quem tá passando é o bonde; se ficar de caôzada, a porrada come'.
      Também nunca pode faltar 'Bucky Done Gun', da M.I.A..
Foda Hits é sucesso

10. Se você pudesse se definir em uma palavra?

      Tonga.
Looks That Kill

11. 5 bandas para participar de um festival?

      Eu fico com Garbage, Hole, L7, Babes In Toyland e Juliette Lewis. São as gurias mais barulhentas da galáxia.

12. Você é praticante de boxe, qual o espaço que ele ocupa em sua vida, e já esteve em alguma situação que foi necessário meter a porrada em alguém?

      Ultimamente tem ocupado pouquíssimo espaço na minha vida, porque tô me formando na faculdade e todo o meu tempo tá voltado pra monografia, salvo raras exceções, como agora, que tô respondendo às 20 questões. Mas eu gosto pra caralho, porque tá me ajudando com esse lance da minha coordenação motora (que é quase nula), e também a manter o peso e ganhar resistência. Sem contar que é uma válvula de escape, porque descarrego meu reino no saco de areia. Ainda não precisei resolver nada na porrada, mas se for necessário, já me sinto apta a partir pra cima.
não consigo me expressar com legendas...

13. Avalie de 0 a 10 as seguintes bandas:

Vixen: confesso que vou ficar devendo a avaliação porque não conheço. The Pirate Bay me sacaneou nessa.
Hole: a minha favorita, né? Me identifico com as letras e as injustiças da Courtney. 10.
L7: são demais. Quem ainda não viu o vídeo com a Donita lançando seu absorvente sujo na plateia, por favor, dirija-se ao Youtube imediatamente. Só não vai ganhar 10 porque tem umas musiquinhas chatas da porra. 9.
Crucified Barbara: fizeram show em POA, minhas 'tocaias'. Conheço pouco o som delas, não é muito minha praia. Mete um 8 aí.

14. Conte nos um pouco sobre sua facinação pela Courtney Love.

      Conheci a Courtney não através da música, mas sim pelo excelente filme 'O povo contra Larry Flynt', de 1996, no qual ela foi indicada a um Globo de Ouro pela atuação e até ganhou alguns outros trofeus menores, eu acho. Daí pra diante fui vendo mais sobre a carreira da moça, comecei ouvindo 'Violet', consequentemente o álbum 'Live Through This' e assim por diante. Já faz alguns anos. Tatuei a capa do álbum solo 'America's Sweetheart' quando tinha 18 anos. Tô com 25 e ainda acho que é minha tatuagem mais bonita. Meu álbum favorito é 'Pretty on the inside'. E eu não sei falar sobre apenas uma música. Mas 'Old Age' é uma das que eu mais gosto: 'spits at mirrors; it's not an issue; just remove the hateful tissues; we all know her rage is endless'. Courtney sempre se achou muito feia e tal, me identifico com isso. hahah.

15. Qual a maior merda que já falaram a seu respeito?

      Que eu toco baixo muito bem.
ó céus, eu queria tanto estar assistindo ao filme do Pelé

16. Avalie de 0 a 10 os seguintes baixistas:

Selma Vieira (Autoramas): fale mal de mim? Só conheço essa música... 7.
Champignon: cara, na minha pré-adolescência eu fui muito débil mental graças ao meu fanatismo por bandas medonhas como Charlie Brown Jr., Comunidade Nin-Jitsu e Raimundos. Champignon pra mim é referência, por ter começado a tocar muito piá e no meio dos marmanjos. Tô aqui ouvindo, por sinal, um álbum do CBJr que curto pra caralho: 'Preço Curto, Prazo Longo', de 1999. Chorão foi encontrado morto na madrugada de hoje e estou #chatiada e #abalada. 9.
Nikki Sixx: um belo cabelo. 8.
Twiggy Ramirez: gosto do Twiggy. Ele me parece tão morto, tão sem expressão. Dá um 9 pro moço.

17. Tocando na Tamarindo você recebe mais cantadas de homens ou de mulheres?

      Não recebo cantada de ninguém, a coisa tá preta pro meu lado. Até porque nem gosto de cantada, acho meio constrangedor. Se eu quero, eu chego. Se não, esquece.
Tamafuckingrindo

18. Complete a frase:

Aos 15 anos eu perdi a... virgindade? Não. Foi aos 16.
O Silva é muito... legal, mas eu prefiro a Lê.
Meu sonho de consumo é um... baixo Rickenbacker 4003.
Vibradores são como... lanchas, e os pedestres são como jet-skis.
Toda vez que eu vejo um extrume eu lembro do meu... curso na faculdade e dos professores de lá.
só vou até ali enfartar e já volto

19. Dê uma nota de 0 a 10 para os gatos do rock:

Rodrigo Jégue: as mina pira no Jéguer, né? Dá um 9 pra ele.
Giulio Mello: o Giulio murcilha é um fofinho, já deixei isso claro aqui, hahah. Dá vontade de apertar, tipo balão de farinha. 8.
Dilson: o Dilson é um moreno comprido daqueles, né. 9.
Clebinho Rock n'roll: BAH, 10. Hors-concours, não tem pra ninguém.
Como dizem: Ele não é batom, mas não sai da boca da mulherada

20. Deixe um recadinho final para seus fãs e qual será o futuro da Tamarindo e se você se considera a nossa musa do rock?

      A Tamarindo está parada para a rodada de lasanha da galera, quem sabe no festival mais próximo.
Bãi, não, eu não sou musa. Sou desengonçada e velha demais, não posso mais concorrer nem pra Rainha da Oktober. Deixa isso pras 9nhas.
100% Cohab