terça-feira, 16 de outubro de 2012

Bichos Escrotos II - Supercordas


      Bem, há tempos que quero fazer este post sobre uma das minhas bandas preferidas aqui do Brasil, porem nunca tive tempo de sobra para abordar da forma correta algo que pra mim é tão importante. Mas, para não deixar o blog abandonado, vou dar um jeito de colocar isso pra funcionar agora mesmo.

      Escolhi o quadro Bichos Escrotos, já que fizemos uma divisão. O antigo "Te Liga Nesse Som" agora será destinado apenas a bandas independentes do estado. E, este aqui, servirá para falarmos de qualquer grupo do mundo que nós conhecemos, mas não tenha o destaque merecido (ou até tenha, mas com a discordância de quem escreve).

      Vou falar hoje de uma banda carioca, chamada Supercordas, a qual conheci vários anos atrás e simplesmente me apaixonei. Em 2006 foi lançado o álbum Seres Verdes Ao Redor: Música Para Samambaias, Animais Rastejantes e Anfíbios Marcianos. Pelo pequeno e viajado nome, já deve dá pra perceber que se trata de um rock psicodélico. Bem, eu devo ter ouvido a primeira vez em 2007 e até hoje, toda vez que escuto, acho incrível. Algo que realmente não parece ter sido feito neste milênio e muito menos nessa região do mundo, mas foi.

      Supercordas começou no inicio dos anos 2000 e em 2003 lançou o álbum caseiro A Pior das Alegrias, já com uma sonoridade anos 60, mas era mais puxado para o progressivo. Ainda não estava tão presente o som que os deixou mais famosos posteriormente, que se trata de uma mistura de psicodelismo com folk rural e mais algumas coisas, difícil definir.

Supercordas

      Lançaram mais um EP em 2005, o espacial Satélites no Bar, até que um 2006 começaram a produção de um álbum de verdade. Totalmente influenciado por Pink Floyd, Mutantes e Beatles, o quinteto carioca terminou a gravação do Seres Verdes ao Redor e se tornou um sucesso em grande parte do país. Claro, sempre na mídia mais underground e com as pessoas mais "estranhas" tipo eu, mas a repercussão foi grande.

      O álbum é incrível. Conceitual, que vai se completando com o tempo. Começa com a simples O Sol Brilhou Sobre o Verde, chega a um ponto alto com o single Ruradélica, e destaco também as músicas 3000 Folhas e o encerramento incrível, que a primeira vez que ouvi me deixou com lágrimas nos olhos, com a música Fotossíntese. O Seres Verdes é para ser ouvido do começo ao fim, e não apenas uma ou duas partes. Na verdade, todo álbum deveria ser assim...


     Com as letras viajadas, como "O caldeirão de folhas me faria mais feliz, do que esse rio cheio de escolhas e espumas. Mas eis que de repente entre estalos insistentes, eu percebo que isso só vai dar no fim" a Supercordas me conquistou e até hoje é uma das bandas que eu mais gosto no Brasil, mesmo ficando seis anos sem lançar nada de novo. Mas, para a minha surpresa, alguns meses atrás veio o tão esperado segundo disco!

 ( Tay Nascimento/Divulgação)

      Chamado de A Mágica Deriva dos Elefantes ainda não conseguiu me conquistar como o primeiro, mas eu hoje me encontro em uma fase muito diferente de quando ouvi Seres Verdes, portanto vou aguardar um tempo para poder fazer uma avaliação de verdade deste lançamento. Porem, já destaco aqui algumas canções que me chamaram atenção como Índico de Estrelas, Orquestra de Mil Martelos, Belo Horizonte e, mais uma vez o encerramento do disco, com Ninguém Conquista a Noiva.


E, para baixar o disco novo, é só ir no Tumblr oficial da banda.

Um comentário:

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