Com um certo atraso, porque estava em Santa Cruz, onde não dispunha de meios pra "upar" os vídeos que havia feito, venho comentar o grande evento que foi a final do Guitar Legend. Apesar de os resultado oficial já ter saído nos meios de comunicação, aqui a conversa é de roqueiro pra roqueiro, e aí o feeling é diferente.
Já havia dito isso em outra ocasião, mas acho necessário repetir, e falar mais uma vez que o Guitar Legend é uma grande idéia, e abre caminhos para muita gente que simplesmente não tem onde mostrar seu talento ou que tem pouco espaço para isso em uma banda. Também abre espaço para um público um tanto órfão na cidade, que é aquele que gosta de música instrumental. Porto Alegre tem bares onde noites são dedicadas para isso, Caxias do Sul será palco de um evento voltado apenas para baixistas nos próximos dias, e até hoje, em Santa Cruz do Sul, isso havia sido tratado como algo insignificante. Pois não é que a música instrumental acabou nos proporcionando um espetáculo que surpreendeu até mesmo os organizadores do evento?! O nível técnico foi algo incrível, tivemos na final, e nas semi-finais, guitarristas excelentes, e alguns creio eu, apenas não passaram por terem escolhido músicas que não lhes foram favoráveis.
O fato foi que a sexta feira, 13 de julho, foi uma noite histórica para o rock santa-cruzense, e que ao tudo indica, vai se repetir, o que me deixa muito feliz. Nas matérias que fizemos anteriormente, comentamos o desempenho de cada um dos candidatos, e dessa vez acho que é melhor deixar apenas os vídeos, deixando a cargo de vocês concordarem ou não com a decisão do júri. Também chamo atenção ao fato de que a ordem dos candidatos saiu de forma equivocado no anúncio feito logo após o concurso, e em compensação pelo engano, os candidatos receberam os prêmios da sua posição correta, e da divulgada errôneamente.
Tivemos apresentações bem distintas, no que tange ao estilo, tendo desde os músicos que visaram mais a velocidade e técnicas complexas, assim como outros que se focaram mais no ritmo do blues, e abusaram em por "sentimento" nas suas músicas. Me limitando a dar a minha opinião apenas sobre o vencedor, acho que o Rafael foi o mais completo, apresentou uma composição onde fez uso tanto de cadência e bases quanto de "fritação" e técnicas mais arrojadas. Acho que por demonstrar ser um guitarrista bom em todos os quesitos, ele acabou levando o Guitar Legend.
Mas vamos lá, vamos ao que interessa, e rever, e para quem comeu mosca e ficou em casa, ou pra quem não pode comparecer, ver a performance dos candidatos na final:
Nando Kist
Não pude filmar a performance do Nando, pois cheguei no meio de sua apresentação, que começou pontualmente às 9 e 30, então ele fez a gentileza de disponibilizar um vídeo de seu arquivo pessoal, com a sua apresentação na ocasião.
Rafael Sehn
Alan Rossi
Jonathas Gaucinisk
Thiago Reckziegel
Everton
Enquanto o júri se reunia, e a festa se armava para o show da Rosa Tattooada, que tratarei em um post a seguir, os candidatos toparam fazer algo que achei uma ótima idéia, uma jam, a lá G3, e assim, tivemos dois momentos de improviso, sobre trilhas previamente escolhidas. A primeira jam foi entre Everton, Alan e Nando, reunidos pelas características um pouco semelhantes na sua maneira de tocar. Eles improvisaram em Livin' On A Prayer, do Bon Jovi, e o resultado ficou demais. (perdão pela participação especial no vídeo)
A segunda realizada entre a galera que se foca mais no blues, então Jô, Rafael e Thiago tiveram alguns minutos livres sobre uma base de blues, e fizeram um belo espetáculo.
Peço perdão pela qualidade dos vídeos, que foram gravados por mim, com a minha máquina digital, de forma caseira.
Mas o que muitos estão querendo saber é o resultado final do concurso, e essa era uma decisão muito, muito difícil de tomar. A média das notas dos jurados, um pessoal que entende "um pouco" sobre guitarra (Vito Vitale, Eduardo Oliveira, Neal Sceurman, Dilson Trindade, Killy Freitas e Miguel Beckemkamp), resultou na seguinte classificação:
1º Rafael Sehn
2º Alan Rossi
3º Nando Kist
4º Thiago Reckziegel
5º Everton Agnes
6º Jonathas Gauciniski
A premiação foi um show à parte. Rafael levou para casa R$ 1000,00, só isso... Alan e Jonathas foram agraciados com uma gravação no Estúdio Boca de Sons, e agora tem o Alisson em suas mãos (no sentido profissional, e musical). O mestre Drurys entregou uma guitarra, e entregará mais uma, personalizada para o concurso. Rolou também 1 ano de academia grátis, e mais algumas coisas que não me vem na mente agora. O fato que quero destacar é que foi um dos concursos de música instrumental com a maior premiação que jã houve no estado, e ainda voltado para os músicos amadores, porque a idéia era exatamente essa ao qual ele se prestou: dar chance a quem toca em bandas independentes, ou até mesmo de garagem, mostrar que tem talento. No fim das contas, o concurso foi um grande sucesso, e torço para que se repita.
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