segunda-feira, 23 de julho de 2012

Blackout Rock Festival - Por Samuel Bertram



       Por Samuel Bertram

Eu sou muito suspeito para falar, levando em consideração o fato de que eu fui um dos organizadores, que o Blackout Rock Festival foi o maior festival já visto nos últimos tempos em Venâncio Aires. O festival foi idealizado por mim, pelo Raul Geller (que já organizou outro grande festival na Venus City, o Fighters Rock, que, também, atraiu muitos entusiastas) e pelo Douglas ‘top gun’ Martins. As 500 pulseirinhas que foram encomendadas para permitir o livre-trânsito dos presentes foram quase esgotadas.

Outro detalhe a destacar no festival é a cerveja: como freqüentador de festivais a gente se acostuma a consumir cervejas de baixa qualidade a preços abusivos. Porém, nesse festival, pôde-se encontrar Polar e Skol. A cerveja foi um item colocado em debate no grupo do facebook do festival, onde quase 3000 membros podem conferir informações relativas a rock n’ roll e ao festival e, por voto, foi escolhida a polar. A segunda opção foi apenas um plus assim como a oferta de comida e vodka para quem não é fã das geladas. Também, cada uma das bandas recebera um pequeno cachê em forma de consumação que pôde ser retirado ao longo do festival.

Como se pôde observar, a divulgação do festival fora pesada, tendo múltiplos meios de comunicação sendo atingidos. Mensagens foram veiculadas nos jornais de Venâncio Aires, na rádio de Lajeado; Na internet, principalmente; e outros meios mais. O festival teve o apoio do Centro Musical Kroth, da Luthieria Drury’s, da Bittencourt calçados e da gráfica Traço.

A reação das bandas quanto ao festival foram extremamente positivas, tendo sido elogiados os organizadores por múltiplos fatores e, entre eles, o som, que é, de fato, a parte mais importante do festival.  A receptividade também fora muito aclamada pelos músicos convidados e, estes, sendo de 4 cidades diferentes. Outros diferenciais do festival foram a união entre as cidades que muitas vezes parecem se flagelar e a variedade dos estilos e bandas.

A primeira banda foi a Sequella, de santa cruz, que se fez presente no horário e tocou o seu repertório recheado de energia. Falando em energia, o Blackout ocorreu nos primórdios do show quando acidentalmente, ao desligar as luzes para a galera começar a curtir a noite, fora desligada também a energia da mesa de som.

Sequella

A segunda foi a Barba Ralla, a banda nova da cidade e que ficou em segundo colocado no concurso DeCasa – concurso promovido na cidade com o intuito não apenas de promover o rock n’ roll mas sim música, em geral. O detalhe é que, 99,9% das bandas que concorreram foram de rock n’ roll (interessante não?). A banda tocou um show também enérgico com seu repertório baseado nas nacionais onde pôde-se ouvir TNT e Capital inicial, por exemplo.

Barba Ralla


Antes de eu tecer mais um comentário sobre shows enérgicos paro para destacar que todos os shows foram extremamente enérgicos e muito presenciados. O porquê disso encontra-se no tempo de palco reduzido oferecido às bandas que cumpriu exatamente com o seu propósito.
A terceira banda a subir ao palco foi a Melancias Indigestas, banda com mais de 10 anos de estrada com 3 cds lançados e muito punk rock para agitar.



Melancias Indigestas
A quarta banda, também ‘das antigas’ na cena da cidade, foi sem sombra de dúvida a que mais atraiu fãs, deixando o espaço do salão quase todo ocupado. O repertório recheado de clássicos como The Doors,  Queen e The Who deixou o público com um enorme ‘gostinho de quero mais’ – sendo o tradicional “mais um” repetido 2 vezes em altos rugidos.

Tom Turbina

A quinta banda fora a Radio Source, banda nova no cenário com covers de EdGuy, Iron Maiden e Primal Fear. A banda havia sido muito requisitada por outro show. Ela fora muito esperada devido à ultima apresentação ter sido reduzida e muito prazerosa aos ouvidos dos metalheads, e, há um longo período de tempo.


Radio Source

A sexta banda a subir ao palco foi a So Rise, vindo diretamente de um show em lajeado, e, com o seu repertório de hardcore autoral saiu bastante aclamada pelo público que antes nunca tinha ouvido falar de uma banda que vive há menos de 30 minutos de distância da cidade.

So Rise

A sétima banda a atingir os canhões de luz foi a SiXX, de Gravataí. A presença de palco dos caras é fenomenal, incluindo sangue falso, maquiagens pesadas e muito movimento. Com o repertório recheado de Bullet For My Valentine e Avenged Sevenfold agradou muito os presentes – e também, o que mais fez a galera se destacar, System Of A Down.
SIXX


E a oitava e última banda foi a bastante conhecida Avalanche, com sua nova formação – contando com o guitarrista Alan Rossi e o batera Marcos Dessbesell da antiga Joker Dogs. A banda teve problemas nos primórdios do seu show pela ausência de distorção na guitarra, mas, com esse detalhe resolvido pelo guitarrista da Radio Source, tudo correu de forma melhor impossível. Com direito ao tradicional shot de whisky, a banda agitou um número extremamente elevado de fãs (levando em consideração que na finaleira muita gente vai embora por exaustão ou afins) em sua nova formação. Desejo muito sucesso porque, como citou o grande Top: “Enquanto existir eu e o Kurt a Avalanche vai seguir em frente e é isso aí, muito rock n’ roll!”. O show contou com a participação especial do Tiago Wachholz, atualmente da Radio Source e Ace Jester.

Avalanche



Em suma, o festival foi muito bem planejado e divulgado e quem se fez presente pôde notar isso – o festival foi feito por fãs para fãs. As próximas edições já estão sendo planejadas e fiquem de olho, em breve mais detalhes. 

2 comentários:

  1. Só pra dar o meu pitaco...

    A Melancias Indigestas fez um ótimo show, curti demais, é muito legal ver os caras tocarem. Não sou um fã de punk, e eles me fizeram ter vontade de ver mais do show deles. Ótima banda, e não é a toa que tem a história que eles tem. Parabéns!

    A banda que eu mais curti foi a Tom Turbina, caralho, que coisa espetacular. Set list de covers, mas que covers, tocaram Don't Stop Me Now e Tie Your Mother Down do Queen, simplesmente minhas favoritas... e de forma perfeita. Os caras mandam muito.

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  2. Vou comentar que fiquei muito feliz em ver a melancias indigestas, que foi uma das primeiras bandas que eu vi tocando música própria lá por 2005/2006.

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