Por Samuel Bertram
Eu sou muito suspeito para falar, levando em consideração o fato de que
eu fui um dos organizadores, que o Blackout Rock Festival foi o maior festival
já visto nos últimos tempos em Venâncio Aires. O festival foi idealizado por
mim, pelo Raul Geller (que já organizou outro grande festival na Venus City, o
Fighters Rock, que, também, atraiu muitos entusiastas) e pelo Douglas ‘top gun’
Martins. As 500 pulseirinhas que foram encomendadas para permitir o
livre-trânsito dos presentes foram quase esgotadas.
Outro detalhe a destacar no
festival é a cerveja: como freqüentador de festivais a gente se acostuma a
consumir cervejas de baixa qualidade a preços abusivos. Porém, nesse festival,
pôde-se encontrar Polar e Skol. A cerveja foi um item colocado em debate no grupo do facebook do festival, onde quase 3000 membros podem conferir
informações relativas a rock n’ roll e ao festival e, por voto, foi escolhida a
polar. A segunda opção foi apenas um plus assim como a oferta de comida e vodka
para quem não é fã das geladas. Também, cada uma das bandas recebera um pequeno
cachê em forma de consumação que pôde ser retirado ao longo do festival.
Como se pôde observar, a
divulgação do festival fora pesada, tendo múltiplos meios de comunicação sendo
atingidos. Mensagens foram veiculadas nos jornais de Venâncio Aires, na rádio
de Lajeado; Na internet, principalmente; e outros meios mais. O festival teve o
apoio do Centro Musical Kroth, da Luthieria Drury’s, da Bittencourt calçados e
da gráfica Traço.
A reação das bandas quanto ao
festival foram extremamente positivas, tendo sido elogiados os organizadores
por múltiplos fatores e, entre eles, o som, que é, de fato, a parte mais
importante do festival. A receptividade
também fora muito aclamada pelos músicos convidados e, estes, sendo de 4
cidades diferentes. Outros diferenciais do festival foram a união entre as
cidades que muitas vezes parecem se flagelar e a variedade dos estilos e
bandas.
A primeira banda foi a Sequella,
de santa cruz, que se fez presente no horário e tocou o seu repertório recheado
de energia. Falando em energia, o Blackout ocorreu nos primórdios do show
quando acidentalmente, ao desligar as luzes para a galera começar a curtir a
noite, fora desligada também a energia da mesa de som.
Sequella |
A segunda foi a Barba Ralla, a
banda nova da cidade e que ficou em segundo colocado no concurso DeCasa –
concurso promovido na cidade com o intuito não apenas de promover o rock n’
roll mas sim música, em geral. O detalhe é que, 99,9% das bandas que
concorreram foram de rock n’ roll (interessante não?). A banda tocou um show
também enérgico com seu repertório baseado nas nacionais onde pôde-se ouvir TNT
e Capital inicial, por exemplo.
Barba Ralla |
Antes de eu tecer mais um
comentário sobre shows enérgicos paro para destacar que todos os shows foram
extremamente enérgicos e muito presenciados. O porquê disso encontra-se no
tempo de palco reduzido oferecido às bandas que cumpriu exatamente com o seu
propósito.
A terceira banda a subir ao palco
foi a Melancias Indigestas, banda com mais de 10 anos de estrada com 3 cds
lançados e muito punk rock para agitar.
Melancias Indigestas |
A quarta banda, também ‘das antigas’ na cena da cidade, foi sem sombra
de dúvida a que mais atraiu fãs, deixando o espaço do salão quase todo ocupado.
O repertório recheado de clássicos como The Doors, Queen e The Who deixou o público
com um enorme ‘gostinho de quero mais’ – sendo o tradicional “mais um” repetido
2 vezes em altos rugidos.
Tom Turbina |
A quinta banda fora a Radio Source, banda nova no cenário
com covers de EdGuy, Iron Maiden e Primal Fear. A banda havia sido muito
requisitada por outro show. Ela fora muito esperada devido à ultima
apresentação ter sido reduzida e muito prazerosa aos ouvidos dos metalheads, e,
há um longo período de tempo.
Radio Source |
A sexta banda a subir ao palco foi
a So Rise, vindo diretamente de um show em lajeado, e, com o seu repertório de
hardcore autoral saiu bastante aclamada pelo público que antes nunca tinha
ouvido falar de uma banda que vive há menos de 30 minutos de distância da
cidade.
So Rise |
A sétima banda a atingir os
canhões de luz foi a SiXX, de Gravataí. A presença de palco dos caras é
fenomenal, incluindo sangue falso, maquiagens pesadas e muito movimento. Com o
repertório recheado de Bullet For My Valentine e Avenged Sevenfold agradou
muito os presentes – e também, o que mais fez a galera se destacar, System Of A
Down.
E a oitava e última banda foi a
bastante conhecida Avalanche, com sua nova formação – contando com o
guitarrista Alan Rossi e o batera Marcos Dessbesell da antiga Joker Dogs. A
banda teve problemas nos primórdios do seu show pela ausência de distorção na
guitarra, mas, com esse detalhe resolvido pelo guitarrista da Radio Source,
tudo correu de forma melhor impossível. Com direito ao tradicional shot de
whisky, a banda agitou um número extremamente elevado de fãs (levando em
consideração que na finaleira muita gente vai embora por exaustão ou afins) em
sua nova formação. Desejo muito sucesso porque, como citou o grande Top:
“Enquanto existir eu e o Kurt a Avalanche vai seguir em frente e é isso aí,
muito rock n’ roll!”. O show contou com a participação especial do Tiago
Wachholz, atualmente da Radio Source e Ace Jester.
Avalanche |
Em suma, o festival foi muito bem
planejado e divulgado e quem se fez presente pôde notar isso – o festival foi
feito por fãs para fãs. As próximas edições já estão sendo planejadas e fiquem
de olho, em breve mais detalhes.
Só pra dar o meu pitaco...
ResponderExcluirA Melancias Indigestas fez um ótimo show, curti demais, é muito legal ver os caras tocarem. Não sou um fã de punk, e eles me fizeram ter vontade de ver mais do show deles. Ótima banda, e não é a toa que tem a história que eles tem. Parabéns!
A banda que eu mais curti foi a Tom Turbina, caralho, que coisa espetacular. Set list de covers, mas que covers, tocaram Don't Stop Me Now e Tie Your Mother Down do Queen, simplesmente minhas favoritas... e de forma perfeita. Os caras mandam muito.
Vou comentar que fiquei muito feliz em ver a melancias indigestas, que foi uma das primeiras bandas que eu vi tocando música própria lá por 2005/2006.
ResponderExcluir