Uma banda instrumental, com influências
muito heterogêneas, vindas dos estilos distintos de seus integrantes, a Trilema
é uma power trio, e vem há algum tempo, uns 4 anos, desde o embrião plantado
ainda em 2008/2009, trabalhando em uma proposta bem particular de sonoridade,
que culminou em seu primeiro EP (O Veneno da Valsa), lançado no primeiro semestre
desse ano. Eu chamei ela de solução caseira para o quadro por um simples
motivo, a banda foi formada, desenvolvida e evoluiu pelo trabalho de 3 colegas
meus, do curso de engenharia ambiental da UFRGS, que a propósito, tem uma
concentração de músicos muito grande, algo que sempre me surpreendeu, já que é
um curso de ingresso anual de 30 pessoas. Mas o assunto aqui é a Trilema!
Conversei com o Daniel, guitarrista da
Trilema, que nos conta alguns detalhes da sua parceria musical com Drusko e
Evandro:
Marcio: Começamos com perguntas clichês: Quais são suas
influências musicais?
Daniel de Brito: hmm
Para responder essa tenho que passar um
pouco pela minha "história musical" (por mais que isso soe meio
pretensioso)
Aprendi a tocar violão só pela
brincadeira, para tocar com os amigos e etc, até que um dia ouvi um solo do
Slash na rádio e pirei.
Nessa época então comecei a ouvir muito
Hard Rock, principalmente Van Halen. Meu professor de guitarra então me mostrou
o metal melódico, aí eu me enfurnei em casa ouvindo e tentando acompanhar as
guitarras do Angra, Rhapsdody, Stratovarius, Helloween, e por aí vai, fiquei
alguns anos nessas.
Conheci depois Dream Theater e aqueles
guitarristas mais consagrados (Satriani, Vai, Malmsteen, etc). Por sinal,
cheguei a comprar o DVD do G3 com esse trio.
Depois a parei de me focar tanto na
guitarra, e comecei a ouvir mais jazz, bossa nova.
Hoje estou com uma "filosofia
musical" (olha a pretensão aí novamente) bem diferente da minha época
guitarreira, na real quase oposta. Atualmente estou ouvindo "de
tudo", artistas que eu considero que criam um universo único, não importa
se seja hip hop, jazz, doom metal, ou eletrônico.
M:Sei
desa tua "fase guitarreira" por vídeos antigos do youtube (teu
passado te condena).
DB:Comecei
a focar na música como um todo, como uma onda sonora, e não como uma sequência
de notas e acordes. É meio óbvio, mas é um aspecto que poucas pessoas observam,
as infinitas possibilidades de timbres, texturas, intenções, etc.
hasuhuasuahausahsuas
Mas não tenho vergonha do meu passado
guitarreiro, acho que foi muito importante para mim, e é uma grande parte de
quem sou hoje.
Tanto que ainda dou umas fritadas às
vezes.
asijasihdauisauidsuisz\hdcuiszcuiszdcv
M: Hoje
em dia a música instrumental, ainda, é uma espécie de compartimento fechado no
meio do rock n' roll tanto local, como num aspecto mais amplo?
DB: Realmente.
São poucas as pessoas que ouvem instrumental. Tem muito daquilo "ah, é
legal, mas não ouviria".
M: Foi
esse teu interresse pelas peculiaridades que tu citou (timbres, tons,
afinações), que te lançou pra música instrumental?
DB: Na
real nunca foi algo planejado, do tipo "vou fazer uma banda
instrumental". Foi um lance totalmente natural. Mas bem quando eu montei a
banda eu estava entrando nessa fase.
M: Me
lembro que, desde que te conheci, em 2008, tu já falava muito mais em
"fazer um som instrumental" do que montar uma banda
convencional.
DB: Gostando
de trabalhar mais com climas e tal.
M: Falando
em montar a banda... Conta aí, como foi o início da, atualmente chamada assim,
Trilema.
DB: Atualmente
oidschjsziodchuszidcuszhidc
Comecei tocando com o Drusko em um
fracassado ensaio da engenharia ambiental. Tínhamos marcado com uma gurizada,
mas só o Drusko e a Flora compareceram, em determinado momento o Drusko e eu
começamos a improvisar, e saíram várias coisas muito boas.
Ali começamos a procura por um baixista
para formar um trio. Após um tempo e algumas mudanças de nome surgiu o Evandro,
e cá estamos.
M: Sim,
me lembro! Eu era pra ter ido nesse ensaio... hahahahahahah.
DB: dsvjnzuoidsvhdfvhyudxfivhdxuifvhudxifv
M: "algumas"
mudanças de nome... Toda semana era um diferente! No fim ficou a opção Trilema.
Por quê?
DB: ashuia\schszudcihszdc
Cara, pela sonoridade, facilidade de
gravar e significado.
Escolher nome é foda.
Como o Drusko falou uma vez, é como
escolher uma roupa que tu vai usar pelo resto da vida.
O nome inicial (Candelabros
Fosforescentes) era pra ser totalmente provisório, mas aí acabou ficando,
ficando...
Quando a banda tava tomando um formato
mais sério (gravação do álbum), resolvemos mudar.
Até entramos no estúdio sem nome.
Adsoicjszuoidcszoidcjzdsc
M: Lembro-me
que houve uma enquete rolando entre o pessoal da eng. ambiental inclusive, com
três nomes finalistas... foi quase uma novela, hahaha.
DB: xzkozsdcjziscjoiszdcjoiszdcdszjc
Incomodamos muita gente com isso.
M: Mas
aí veio a gravação, e na sequência, o espanto com a qualidade do som que vocês
fizeram.
DB: Po,
valeu!
Nos preocupamos muito com a qualidade de
todo o projeto, queríamos que a coisa ficasse profissa.
M: Me
chama a atenção a escolha dos nomes, e o quanto isso afeta na forma que se
escuta o som de vocês. Pelo menos eu, tento de alguma forma associar o título
com o sentimento passado pela música, às vezes inconscientemente. Isso é
proposital?
DB: Sim. Tentamos
dar um norte interpretativo com o título da música, até porque o formato
instrumental permite que as pessoas recebam tua idéia de formas diferentes.
No fim, queremos passar um
"universo", uma história.
M: Voltando
pra questão da gravação, vocês conseguiram apoio de um selo bem renomado do
cenário instrumental. Como foi esse processo?
DB: Foi meio
do nada. Havíamos uma época tentado o contato com a Sinewave e não tinha
rolado.
Então um dia me convidaram para participar do grupo da Sinewave
no Facebook, e eu topei.
Lá eu divulguei o trabalho da banda, sem nem pensar em
fechar algum acordo com os caras, mas mais para mostrar para o pessoal que
frequenta ali, que é uma galera interessada nesse tipo de som.
Daí um dos caras que se interessou foi o
Lucas, que é um dos responsáveis pelo selo.
Trocamos uma idéia bem descompromissada,
falamos sobre música, os discos do ano, etc, e então o cara me convidou para
participar do selo.
Foi uma baita conquista.
M: Prova
de que a propaganda focada é melhor que um spam descontrolado... heheh. Shows,
vocês já subiram no palco para mostrar o som da Trilema por aí? Estão à
procura? Saindo em turnê pela Europa?
DB: Bah,
estamos a procura. Mas por enquanto não rolou nada além daquelas exposições nos
festivais da ambiental.
O que é um negócio que nos incomoda um pouco, a vontade de
tocar tá grande.
M: Então
estão abertos à propostas!
Tenho certeza que os grandes empresários do ramo musical,
que é claro, leem o blog, estão atentos e captarão esta oportunidade.
Tem mais alguma coisa que tu achas que seria interressante
falar?
(vamos falar mal de alguém? aí depois eu coloco no blog, e
daí dá “boloro”... é legal, as festas do curso andam tão sem sal, pelo menos as
últimas que eu fui, o que faz muito tempo...)
DB: uashuashuahsuashasuhas
Tenho uma fofoca quente aqui... Cuidszcuoidszczusidochsz
Cara, agradecer a oportunidade do espaço aberto aí (sem
trocadilhos).
E vou-me lá que agora tenho ensaio no teatro.
Abraços!
M: Feitoria
então!
Abraço!
Se você gosta de música instrumental, sugiro dar uma
ouvida no som dos caras, não há chance de rolar arrependimentos:
Site oficial (com download do álbum)
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