sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Te Liga Nesse Som: Trilema

    Ele está de volta! O Te Liga Nesse Som! Agora com a minha nova proposta, de trazer apenas bandas autorais oriundas nos nossos pagos gaudérios. Para começar, tentei dar uma caprichada na seleção, e trazer algo peculiar, algo diferente, e me deparei com uma solução incrivelmente caseira, a Trilema!
    Uma banda instrumental, com influências muito heterogêneas, vindas dos estilos distintos de seus integrantes, a Trilema é uma power trio, e vem há algum tempo, uns 4 anos, desde o embrião plantado ainda em 2008/2009, trabalhando em uma proposta bem particular de sonoridade, que culminou em seu primeiro EP (O Veneno da  Valsa), lançado no primeiro semestre desse ano. Eu chamei ela de solução caseira para o quadro por um simples motivo, a banda foi formada, desenvolvida e evoluiu pelo trabalho de 3 colegas meus, do curso de engenharia ambiental da UFRGS, que a propósito, tem uma concentração de músicos muito grande, algo que sempre me surpreendeu, já que é um curso de ingresso anual de 30 pessoas. Mas o assunto aqui é a Trilema!

    Conversei com o Daniel, guitarrista da Trilema, que nos conta alguns detalhes da sua parceria musical com Drusko e Evandro:

    Marcio: Começamos com perguntas clichês: Quais são suas influências musicais?
    Daniel de Brito: hmm
    Para responder essa tenho que passar um pouco pela minha "história musical" (por mais que isso soe meio pretensioso)
    Aprendi a tocar violão só pela brincadeira, para tocar com os amigos e etc, até que um dia ouvi um solo do Slash na rádio e pirei. 
    Nessa época então comecei a ouvir muito Hard Rock, principalmente Van Halen. Meu professor de guitarra então me mostrou o metal melódico, aí eu me enfurnei em casa ouvindo e tentando acompanhar as guitarras do Angra, Rhapsdody, Stratovarius, Helloween, e por aí vai, fiquei alguns anos nessas.
    Conheci depois Dream Theater e aqueles guitarristas mais consagrados (Satriani, Vai, Malmsteen, etc). Por sinal, cheguei a comprar o DVD do G3 com esse trio.
    Depois a parei de me focar tanto na guitarra, e comecei a ouvir mais jazz, bossa nova.
    Hoje estou com uma "filosofia musical" (olha a pretensão aí novamente) bem diferente da minha época guitarreira, na real quase oposta. Atualmente estou ouvindo "de tudo", artistas que eu considero que criam um universo único, não importa se seja hip hop, jazz, doom metal, ou eletrônico.

    M:Sei desa tua "fase guitarreira" por vídeos antigos do youtube (teu passado te condena).
    DB:Comecei a focar na música como um todo, como uma onda sonora, e não como uma sequência de notas e acordes. É meio óbvio, mas é um aspecto que poucas pessoas observam, as infinitas possibilidades de timbres, texturas, intenções, etc.
    hasuhuasuahausahsuas
    Mas não tenho vergonha do meu passado guitarreiro, acho que foi muito importante para mim, e é uma grande parte de quem sou hoje.
    Tanto que ainda dou umas fritadas às vezes.
    asijasihdauisauidsuisz\hdcuiszcuiszdcv

    M: Hoje em dia a música instrumental, ainda, é uma espécie de compartimento fechado no meio do rock n' roll tanto local, como num aspecto mais amplo?
    DB: Realmente. São poucas as pessoas que ouvem instrumental. Tem muito daquilo "ah, é legal, mas não ouviria". 

    M: Foi esse teu interresse pelas peculiaridades que tu citou (timbres, tons, afinações), que te lançou pra música instrumental? 
    DB: Na real nunca foi algo planejado, do tipo "vou fazer uma banda instrumental". Foi um lance totalmente natural. Mas bem quando eu montei a banda eu estava entrando nessa fase.

    M: Me lembro que, desde que te conheci, em 2008, tu já falava muito mais em "fazer um som instrumental" do que montar uma banda convencional. 
    DB: Gostando de trabalhar mais com climas e tal.

    M: Falando em montar a banda... Conta aí, como foi o início da, atualmente chamada assim, Trilema.
    DB: Atualmente oidschjsziodchuszidcuszhidc
    Comecei tocando com o Drusko em um fracassado ensaio da engenharia ambiental. Tínhamos marcado com uma gurizada, mas só o Drusko e a Flora compareceram, em determinado momento o Drusko e eu começamos a improvisar, e saíram várias coisas muito boas.
    Ali começamos a procura por um baixista para formar um trio. Após um tempo e algumas mudanças de nome surgiu o Evandro, e cá estamos.







    M: Sim, me lembro! Eu era pra ter ido nesse ensaio... hahahahahahah.

    DB: dsvjnzuoidsvhdfvhyudxfivhdxuifvhudxifv



    M: "algumas" mudanças de nome... Toda semana era um diferente! No fim ficou a opção Trilema. Por quê?
    DB: ashuia\schszudcihszdc
    Cara, pela sonoridade, facilidade de gravar e significado.
    Escolher nome é foda.
    Como o Drusko falou uma vez, é como escolher uma roupa que tu vai usar pelo resto da vida.
    O nome inicial (Candelabros Fosforescentes) era pra ser totalmente provisório, mas aí acabou ficando, ficando...
    Quando a banda tava tomando um formato mais sério (gravação do álbum), resolvemos mudar.
    Até entramos no estúdio sem nome. Adsoicjszuoidcszoidcjzdsc


    M: Lembro-me que houve uma enquete rolando entre o pessoal da eng. ambiental inclusive, com três nomes finalistas... foi quase uma novela, hahaha.

    DB: xzkozsdcjziscjoiszdcjoiszdcdszjc

    Incomodamos muita gente com isso.



    M: Mas aí veio a gravação, e na sequência, o espanto com a qualidade do som que vocês fizeram.

    DB: Po, valeu!

    Nos preocupamos muito com a qualidade de todo o projeto, queríamos que a coisa ficasse profissa.



    M: Me chama a atenção a escolha dos nomes, e o quanto isso afeta na forma que se escuta o som de vocês. Pelo menos eu, tento de alguma forma associar o título com o sentimento passado pela música, às vezes inconscientemente. Isso é proposital?

    DB: Sim. Tentamos dar um norte interpretativo com o título da música, até porque o formato instrumental permite que as pessoas recebam tua idéia de formas diferentes.

    No fim, queremos passar um "universo", uma história.



    M: Voltando pra questão da gravação, vocês conseguiram apoio de um selo bem renomado do cenário instrumental. Como foi esse processo?

    DB: Foi meio do nada. Havíamos uma época tentado o contato com a Sinewave e não tinha rolado.

    Então um dia me convidaram para participar do grupo da Sinewave no Facebook, e eu topei.

    Lá eu divulguei o trabalho da banda, sem nem pensar em fechar algum acordo com os caras, mas mais para mostrar para o pessoal que frequenta ali, que é uma galera interessada nesse tipo de som.
    Daí um dos caras que se interessou foi o Lucas, que é um dos responsáveis pelo selo.
    Trocamos uma idéia bem descompromissada, falamos sobre música, os discos do ano, etc, e então o cara me convidou para participar do selo.
    Foi uma baita conquista.



    M: Prova de que a propaganda focada é melhor que um spam descontrolado... heheh. Shows, vocês já subiram no palco para mostrar o som da Trilema por aí? Estão à procura? Saindo em turnê pela Europa?

    DB: Bah, estamos a procura. Mas por enquanto não rolou nada além daquelas exposições nos festivais da ambiental.

O que é um negócio que nos incomoda um pouco, a vontade de tocar tá grande.



    M: Então estão abertos à propostas!
Tenho certeza que os grandes empresários do ramo musical, que é claro, leem o blog, estão atentos e captarão esta oportunidade.
Tem mais alguma coisa que tu achas que seria interressante falar?
(vamos falar mal de alguém? aí depois eu coloco no blog, e daí dá “boloro”... é legal, as festas do curso andam tão sem sal, pelo menos as últimas que eu fui, o que faz muito tempo...)
    DB: uashuashuahsuashasuhas
Tenho uma fofoca quente aqui... Cuidszcuoidszczusidochsz
Cara, agradecer a oportunidade do espaço aberto aí (sem trocadilhos).
E vou-me lá que agora tenho ensaio no teatro.
Abraços!

M: Feitoria então!
Abraço!




Se você gosta de música instrumental, sugiro dar uma ouvida no som dos caras, não há chance de rolar arrependimentos:
Site oficial (com download do álbum)

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