Quarta-feira, 31 de outubro. Espaço Camarim. Casa cheia. Às
20:17 sobem ao palco Cbz Alves, Alê Montelli e Diego Tafarel e começam uma
hipnotizante trilha sonora que servia de base para o que viria na sequencia: Muito
rock’n’roll.
Tampa |
Eis que ao som dos mesmos aplausos que o trio acabara de receber, surgem das
vermelhas cortinas do teatro Erico Fanfa e Pablo Melo com suas Gibson’s Les
Paul sincronizadas e com a quantidade perfeita de distorção. A Tampa fez um
show autoral, letras com conteúdo, ritmo bem marcado, melodiosas na medida
exata e harmonia bem trabalhada. Desde a primeira música – Meu Tempo – já se
tinha ideia do que esperar de cada integrante; como Montelli e suas linhas de
baixo características e que exigiam agilidade e velocidade; Cbz mostrou
bastante segurança defendendo a meta da banda; Tafarel mostrou como ser
tecladista – fazendo bases simples porém etéreas, preenchia as músicas de
maneira agradável ao ouvido e de quebra, agitava no palco sem parar; Erico se
mostrou um vocalista de mão cheia – interagia com o público, fazia a plateia
participar/cantar sempre segurando uma boa base na guitarra; por fim, Pablo foi
deveras importante - assim como cada músico - para a banda, trazendo solos e riff’s
que preenchiam muito bem as músicas.
Vale frisar que, definitivamente a marca registrada da banda
é a animação. Desde o primeiro instante que subiram ao palco, todos os
integrantes mostraram desenvoltura, agilidade e de certa forma, um bom preparo
físico, pulando e se movimentando durante todo o show – souberam usar o palco.
A Tampa apresentou músicas como: Nada Não, Teu Sorriso, Verbos, Ana Paula Rock
– essa por sinal foi um das que mais receberam o coro da galera, com a plateia
cantando do início ao fim; 6 Bilhões de Vozes, Vício, Vibe – sem sombra de
dúvidas o hit da banda que mais uma vez contou com o coro da galera; Pra Ser
Verdade, então houve o momento discurso... Erico anunciou que estaria deixando
o posto de front man da banda e passou o simbólico cetro para Pablo e o
deixando na obrigação de seguir com o projeto da banda. Dados todos os
pronunciamentos, a banda encerrou a apresentação com a música Lágrimas Longe de
Mim, essa de autoria do próprio Pablo – muito empolgante, por sinal – e no
final, não menos que merecido, aplausos ecoaram por longos instantes, enquanto
no melhor estilo Gilles Villeneuve vencendo o GP de Silverstone, Tafarel sobe
correndo para o palco e fazendo o batismo da banda, do show, do palco e, porque
não, da plateia.
Foi uma noite memorável!
Por S.S. Gorim
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