sábado, 3 de novembro de 2012

Tampa no Espaço Camarim - Review


   Nesta semana houve mais uma edição do projeto "Lá No Camarim", que acontece sempre na última quarta-feira de cada mês. Ele se realiza em um horário,  e dia da semana, que Igo e eu não podemos atender. Mas eis que desta vez surge o nosso cronista misterioso, que esteve lá, e prontamente atendeu meu pedido de contar um pouco sobre como foi o espetáculo. Fiquem aí com o relato de SS Gorim.

    Quarta-feira, 31 de outubro. Espaço Camarim. Casa cheia. Às 20:17 sobem ao palco Cbz Alves, Alê Montelli e Diego Tafarel e começam uma hipnotizante trilha sonora que servia de base para o que viria na sequencia: Muito rock’n’roll.

Tampa
    Eis que ao som dos mesmos aplausos que o trio acabara de receber, surgem das vermelhas cortinas do teatro Erico Fanfa e Pablo Melo com suas Gibson’s Les Paul sincronizadas e com a quantidade perfeita de distorção. A Tampa fez um show autoral, letras com conteúdo, ritmo bem marcado, melodiosas na medida exata e harmonia bem trabalhada. Desde a primeira música – Meu Tempo – já se tinha ideia do que esperar de cada integrante; como Montelli e suas linhas de baixo características e que exigiam agilidade e velocidade; Cbz mostrou bastante segurança defendendo a meta da banda; Tafarel mostrou como ser tecladista – fazendo bases simples porém etéreas, preenchia as músicas de maneira agradável ao ouvido e de quebra, agitava no palco sem parar; Erico se mostrou um vocalista de mão cheia – interagia com o público, fazia a plateia participar/cantar sempre segurando uma boa base na guitarra; por fim, Pablo foi deveras importante - assim como cada músico - para a banda, trazendo solos e riff’s que preenchiam muito bem as músicas.

    Vale frisar que, definitivamente a marca registrada da banda é a animação. Desde o primeiro instante que subiram ao palco, todos os integrantes mostraram desenvoltura, agilidade e de certa forma, um bom preparo físico, pulando e se movimentando durante todo o show – souberam usar o palco.
A Tampa apresentou músicas como: Nada Não, Teu Sorriso, Verbos, Ana Paula Rock – essa por sinal foi um das que mais receberam o coro da galera, com a plateia cantando do início ao fim; 6 Bilhões de Vozes, Vício, Vibe – sem sombra de dúvidas o hit da banda que mais uma vez contou com o coro da galera; Pra Ser Verdade, então houve o momento discurso... Erico anunciou que estaria deixando o posto de front man da banda e passou o simbólico cetro para Pablo e o deixando na obrigação de seguir com o projeto da banda. Dados todos os pronunciamentos, a banda encerrou a apresentação com a música Lágrimas Longe de Mim, essa de autoria do próprio Pablo – muito empolgante, por sinal – e no final, não menos que merecido, aplausos ecoaram por longos instantes, enquanto no melhor estilo Gilles Villeneuve vencendo o GP de Silverstone, Tafarel sobe correndo para o palco e fazendo o batismo da banda, do show, do palco e, porque não, da plateia.

    Foi uma noite memorável!







Por S.S. Gorim

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