quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Review festa de um ano do Vales Independentes na Sunset


      Como já comecei a contar na segunda posterior a festa, foi um momento muito importante pra mim aquela noite de sábado lá na Sunset. Até por isso, após toda a exaustão que deu para organizar e participar de tudo aquilo, eu me afastei um pouco. Mas, voltando agora a toda, vamos ao review oficial dos shows da The Wolkers, Vizzer e Stiflers. E, falar também, claro, de toda a loucura que foi o dia e os bastidores do evento. Pois, foi o primeiro que organizei sozinho, e não imaginava como era difícil...

      Começando já com a ideia, que surgiu cinco dias antes da festa. Coloca-la em prática foi na base da correria e superação. Enfrentei vários problemas que poderia causar até o cancelamento do evento, mas segui em frente. O principal foi que a atração mais importante da noite - um revival da Night Stalkers - ficou desfalcada de seu baterista. Por sorte, conto com pessoas boas na minha volta, e os três integrantes restantes da banda sem batera, se comprometeram de tocar e fazer valer a pena a presença deles no aniversário do blog. Com a formação que é chamada de The Wolkers, deram um baita show!

      Após a tarde inteira de ensaios e passagem de som, chegou a hora da festa. Tinham várias outras atrações na cidade e um clima chuvoso no ar. Era meia noite e o público ainda era muito pequeno. Já tinha como certo o fracasso nesta comemoração do primeiro ano do Vales. Porem, quando a Wokers subiu ao palco (um pouco depois da uma da madrugada) as pessoas começaram a aparecer. E, Porto, Jô e Gabão fizeram muito certo. Improvisaram um rock pra atrair o público. Após alguns minutos, a Sunset já enchia.

      O show deles foi bem como o prometido. Preenchendo o espaço que a Night Stalkers deixou. Vi os três integrantes tocando como nunca antes havia visto na Wolkers. Gabão parecia que era baterista desde sempre, Porto o mesmo em relação ao baixo e com o vocal, como de costume, perfeito. Já o Jô estreava sua nova guitarra e, mandou muito bem. Tocaram clássicas dos Stones, Beatles, Creedence e outros. Me chamaram para fazer o tradicional Doors, e eu estava tanto na correria, que nem lembro bem de como foi. Porem, o grande momento veio logo depois. Eu havia chamado a Night Stalkers pois queria ouvir Led Zeppelin, e quem salvou essa parte do show foi o Fre - o grande nome da noite!

      Um guri de 17 anos chamado ao palco para tocar com três grandes nomes do rock regional. E, eu como havia passado o dia com ele, sei que quase tudo aquilo foi improviso. Mas, não pareceu. Era como se as músicas que ele tocou fossem suas antigas conhecidas. Começou com a clássica Rock and Roll, com direito a solo no final. Seguiu com Immigrant Song, na qual a banda em si já se soltou mais e vimos a Night Stalkers de verdade ali. Na sequencia, veio Highway Star, do Purple, e nessa destaque para o solo de teclado imaginário feito com a boca pelo Porto, que, surpreendentemente, saiu muito bem! E, após vários pedidos (quase todos meus) o encerramento veio com Good Times Bad Times, primeira do primeiro disco do Led.

Fre tocando na primeira banda da noite
      Realmente, o Fre surpreendeu a todos e ganhou muito crédito com figuras importantes do rock daqui. Ele saiu do palco ovacionado, mas logo estaria de volta pra muito mais. A banda, seguiu na sua formação clássica para um encerramento incrível com Highway to Hell, que contou com um baita solo do Jô e uma atuação fantástica do Porto, que se jogou no chão e por alguns momentos parecia que iria destruir o baixo. Foi um grande show e agradeço muito mesmo a eles por terem ajudado a proporcionar essa festa. O público havia sido esquentado para o que estava por vir.


Vejam a cara de espanto do Chester

Feeling, bro... Feeling



































      A próxima banda da noite foi a Vizzer. A pouco tempo já haviam feito um show histórico na Sunset, que segundo os próprios músicos foi o melhor até o momento. Mas, na minha opinião eles se superaram neste. É, certamente, a grande banda que surgiu em Santa Cruz nos últimos tempos. Tem um repertório foda e cada vez uma atuação melhor no palco. Tocaram clássicas do grunge no começo, com Pearl Jam, Audioslave e Alice in Chains. Mas, o grande momento veio quando a banda foi fazer um som mais pesado.

      Com covers de Pantera, a Sunset - que neste momento já estava lotada - foi a loucura. Tivemos roda punk e dezenas de pessoas pulando e batendo cabeça (minha dor no pescoço durou vários dias). Além disso, teve também System of a Down, e mais roda punk e gurizada enlouquecida. A atuação, tanto em habilidade quanto em presença, realmente surpreende. Jeager está, sem dúvidas, cada dia conseguindo melhorar ainda mais. É de longe o grande vocalista aqui da região. Chester e Smigol já são músicos consagrados na atual cena e, o Fre... bem, vou parar de puxar o saco dele. Já tá ficando demais.

      Encerramento clássico da Vizzer foi com Killing in the Name. E, mais uma vez tivemos o mosh do Jaeger. Dessa vez, achei que não conseguiríamos segurar ele, mas deu tudo certo. Mais um show histórico!
Fre na segunda banda
E, Fre na terceira banda! Ser batera é foda.
      Mudando apenas o vocalista, veio o show dos Stiflers. Léo assumiu o vocal e a banda começou a toda com Master of Puppets! Após, tivemos troca de baixista. Ruzten veio para tocar War Pigs. Mais uma mudança, entrou Jorge no baixo e aí a banda se manteve um pouco. Enter Sandman, e dois clássicos do Matanza - Bom é Quando Faz Mal e Clube dos Canalhas. Isso já era quase quatro da madrugada. O trago estava super alto e o público seguia grande e animado.

      O momento mais inusitado do show dos Stiflers, foi quando eu assumi o baixo e tocamos Nissim Ourfali. Sim, a música da baleia mesmo! Foi inacreditável como o público cantou junto. Outros destaques: Um cano apareceu no meio do show e cerveja foi distribuída para os que estavam na frente do palco; o show contou com muito improviso, já que o álcool estava fazendo um grande efeito; em Dreher Song, duas garrafas de Dreher foram praticamente secadas pelos músicos e público e; as cinco da manhã começou o momento "acústico".
Dreeeeeeher

      Sim, quando o show terminou, uma de nossas participações especiais chegou. Aquele para qual tocamos Nissim Ourfali, o Judeu, se atrasou "um pouco" e a música foi tocada novamente. Ele subiu ao palco e, na base do improviso, tocamos Don't Look Back In Anger, Wish You Are Here, Sob Um Céu de Blues e A Dois Passos do Paraíso. Eu lembro pouco, mas ainda haviam umas 30 pessoas na Sunset e todas cantavam junto e participavam do show. Foi um momento realmente especial!

      A pedidos dos chefes, paramos de tocar as 5:30 e fomos embora. Sai de lá recebendo agradecimentos pela festa e pessoas me dizendo coisas como "Essa foi a melhor festa do ano". Fico muito feliz que tenha dado certo e, espero que ano que vem, seja melhor ainda!
Agradecimento mais do que espeial a esses aí, que aguentaram até o final.
Fotos: Bruna Lilliane e Luana Schwengbër. Obrigado!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Para comentar, é necessário fazer login com alguma conta do google: plus, gmail, drive, youtube, blogger, reader... até orkut vale.