segunda-feira, 5 de novembro de 2012

A Stupid Little Dreamer XXIV


      Edição de número 24 da minha coluna... Fazer o que? Uma hora este momento teria que chegar, não é? Vamos tentar fazer ele ser o mais breve possível, então. Ainda mais que, neste feriadão não me fiz presente em nenhuma das grandes festas que tivemos aqui em Santa Cruz. Após organizar o aniversário do blog e quase morrer após semanas correndo e sem descansar um minuto sequer, resolvi tirar "férias". Fui pra praia, beber pra caralho por lá mesmo. Mas, infelizmente já é segunda outra vez e hora de voltar ao trabalho...
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      Temos duas grandes novidades que há temos são aguardadas. Primeiro, aquele disco que por alguns momentos até imaginei que não chegaria a ouvir. Após anos de brigas, o Aerosmith finalmente lançou o seu novo álbum. Perry, que alguns anos atrás até anunciou que estava a procura de um novo vocalista, e Tyler, que foi jurado do American Idol e parecia não estar nem aí para sua banda, agora parecem ter entrado em sintonia outra vez, e esta que é a principal vantagem do Music From Another Dimension!, aquilo que se cria quando cinco caras se juntam para fazer um novo CD após quase 40 anos de estrada.

      Não é tudo aquilo que eles estavam falando que seria. O Music From Another Dimension! não vai mudar o mundo. Mas, ainda sim é um ótimo disco. Melhor que muita coisa que ouvimos por aí e até superior aos últimos lançamentos do Aerosmith. Como se viu em Porto Alegre, no ano de 2010, eles estão ainda em grande forma e mandando muito bem no palco, como uma banda com tantos anos de estrada deve ser.

      O mesmo clima que se sentia naquele show é sentido no disco. Diversão! E, isso é muito importante. Músicas como o single Legendary Child e as animadas Oh Yeah, Street Jesus e Lover Alot são o ponto alto da audição. Mas, aquilo que se vê no Aerosmith desde sua volta, no final dos anos 80, ainda é uma característica neste lançamento. Diferente do que foi falado - que seria uma volta as origens, mais setentista - o novo álbum tem um excessivo número de baladas e muitas delas de baixa qualidade. Uma das poucas que se salva é a Tell Me, que é realmente bonita. No resto, parece meio forçado. Mesmo assim, reforço - um bom disco! Nota 7,5.



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      Com bem menos espera, o outro lançamento que venho comentar é o do Neil Young. Já falei, e vou repetir. Ele é o cara de 2012. Conseguiu, em um intervalo de seis meses, lançar dois grandes álbuns e uma autobiografia que parece ser excelente (ainda estou juntando uns trocados para conseguir adquirir ela). Após lançar o Americana, que é uma releitura de vários clássicos da música contry, o canadense resolveu chutar o balde. Psychedelic Pill é um álbum duplo (ou vinil triplo) que começa com uma música de 27 minutos! Sim, o velho que tá com quase 70 anos, começa um álbum em 2012 com uma jam que dura quase meia hora. Driftin’ Back é incrível, uma lamentação pelo presente em que vivemos, lembrando do passado com algo melhor. Mas, não vivendo nele - é possível sentir uma esperança para o futuro em todas as músicas.

      No disco, ainda se tem mais duas músicas que chegam próximas a duração de 20 minutos, mas antes disso é possível ouvir outras grandes canções. Born in Ontario e Twisted Road relembram mais o estilo clássico de Neil Young, a segunda sendo uma homenagem ao Bob Dylan. For the Love of Man é uma balada que, na minha opinião, não combina muito com o restante do álbum. Já em Psychedelic Pill e She’s Always Dancing o psicodelismo segue a toda. Nesta segunda, até se nota algo mais pop, porem ela dura 9 minutos e conta com solos bem experimentais.

      O encerramento, vem com duas longas canções. Ramada Inn é linda, e triste. E, o final, a música Walk Like a Giant... meu Deus. Ele mistura o psicodélico com o grunge. Difícil definir. Até agora estou abismado com todo este incrível álbum duplo. A audição não é fácil, mas vale a pena. São 90 minutos de genialidade do cara de 2012. Se tem gente que fica esse tempo todo assistindo um jogo de futebol da série B entre CRB x Barueri, gastem também uma hora e meia da vida de vocês para ouvir essa obra! Nota 9 para o canadense.

      Encerro a coluna de hoje, com uma genial frase de Neil Young, que está na sua autobiografia. A definição de música dele é perfeita.

      

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