Tá, como um moço responsável, fui atrás para poder escrever
alguma coisa para a chamada do blog, e logo me deparei com o novo clipe deles
que o pessoal da Legend tava divulgando bastante. Um som muito legal com um
vídeo bem louco, envolvendo zumbis e rock and roll. A música Farofada Rock’N’Roll
é o novo hit deles e vale a pena dar uma conferida. Além disso, encontrei
outras que me batiam uma nostalgia, como “Conhece o Mario?” e “Nem Todo Dia é
Igual”. Legal, pensei... acho que vou até conseguir me divertir.
Bem, admito que houve outro fator decisivo para horas depois
eu estar pulando e fazendo roda punk na frente do palco. Era aniversário de uma
amiga minha aquela noite e tivemos cerveja, gelatina de vodka e tequila antes
do show começar. Foi bom outra vez estar bêbado dentro da Legend, já que hoje
com os altos preços das bebidas isso é praticamente impossível.
Porem, nem de perto que isso foi determinante para essa
noite ser incrível. Logo no começo do show já se via uma banda empolgadíssima no
palco, divertindo o público e a si mesmo. E, sabendo que a maioria ali era como
eu, não grande conhecedor de toda carreira da Maria do Relento, sem medo
tocaram vários covers não deixando o show esfriar em
nenhum momento. De rock
gaúcho, no começo do show rolou Graforréia e TNT, de nacional veio Camisa de Vênus
(a ótima Eu Não Matei Joana d'Arc) e Ultraje a Rigor. Das próprias eles tocaram
a nova – Farofada Rock’N’Roll, Conhece o Mario?, Meio Devagar (que explodiu a
nostalgia em mim) e Fevereiro (idem a música anterior).
Sim, essa ia se tornando a minha maior surpresa. Eu conhecia
todas aquelas músicas que eles estavam tocando ali! Mas, o melhor ainda estava
por vir... Antes disso, preciso destacar mais uma vez a incrível interação que
o Peppe, vocalista, promove durante o show. Conversa com o público com uma
naturalidade sem igual. Ponto fraco – Ter me apelidado de Fernandão! Ora
Fernandão eu obviamente sou muito mais técnico de futebol que ele! Mas,
tirando isso, tudo andava bem.
Outros covers na parte final, com destaque para Raimundos – Puteiro em João Pessoa. Não poderia faltar uma roda punk nessa música, né? E foi o que aconteceu, algo que há muito tempo não via na Legend. Créditos totais para a Maria do Relento. Pedidos da plateia sempre eram bem aceitos, mesmo que não tocados, eram comentados. O problema é quando um grande número de pessoas começou a pedir Big Titi, música dos Stiflers, e eles não entendiam muito bem. Piada interna, expliquei... e novamente fui chamado de Fernandão. ¬¬
Porem, o predomínio no final foi de músicas próprias, indo
de Ritmo de Festa – divertindo bastante todos na Legend – até Nem Todo Dia é
Igual, grande balada da banda, que fez todos cantarem o famoso refrão “Eu quero
ir e voltar, deixar o vento levar eu vou aonde ela está me esperando. Nem todo
dia é igual, nem sempre eu durmo só, mas vou aonde ela está me esperando.”
Coisa linda! Outro destaque: era véspera de feriado no dia, véspera do dia que
se celebra a Independência do Brasil. Portanto, nada melhor que cantar com toda
a força o hino do Rio Grande do Sul! Um momento muito bonito. O show estava já
marcado na história de Santa Cruz.
Saíram do palco para o bis sem tocar o grande hit de sua
história, então não havia dúvidas que era isso que estava guardado para a
volta. Mas, como a banda foi voltando aos poucos, ouvindo os vários pedidos de “mais
um, mais um”, resolveram improvisar. Ou pelo menos encenaram uma improvisação muito
bem. Como a Maria do Relento faz um show completamente para o público, tocando covers
clássicos, é imprescindível ter um Raul Seixas na manga. Poucos sabem que aqui
em Santa Cruz o “Toca Raul” na verdade é ”Toca Pantera”, mas tudo bem...
perdoamos eles! Com um Cowboy Fora da Lei que poderia ser Cowboys From Hell que
pareceu ser feito na hora, pois o Peppe até errou a letra da música algumas
vezes, fizeram todo mundo cantar junto.
E o encerramento do show, claro... O Vagabundo! Nostalgia
total para a geração dos anos 90, todo mundo pulando, cantando e até fazendo
roda punk. Incrível! O final da música se estendeu por vários minutos, já que
nem banda e nem público queriam que acabasse. E isso marcou um dos melhores
shows do ano na Legend. A Maria do Relento faz com que o público faça parte do
show. Envolve todos o tempo todo, não deixa o clima esfriar e prova que eles
não tem só um grande hit, mas vários. Fevereiro, Meio Devagar, Nem Todo Dia é
Igual, Ritmo de Festa, Conhece o Mário?, Corcel 72, É Fácil Dizer Adeus, Zero a
Zero e tantas outras, que por causa da demora em escrever essa resenha e o
trago que eu havia tomado nem lembro mais. Mas que, após o show, já dei um
jeito de colocar no som do meu carro e as ouço o tempo todo por aí.
Espero que eles voltem logo para os palcos de Santa Cruz,
para eu ver um show bem mais preparado e talvez com um boné, para não ser outra
vez chamado de Fernandão.
Agradecimento especial ao Yuri Cornelli pelas fotos
Fernandão!!!Hahahahaha..
ResponderExcluirObrigado pelas palavras Rodrigão. Tu captou muito bem o espírito da banda. A interação, a alegria e a energia. Grande abraço meu véio! Peppe Joe.