terça-feira, 18 de setembro de 2012

Review Maria do Relento, Legend 06/09

      Maria do Relento é logo lembrada por um grande hit, que sem dúvida alguma fez parte da infância de quase todos os leitores aqui do Vales Independentes. Quem, lá nos anos 90, não cantou junto "Um giramundo como eu"? E com “O Vagabundo” mesmo que eles fizeram sucesso. E confesso que era a única canção que eu esperava ouvir no show. No mais, não tinha ideia do que poderia acontecer.

      Tá, como um moço responsável, fui atrás para poder escrever alguma coisa para a chamada do blog, e logo me deparei com o novo clipe deles que o pessoal da Legend tava divulgando bastante. Um som muito legal com um vídeo bem louco, envolvendo zumbis e rock and roll. A música Farofada Rock’N’Roll é o novo hit deles e vale a pena dar uma conferida. Além disso, encontrei outras que me batiam uma nostalgia, como “Conhece o Mario?” e “Nem Todo Dia é Igual”. Legal, pensei... acho que vou até conseguir me divertir.


      Bem, admito que houve outro fator decisivo para horas depois eu estar pulando e fazendo roda punk na frente do palco. Era aniversário de uma amiga minha aquela noite e tivemos cerveja, gelatina de vodka e tequila antes do show começar. Foi bom outra vez estar bêbado dentro da Legend, já que hoje com os altos preços das bebidas isso é praticamente impossível.

      Porem, nem de perto que isso foi determinante para essa noite ser incrível. Logo no começo do show já se via uma banda empolgadíssima no palco, divertindo o público e a si mesmo. E, sabendo que a maioria ali era como eu, não grande conhecedor de toda carreira da Maria do Relento, sem medo tocaram vários covers não deixando o show esfriar em 
nenhum momento. De rock gaúcho, no começo do show rolou Graforréia e TNT, de nacional veio Camisa de Vênus (a ótima Eu Não Matei Joana d'Arc) e Ultraje a Rigor. Das próprias eles tocaram a nova – Farofada Rock’N’Roll, Conhece o Mario?, Meio Devagar (que explodiu a nostalgia em mim) e Fevereiro (idem a música anterior).


      Sim, essa ia se tornando a minha maior surpresa. Eu conhecia todas aquelas músicas que eles estavam tocando ali! Mas, o melhor ainda estava por vir... Antes disso, preciso destacar mais uma vez a incrível interação que o Peppe, vocalista, promove durante o show. Conversa com o público com uma naturalidade sem igual. Ponto fraco – Ter me apelidado de Fernandão! Ora Fernandão eu obviamente sou muito mais técnico de futebol que ele! Mas, tirando isso, tudo andava bem.

       Outros covers na parte final, com destaque para Raimundos – Puteiro em João Pessoa. Não poderia faltar uma roda punk nessa música, né? E foi o que aconteceu, algo que há muito tempo não via na Legend. Créditos totais para a Maria do Relento. Pedidos da plateia sempre eram bem aceitos, mesmo que não tocados, eram comentados. O problema é quando um grande número de pessoas começou a pedir Big Titi, música dos Stiflers, e eles não entendiam muito bem. Piada interna, expliquei... e novamente fui chamado de Fernandão. ¬¬

      Porem, o predomínio no final foi de músicas próprias, indo de Ritmo de Festa – divertindo bastante todos na Legend – até Nem Todo Dia é Igual, grande balada da banda, que fez todos cantarem o famoso refrão “Eu quero ir e voltar, deixar o vento levar eu vou aonde ela está me esperando. Nem todo dia é igual, nem sempre eu durmo só, mas vou aonde ela está me esperando.” Coisa linda! Outro destaque: era véspera de feriado no dia, véspera do dia que se celebra a Independência do Brasil. Portanto, nada melhor que cantar com toda a força o hino do Rio Grande do Sul! Um momento muito bonito. O show estava já marcado na história de Santa Cruz.


      Saíram do palco para o bis sem tocar o grande hit de sua história, então não havia dúvidas que era isso que estava guardado para a volta. Mas, como a banda foi voltando aos poucos, ouvindo os vários pedidos de “mais um, mais um”, resolveram improvisar. Ou pelo menos encenaram uma improvisação muito bem. Como a Maria do Relento faz um show completamente para o público, tocando covers clássicos, é imprescindível ter um Raul Seixas na manga. Poucos sabem que aqui em Santa Cruz o “Toca Raul” na verdade é ”Toca Pantera”, mas tudo bem... perdoamos eles! Com um Cowboy Fora da Lei que poderia ser Cowboys From Hell que pareceu ser feito na hora, pois o Peppe até errou a letra da música algumas vezes, fizeram todo mundo cantar junto.

      E o encerramento do show, claro... O Vagabundo! Nostalgia total para a geração dos anos 90, todo mundo pulando, cantando e até fazendo roda punk. Incrível! O final da música se estendeu por vários minutos, já que nem banda e nem público queriam que acabasse. E isso marcou um dos melhores shows do ano na Legend. A Maria do Relento faz com que o público faça parte do show. Envolve todos o tempo todo, não deixa o clima esfriar e prova que eles não tem só um grande hit, mas vários. Fevereiro, Meio Devagar, Nem Todo Dia é Igual, Ritmo de Festa, Conhece o Mário?, Corcel 72, É Fácil Dizer Adeus, Zero a Zero e tantas outras, que por causa da demora em escrever essa resenha e o trago que eu havia tomado nem lembro mais. Mas que, após o show, já dei um jeito de colocar no som do meu carro e as ouço o tempo todo por aí.

      Espero que eles voltem logo para os palcos de Santa Cruz, para eu ver um show bem mais preparado e talvez com um boné, para não ser outra vez chamado de Fernandão.

Agradecimento especial ao Yuri Cornelli pelas fotos

Um comentário:

  1. Fernandão!!!Hahahahaha..
    Obrigado pelas palavras Rodrigão. Tu captou muito bem o espírito da banda. A interação, a alegria e a energia. Grande abraço meu véio! Peppe Joe.

    ResponderExcluir

Para comentar, é necessário fazer login com alguma conta do google: plus, gmail, drive, youtube, blogger, reader... até orkut vale.