quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Pesquisa afirma que a "Qualidade" da música diminuiu

   Vem dando muito o que falar uma certa pesquisa científica publicada há algum tempo na internet. Ele afirma que a qualidade da música piorou nas últimas décadas, e traz provas concretas disso. Uma afirmação forte, mas baseada em critérios científicos, provas claras e enorme pesquisa.

   Não acredito que a maioria dos leitores esteja à par de certos termos técnicos, mas de qualquer forma, prefiro deixa o artigo aqui para consulta: http://www.iiia.csic.es/files/pdfs/srep00521.pdf . Deixo claro também que não tive tempo para lê-lo com detalhes.
   Beta é um coeficiente que relaciona 
frequências e a sua variedade, e notadamente
vem decaindo. Imagem retirada do artigo.

  Traduzindo em linhas gerais o que o autor afirma, ele usa como critério de qualidade a variedade de acordes e heterogeneidade nas composições, e afirma que tais fatores vem diminuindo ao longo do tempo. Na prática, é apenas uma constatação estatística de algo que muita gente já reclama, há muito tempo: a música atual é uma repetição de poucos acordes, e geralmente em sequências repetitivas. Eu, pessoalmente, concordo com o autor ao chamar isso de falta de qualidade, mas aí entra um pouco de personalismo crítico, e para alguns isso pode ser visto de forma diferente. 

   Mas algo inegável, e que até acho se encaixar melhor na descrição, é dizer que a música ficou menos criativa com o passar dos anos, com uma repetição constante de certos conjuntos de acordes e notas, e o principal, na minha opinião, constatando que são notas com pouca distância na escala. Realmente, a música, em qualquer gênero, tem soado uma mesmice há muito tempo, e são poucos os exemplos que nadam contra a corrente. 

   Fato é que isso tudo não é achismo, ou avaliação pessoal, é estatisticamente comprovado. Um certo número de notas e acordes é extensamente reproduzido na música atualmente, e isso ocorra talvez por tais frequências terem na audição humana um efeito qualquer interessante aos criadores. Mais uma vez, o argumento "mas eu prefiro as bandas de hoje mimmimimi..." não vale, pois não é o que se discute, não é o gosto pessoal, mas sim se a diversidade e heterogeneidade é um bom critério para avaliar qualidade musical. 

   Você acha que esse é um bom critério para avaliar qualidade musical?

   Você concorda com a conclusão do autor?

4 comentários:

  1. Impossível não concordar. Só colocou de modo científico o que nossos ouvidos há muito tempo já sabiam.

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  2. Não e não.

    Antes de tudo, no estudo estão sendo abordadas "Músicas Ocidentais Contemporâneas", provavelmente todas, ou em sua maioria, norte-americanas... O estudo é tão bom que não referencia isso.

    Isso já coloca em cheque até mesmo a utilidade deste post, em um blog supostamente voltado pro cenário independente local (éééé...) e o Rock.

    Ainda assim, música é arte. Todas as artes envolvem um alto nível de subjetividade. Não se compara, obras de artes de épocas diferentes (ou pelo menos, não deveríamos).

    Métodos Científicos aplicados a questões subjetivas são totalmente ilusórios. É ridículo levar em consideração esse estudo limitado, que simplifica música em combinações de frequências e notas. Vai analisar uma pintura pela quantidade de cores e tamanho das pinceladas? Que piada.

    Dubstep superior a qualquer clássico do Rock.

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    1. Vai ouvir "arrocha"....vai se sentir em casa.

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  3. Bá! Discordo demais! 90! 90! 90!

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