Achei um tempo pra falar dessa grande noite. Que baita festa, e afirmo isso mesmo sendo um pouco suspeito pra falar. Mas sem mais delongas, vou contar como foi a noite em que a Strawberry voltou aos palcos pra matar um pouco da saudade da galera que se acostumou a vê-los nos festivais da região. A chuva, ou melhor, o dilúvio que se sucedeu, atrapalhou bastante, mas não evitou que um bom público prestigiasse o evento, e que foi, se deu bem, com certeza.
A noite contava com um line-up bem diversificado, onde a Subto Hellemento, de Venâncio Aires, e Os Horácios, de Porto Alegre, se apresentariam nessa sequência, e depois disso, deixariam o palco livre para a festa seguir com a Strawberry Crash até a hora que a polícia deixasse. Mas para a surpresa de muitos, não era só isso. A The Wolkers, como banda da casa, fez um excelente show de aquecimento no ambiente da choperia da Sunset. Com um clima muito legal, o pessoal pode aproveitar algumas das doses duplas da noite. O show desse trio já foi bastante comentado por aqui, e a qualidade dos músicos é incontestável, e é por isso que uma apresentação deles é garantia de boa música. Apresentaram rock nacional e internacional, contando com Barão Vermelho, Ultraje à Rigor, Rolling Stones e muito mais. O legal é que a luz caiu bem no meio do show dos caras, e aí piadistas de fim de semana brotaram aos montes, mas uma vez retomada a energia da casa, o show continuou e não se queimou nenhum amplificador.
Começando perto da primeira hora da manhã, a Subto Hellemento trouxe seu show de metal contemporâneo, com um repertório baseado em Avenged Sevenfold e Bastardz, e outras bandas do gênero, que eu realmente não sou um bom conhecedor, e por consequência, ouvi muitas músicas pela primeira vez nesta noite. O que posso dizer é que vejo muita evolução na banda nos últimos tempos, desde técnica quanto na presença de palco dos caras, fizeram um show com peso, e agito. Também me chamou atenção as versões que fizeram de algumas músicas, entre elas It's My Life, foi algo no mínimo, surpreendente, pois não imagina ouvi-la, ainda mais na forma que foi tocada, totalmente desconstruída e remontada segundo a linha musical da banda. Não comento mais sobre o show por realmente não ter base para comentar sobre o repertório da banda, os comentários estão aí, e eu vi por lá uma galera que pode falar bem mais que eu aqui.
O segundo show da noite foi com Os Horácios, banda porto-alegrense que veio divulgar o seu novo disco "As Pervertidas Noites Daqueles Velhos Decadentes", e que disco! Um punk rock clássico, com letras escrachadas e momentos mais calmos de rock n' roll, ótimo download, vale muito a pena. O show foi excelente, uma batera nervosa, cozinha bem feita e um vocalista que tem um ótimo talento pra humorista, somados a o um repertório próprio muito bom (recomendo muito o download no link acima). "Sabonetes" e "Balada do Portão" são, na minha opinião, as melhores do disco, e foram os momentos altos do show.
Já tarde, pelas 3 e 30 da manhã, chegou enfim, a hora do revival dos hard rockers que tanta história fizeram pela região, história essa que pode, caso ainda não tenha visto, conhecer melhor aqui. O que se viu nessa noite foi uma versão mais comportada desses loucos que foram descritos na matéria, o que é normal, os tempos são outros, estamos todos (me incluo aí, já que foram eles os culpados em grande parte de eu ir no meu primeiro festival, pra ver a banda de um amigo e "uma banda que tu vai curtir pra caralho!") mais velhos, mais tranquilos, e meio entediados de dedicar músicas "para os tiras"...
A banda fez alguns ensaios, e até que veio bem entrosada para o palco, mas como pouco tempo de preparação. O set list foi matador, como pode ver nas fotos. Mas o que foi sempre o marco da banda no palco, foi, além das qualidades individuais, a presença de palco dos caras, e essa estava intacta. Logo na largada já se viu que seria um grande show da banda, e os probleminhas técnicos que ocorreram de vez em quando durante o show, só corroboraram isso, ver o Dani cantando a plenos pulmões em um microfone onde o plugue havia caído, foi no mínimo engraçado. A enérgica participação do amigo Kako foi excelente, entrou em Fallen Angel, e simplesmente debulhou sua guitarra, que é uma guerreira, que segundo ele, nem desafinou depois de ser lançado no chão do palco... esse é fera.
A banda fez alguns ensaios, e até que veio bem entrosada para o palco, mas como pouco tempo de preparação. O set list foi matador, como pode ver nas fotos. Mas o que foi sempre o marco da banda no palco, foi, além das qualidades individuais, a presença de palco dos caras, e essa estava intacta. Logo na largada já se viu que seria um grande show da banda, e os probleminhas técnicos que ocorreram de vez em quando durante o show, só corroboraram isso, ver o Dani cantando a plenos pulmões em um microfone onde o plugue havia caído, foi no mínimo engraçado. A enérgica participação do amigo Kako foi excelente, entrou em Fallen Angel, e simplesmente debulhou sua guitarra, que é uma guerreira, que segundo ele, nem desafinou depois de ser lançado no chão do palco... esse é fera.
Como todos que alguma vez já assistiram o show da Strawberry, e como o próprio Goró me disse: "Se não tem Paradise, não é show da Strawberry.". E como é de praxe, ela veio, e como sempre foi, depois de um show que exige demais da voz do vocalista, pois todas as músicas são em tons bem altos, e o Dani também não para um instante no palco, essa é a hora da galera. Todos que gostam de hard rock sabem a letra, pelo menos o refrão, e aí rolava sempre uma jam estrondosa, às vezes extendida por minutos, e dessa vez, que teve a honra de subir no palco pra ajudar a esculhambar a bagaça toda foram o Samuka, e eu, sim, este que vos fala também teve seu momento de astro do hard rock (só que não).
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