Guitar Legend

      No dia 26 de maio, aconteceu na Legend Pub a primeira eliminatória do Guitar Legend. O primeiro festival de guitarristas de toda a região, que ao meu ver não deve de ser encarado como uma competição para ver quem é o melhor, e sim para enturmar o pessoal que tem a paixão pela guitarra como algo em comum - seja solando o psicodelismo dos anos 60 ou os solos viajantes dos 70; os debulhadores dos 80 e os desleixados do grunge dos 90. Então, a curiosidade e a satisfação de fazer parte da organização do evento eram grandes vindos de minha parte. 

Drurys e os guitar heroes

       E antes que alguém venha criticar o evento, quero deixar claro a minha opinião de que colocar a musica em formato de competição é sim um conceito errado, mas é uma forma de estimular o estudo e o reconhecimento de quem toca guitarra.

Os jurados: Killy Freitas, Neal Sceurman, Vito Vitale

Agora veja como foi complicado para os jurados escolherem os primeiros classificados:

Rafael Sehn: Um guitarrista de mão cheia, feeling, segurança e com uma forte influência blues, solo de muito bom gosto.

Rafael Sehn

Rodrigo Reis Gueths: Bom gosto da escolha das trilhas. Tem característica de quem estuda o instrumento! O nervosismo mostrou que ele é de carne e osso, mas dominou e conseguiu fazer uma boa apresentação.

Rodrigo Reis Gueths

Renato Gomes da Silva: Muito legal a postura de escolher clássicos do rock nas trilhas, é isso que mantém viva a historia do rock(Parecia o Michael Angelo Batio). Executou Highway to hell do Ac/Dc e Smoke on the Water do Deep Purple com muita competência.

Renato Gomes da Silva

Iven Franco: Boa interpretação na guitarra base, guitarra limpa e com drive. Mostrou personalidade e envolvimento criando um clima legal dentro do estilo.

Iven Franco

Jean Carlo de Melo Goeritz: Com atitude, cantando junto com a trilha, tem bom gosto e tocou sem se preocupar em querer provar algo – um legítimo músico!

Jean Carlo

Everton Agnes:O mais experiente dos guitarristas da noite! O “calejado” guitarrista da emblemática banda Mistake, mostrou atitude, maturidade e técnica, destrinchando Building the Church do Steve vai e brincando com técnica de sweeps, tappings e palhetadas insanas no sua composição própria. Um espetáculo de técnicas que deu para deixar bem claro a sua paixão ao estudar o instrumento.

      Pra quem gosta de guitarra a noite foi um prato cheio, e a próxima etapa é dia 9 de junho e logo após vão ser revelados os classificados  da primeira e segunda etapa, que vai acontecer no dia 13 de Julho, dia mundial do rock!

A Gata do Rock - Sheron Thomas

Nome: Sharon Thomas
Idade: 16 anos
Show que gostaria de assistir: Radiohead
Banda preferida: Nirvana
Disco: Bleach
Banda da região: Caution

A Stupid Little Dreamer II

      Bem sem tempo hoje, por estar com um bom número de coisas pra fazer, não só da faculdade mas como também do meu trabalho, vou dar sequencia ao que comecei na semana passada. Fazer aqui um post bem meu, falando sobre coisas que me interessam e expondo a minha opinião sobre elas. Espero que interesse a vocês também, e que não me matem por dizer o que penso.

      Começando no gancho que o Marcio me deixou na coluna dele de ontem (muito boa, por acaso... recomendo que leiam). O Aerosmith lançou um single no final de semana, lá no encerramento do American Idol. A música Legendary Child tem sido uma das que eu mais ouço nessas tardes quentes e solitárias aqui no escritório onde trabalho. Bem, diferente do meu companheiro de blog, eu achei um baita som! Tirando a apresentação ao vivo, que foi bem frustrante, já que o Tyler não chegou nos tons que deveria, é uma música muito boa! A versão de estúdio, que foi lançada logo após eles terem tocado na final do concurso, me surpreendeu e me fez pensar que o Aerosmith estivesse ainda com a capacidade de fazer música de verdade. Vi que isso era uma mentira depois que fiquei sabendo que esse som é uma das sobras do Get a Grip, lá de 1993. Mas, mesmo assim... tem embalado meus últimos dias. Recomendo que ouçam!

      Voltando a um assunto da semana passada. Um dirigente do Grêmio falou sábado sobre os boatos que os Rolling Stones tocariam na abertura da Arena. Ele disse que o clube realmente está negociando com os velhos, mas para 2013! Na época da inauguração eles não vão estar em turnê ainda, portanto a preferência segue sendo o Foo Fighters. Mas, mais importante do que isso, o cara disse que eles estão negociando já com outras duas bandas de rock a nível mundial para fazer shows na capital, ali na Arena mesmo! Ótimas notícias! Nada melhor que ter uma outra opção de lugar para eventos grandes e, o mais importante, gente querendo fazer eles. Gremistas, colorados, mulheres e gays que não gostam de futebol... todos só tem a ganhar com isso! No aguardo por novas informações.

      Bem, agora que deu uma parada nos shows por aqui, é hora de curtir os álbuns novos que estão saindo. Recomendo o do Slash, que tenho ouvido bastante. Não é nada de absurdamente foda, mas é bem legal... vale a pena ouvir lavando a louça. Quem também lançou coisa nova foi o rockeiro de cabelos brancos, Neil Young (que espero ver no SWU 2012)! O álbum Americana parece estar bem legal, mas eu infelizmente ainda não tive tempo pra ouvir. Agora, os novos CDs do Aerosmith, Rush, Kiss, Rolling Stones, AC/DC e Pearl Jam... Não cansam de adiar eles? Todos esses ai já eram pra ter sido lançados ou pelo menos saírem esse ano. Mas, tá difícil.

      Por hoje era isso. Ficamos na torcida pra esse calorão passar de uma vez, para que sexta dê pra me aquecer com um Jack Daniel's lá dentro da Sunset, curtindo um Motorhead cover! Agora, é mergulhar a cabeça no trabalho e nos estudos outra vez. Vejo vocês bêbado por ai no final de semana, abraços!

Lá no Camarim - Restos de Ontem

     Quarta-feira é dia de.... futebol? Também, porque não?! Mas primeiro dá pra passar lá no Espaço Camarim e curtir um show da Restos de Ontem.

       A banda tem um repertório muito variado, toca desde clássicos dos 70 até bandas dos 90. E ainda tem composições próprias.

Bad Apple - I

    Olá! (Eu sou o Goku, só que não)

    Estamos, como podem ver, tentando ir um pouco além de só ser um alto falante daquilo que chega até nós, ou dos eventos que pedem nossa ajuda na divulgação. Acho que eu posso mais, que nossa equipe de amigos daqui pode mais. E seguindo esse pensamento, chegou a minha vez de escrever a minha "coluna".

   

    Home Studio:

Home Studio da Phator RH

   Alguns dias atrás me deparei com uma matéria/relato/documentário muito legal, e acho que vem muito à calhar pra quem está a fim de começar a fazer um trabalho mais sério com sua música. É fato notório que ter um meio de divulgação eficaz, um perfil (ou algo semelhante) sempre atualizado e com produção de material constante (não precisa ser em alto ritmo, mas sim constante) é um diferencial enorme para uma banda. Já comentei aqui, e pretendo abordar mais esse assunto, que apesar de muita gente se esforçar em prol de sua banda de garagem, não conseguem passar disso, uma banda de garagem, mas ambicionam terem seu status elevado, querem um dia ganhar um bom cachê para tocar, gravar um disco, tocar em alguma rádio, ou fazer uma turnê por aí, lotada. Possível, claro que é, depende da música, mas também depende muito da produção em torno da banda. Não pode-se esperar ser levado à sério e pagar de artista, se a banda peca na sua divulgação, atrasa os horários marcados, chega para tocar sem equipamento, enfim, me vêem tantas coisas que já vi por aí de bandas "conceituadas" da região, que me falta espaço em um texto só. Um pouco disso já comentei tempos atrás quando conversei com a gurizada da Devilcrusher, que além de fazer um som que me agrada bastante, é perfeita nesse jogo feito fora do palco, que é a produção. Veja mais aqui.

Te Liga Nesse Som - Maldita

     Hoje um "te liga nesse som" com uma banda um pouco diferente.A banda MALDITA.

     Maldita é uma banda carioca de metal industrial formada em meados de 2001 por erich.

     Erich Mariani que produzia filmes de terror caseiros, juntamente com tarso, passou então a manifestar suas mensagens na música. a banda inicialmente chamava-se Malachi, em homenagem ao personagem de stephen king, e tinha influência de bandas como Skinny Puppy, nine Inch Nails, Metallica e sua maior inspiração Faith no More.

O logo mais conhecido da banda

     Em 2003, enquanto preparavam sua primeira demo, o baixista Magrão entra na banda, e no final daquele mesmo ano, Vidaut e Leo Osborne, que trabalharam na produção da demo, também ingressaram na banda. a partir daí a banda foi rebatizada como maldita.

     A banda passa a se apresentar com maior freqüência e consegue um contrato com o selo Nikita, gravando seu primeiro álbum e três videoclipes. Nesse período tarso abandona a banda, entrando o guitarrista Lereu em maio de 2005, com a tarefa de substituir tarso em dois shows super importantes nestes primeiros passos da banda. Um no circo voador abrindo show do Ratos de Porão numa sexta-feira 13 e outro na semana seguinte, este sendo lançamento do seu disco de estréia mortos ao amanhecer.

Capa do cd "Mortos ao Amanhecer"

     A banda rapidamente ganhou espaço dentre os adeptos de som pesado e sombrio. Ganhando também notoriedade dentre os grandes nomes além de diversas aparições na MTV Brasil onde lançaram "o homem com rosto cortado" e tiveram o reconhecimento aumentado em grande fatia após o lançamento do clipe de "anatomia", que ainda hoje é seu maior hit. a maldita encerrou o ciclo do mortos ao amanhecer com uma chuva de sangue em uma super produção no clipe de "estrela de fogo".

Performance da banda

     Em 2007 a maldita rompe com o selo Nikita e segue trilhando seu caminho sozinha como banda independente, e foi quando, as vésperas da gravação de seu mais novo filho, o disco "paraíso perdido", o guitarrista luis deixa a banda. Lereu, então, fica incumbido de fazer o papel sozinho, mas a banda não sentiu a saída de Luis. Ganhando ainda mais corpo e conjunto. Assim, seguiram-se as gravações do "paraíso perdido" produzido por Pedro Burckauser, na época, seu operador de som. E assim seguiu a banda até seu lançamento em julho de 2007. Trazendo consigo um respeito enorme dentre os críticos e novas ideologias para uma nova época. E isto é percebido no clipe de estréia "embaixadores da carne de amanhã" com uma forte compilação de imagens de guerra. Em seguida a maldita surpreende a todos com o lançamento de um clipe documentário. Rodado na comunidade da rocinha. O clipe de "bastardos da américa", mostra como é difícil manter uma banda de rock dentro de uma favela, devido a cultura ser voltada para outros estilos musicais e claramente pela falta de poder aquisitivo para a compra de equipamentos.

Capa do Cd Paraíso perdido

     Este ano foi marcado também pelo convite feito para a maldita abrir os dois shows de Marilyn Manson no brasil. nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo. Um fato curioso é que no show do Rio de Janeiro, o vocalista Erich subiu no palco portando uma réplica de um fuzil assustando até mesmo a segurança do evento. E em seguida, no show de São Paulo, Erich o fez novamente. Após as apresentações, Erich era capa de vários jornais e foi intimado a apresentar-se com a tal réplica a uma delegacia de polícia no rio de janeiro. Com tudo esclarecido, o vocalista foi liberado sem maiores problemas.

     A Maldita seguiu em frente fazendo grandes shows por todo o brasil. e nos maiores festivais independentes, sempre com grande prestígio por suas conquistas como banda independente e adepta de uma música e idéias difíceis de serem digeridas.

No ano de 2009, a banda gravou seu novo disco, Nero. Desta vez quem assina a produção do disco é Stanley Soares, produtor de dois discos da banda brasileira de metal "sepultura" e também seu operador de som. Com esta parceria a Maldita corre agora em busca de sonoridade e de um grande nome dentro de seu gênero para guiá-los até um passo maior. Neste meio tempo, por razões ainda não muito esclarecidas, o tecladista Leo Osborne resolve deixar a banda, as vésperas do início das gravações do novo cd.

Uma das fotos promocionais do "Nero"

Capa do cd "Nero"

     A banda saiu em sua primeira turnê gringa. Em maio de 2009 a Maldita partiu para Europa onde fez uma bateria de 11 shows na Holanda e 1 na Bélgica. Conquistando novos fãs e admiradores, desta vez, fora do brasil. E mantém viva a esperança de retornar com um disco em inglês.

     Recentemente a banda fez uma coisa totalmente inesperada que foi usar elementos do funk (isso mesmo do FUNK CARIOCA) em suas músicas, e lançou o ep  chamado  "Montagem".

Capa do "Montagem"

     Bom, vou acabar com esse post que já está muito grande. Espero que tenham gostado da banda.

Fim de semana 25, 26 e 27 de maio

      O fim de semana está ai e é hora de decidir o que fazer nos próximos dias. Aqui vão as recomendações do Vales Independentes pra quem quer curtir um rock and roll pela região.

Sexta, 25/05

      Na sexta, nada mais clássico do que ir na Sunset ver um show de rock. Hoje a atração lá é a Lobos da Estepe, de Rio Pardo, que vai fazer um revival dos anos 70, 80 e 90 pra gurizada. É sempre um grande show com vários clássicos tocados por excelentes músicos! Também uma boa oportunidade pra conferir as músicas próprias dos caras que são de muita qualidade! A entrada pra elas é de graça até a meia noite, depois pagam 5 pila. Pros macho é 10 reais a noite toda.

      Outras atrações da noites: Baldinho com 5 Itaipava vai ta por 15 pila até a uma da madrugada. Até a meia noite dá pra beber aquele drink clássico da casa de graça. Vai ter o Lual na área externa pra tocar um violão e se esquentar no fogo e o Lê Dj vai ta lá dentro tocando clássicos das últimas décadas e músicas mais alternativas. Certeza de uma grande festa na Sunset hoje.

Sábado, 26/05

      Chegamos ao começo do Guitar Legend! No post anterior o Top já falou mais sobre isso, mas vou reforçar. O grande concurso de guitarristas organizado pela Legend Music Bar vai ter inicio amanhã, as 21h, na casa. Vai ser a primeira eliminatória, ela contará com seis músicos no palco mostrando a sua habilidade nas cordas, todos tentando a classificação para a próxima fase. Após isso, a noite fica com o som da banda Legend, que sempre dá um grande show pra animar o público. O dj será o Davi Lopez e a entrada é 20 pila depois da meia noite. Antes elas pagam 10 e eles 15.

      Lá em Rio Pardo o blues vai rolar solto! Teremos o grande show da Cadillac Blues, que a pouco tempo ganhou um review aqui no blog, onde eu elogiei muito a apresentação que vi dos caras na Sunset. Pro pessoal lá da cidade, é uma festa imperdível! Os grandes clássicos do estilo e também as ótimas músicas próprias da banda vão certamente levar a noite com muito feeling, álcool e diversão.

    Por outro lado, em Venâncio Aires, o que se terá é peso. É só porrada na bateria, baixos insanos e guitarras vorazes, os vocais variam, mas o fato é que teremos heavy/trash metal de qualidade. Onde? No salão Mintz, pra deixar a alemoada rezando um terço assustada.

Domingo, 27/05

      Sim! Temos atrações domingo também. Fazia tempo que não aparecia isso aqui. Mas, não é em Santa Cruz. Nem na região. Vai ser um show que bandas daqui vão fazer lá na capital dos pampas. Não foi nos passado muita informação sobre o evento, mas fiquei sabendo que vai ter um ônibus e que talvez ainda tenham lugares. Entrem em contato com as bandas para saber mais!

Guitar Legend primeira eliminatória

       Para você que sempre sonhou em tirar a guitarra de dentro de casa e nunca encontrou um motivo razoável:

   

      Sábado, 26/05, as 21h na Legend ocorrerá o primeiro Guitar Legend, a primeira competição entre guitarristas independentes do estado.

      A chance ideal para todos guitarristas, provarem o que são capazes.

      O Guitar Legend é uma iniciativa do Vito Vitale em conjunto com Luthieria Drurys, Legend Music Bar e blog Vales Independentes.

      E também, para você que adora ouvir uma boa música e ver uma demonstração de exímia habilidade, não esqueça: A noite será ótima e recheada de surpresas e solos, você não irá se arrepender.

     Os selecionados para a primeira eliminatória em ordem de apresentação são os seguintes:

   1.       Rafael Sehn

   2.       Rodrigo Reis Gueths

   3.       Everton Agnes

   4.       Renato Gomes da Silva

   5.       Iven Franco

   6.       Jean Carlo de Melo Goeritz

Review Sunset Tributo ao Raul Seixas com Machina do Tempo 18/05

      Sexta feira a Sunset trouxe a banda Machina do Tempo para homenagear o mestre Raul Seixas. O público não foi dos maiores, mas estava bem animado e bêbado. Ou será que era só eu?

      Bem, o que posso dizer é que curti bastante o show. Os caras mandam muito bem nos covers e representam o Raulzito em grande forma. Mas, tenho que admitir que o cover que vi ali de Rio Pardo, que se chama “Toca Raul” (acho), é melhor.

      O público no começo estava meio tímido, curtido mesmo os grandes clássicos de forma mais calma. Mas, o show foi crescendo, pedidos foram sendo atendidos e logo a frente do palco já estava tomada, contando com gente alegre e bêbada. Foram vários dos grandes sucessos do baiano, como Maluco Beleza, Sociedade Alternativa, Rock das Aranhas e Cowboy Fora da Lei. Também rolaram algumas que não estamos tão acostumados a ouvir. Como por exemplo, as que o Raul gravou com o Marcelo Nova, destaco a excelente Rock and Roll, que é single desse ótimo disco. Pastor João e a Igreja Invisível foi um dos meus pedidos que foram atendidos. O Trem, Metrô Linha 743 e até alguns covers de covers do próprio cantor foram colocados no set list, o deixando bem diferente e divertido.

      Se não me engano, a banda chegou a tocar algumas músicas duas vezes, pois no começo o público era menor e mais parado, portanto tiveram sons que valiam a pena repetir para serem curtidos na melhor forma. Outro destaque importante é para a presença do sax em algumas músicas, que fazia uma baita diferença!

      O trago estava alto e nem posso comentar sobre ordem de músicas e tal, mas sei que a banda fez vários bis, voltando ao palco diversas vezes quando até o som do Kurt já tinha sido ligado. Então, isso só quer dizer que foi um grande show, de uma banda que segue conseguindo inovar sempre, mesmo tocando o mesmo artista por tantos anos. Provando mais uma vez o quanto Raul Seixas foi o gênio e merece ser pra sempre lembrado e homenageado.

Agradecimento ao Marcio, companheiro aqui do Vales, pelas fotos.

Back Doors Band: um review e um rewind, por favor.

Eu não pude comparecer a festa no sábado, pois tinha um Open Bar para ir, e isso não dá pra faltar, né? Mas, essa grande atração não poderia passar em branco por aqui, portanto pedi o auxilio de Cristiane Schardong, que fez este excelente review para nós do Vales Independentes. Muito obrigado.

      Esse título exemplifica bem o que eu queria agora: um rewind pra essa noite. Se eu pudesse, eu rebobinava, de tão sensacional que foi. Acho que fiquei (ou ficamos, porque vi muita gente ali tão em êxtase quanto eu) em um outro plano espiritual durante esse show, uma bela combinação de artistas excelentes, performances extraordinárias, ambiente agradável, público empolgado e muita, mas muita cerveja (teve promoção de baldinho de Heineken, hehehe).

      O quarteto, que tocou na casa Legend, neste último sábado (19/05) não é considerado um dos melhores covers de The Doors no Brasil à toa: os caras são incrivelmente fiéis ao estilo performático e teatral da banda norte-americana.

      O vocalista, Pia De Lucce, é o Jim Morrison personificado. O tradicional jeito de cantar grudado ao microfone, com os olhos fechados e voz profunda foi reproduzido por ele na noite de sábado. Eu estava observando tudo da frente do palco e, confesso, foi difícil não pensar que era o próprio ali. Não bastasse o jeito de vestir e atuar, a voz de ambos é bastante parecida. Destaque também para todos os outros membros da banda, sem os quais obviamente a mesma não seria tão excelente. O tecladista, Ricardo Farfisa, levava a galera à loucura com seus solos no piano-órgão, perfeitamente executados. Na guitarra, Ellias Pedra, dedilhava concentrado os riffs elétricos das músicas do The Doors. Enquanto isso, Giovanni Benedetti quebrava tudo e mais um pouco na bateria.

      O repertório reproduzido agradou a galera inteira: canções clássicas como Light My Fire (segunda música tocada e que deixou o público fora-de-si), Break On Through (To The Other Side - nessa, achei mesmo que a gurizada ia passar pro "outro lado"), L.A. Woman, The End, People Are Strange, Riders On The Storm (e os barulhos de tempestade ao fundo...), Back Door Man (the little girls understand! hahaha), passando por outras igualmente sensacionais, como Waiting For The Sun, Love Her Madly, Hello I Love You, Whiskey Bar (nessa hora, vi uns copos de whiskey sendo erguidos, nada mais junsto!). A banda fez um intervalo rápido, mas voltou com energia total. Ao final, depois de se despedirem e, levando em conta os apelos do público entusiasmado, voltaram e tocaram Roadhouse Blues. Uma noite completa. A casa estava cheia, o tempo estava bom, a cerveja estava gelada... enfim, acho que esse foi o melhor cover que eu já vi.

      Sinceramente, não sei quanto tempo o show levou, mas chuto que umas duas horas. Para quem quiser conhecer mais, http://backdoorsband.com.br é o site da banda. Tirei só duas fotos, mas, ficam aí de lembrança:

      A noite terminou num clima excelente, o final foi apoteótico: o teclado caiu no chão do palco, o vocalista deitado pelo chão (exatamente como Jim costumava fazer), o público gritando... enfim, acredito que todos tenham ficado muito satisfeitos com esse show sensacional. Fica aqui minha colaboração e meu parabéns pra banda e para a casa, por ter trazido esse cover excelente. This is the end, my only friend, the end...

A Stupid Little Dreamer

      Começo aqui um quadro novo no blog. Na verdade, uma nova etapa! Até o momento fizemos mais uma parte informativa, divulgando festas e depois comentando como elas foram. Além de organizar nosso concurso e fazer alguns quadros para aproximar mais vocês do nosso meio de comunicação. Mas, todos nós temos nossas opiniões, pois somos apaixonados por música e tentamos ao máximo viver isso. Portanto, visando explorar esse nosso lado opinativo de quem ama o rock and roll, começarei um tipo de coluna por aqui. Semanalmente escreverei um texto falando sobre o mundo do rock, desde o que acontece lá com as grandes bandas que eu acompanho, até o que tá rolando aqui perto de nós.

      Na verdade, não tenho muita noção do que vai ser isso aqui. Só tenho vontade de escrever mesmo. Acredito que vá tomando forma com o tempo. E imagino que eu vá ser apenas o primeiro a explorar esse lado de ‘colunista’ que podemos ter. Logo outros companheiros de Vales e até pessoas de fora que se interessem em participar, podem entrar nessa brincadeira. Mas, por hoje vai ser a minha parte mesmo.

      Começando com o nome. Não tive dúvidas pra escolher como vai se chamar minha coluna. Essa parte da música Dreamer do Supertramp define muito bem tudo. E é assim que vai ser.

      Indo primeiro para o rock internacional, nesse final de semana tivemos lá no interior da Inglaterra o primeiro show do Black Sabbath. E pra mim foi decepcionante. O set list tava do caralho e o Ozzy, o Tony e o Geezer mandaram muito bem. Mas, tinha um cara lá na bateria que não fechava com a banda. Não era o Bill. E sem o Bill essa reunião perde grande parte do brilho. Esses velhos ai parecem umas crianças brigando, prejudicando eles mesmos e os fieis fãs. Tá, mas não vou ser hipócrita aqui. Se o Sabbath com essa formação vier aqui pro Brasil, vou correndo que nem louco pra onde quer que seja, pagando quanto eles quiserem, pra idolatrar os três caras de frente. Só que o ideal seria os quatro monstros juntos. Não com um cara sem camisa fazendo balaca com as baquetas.

       Agora uma notícia interessante que li ontem. O Rush, depois de 35 anos, vai voltar a tocar em um festival. O trio canadense, que por motivos estranhos, tinha largado de mão esse costume, por motivos mais estranhos ainda, resolveu voltar. Vai tocar no Sweden Rock 2013. Ou seja, na Europa! O que torna mais absurdo. Mas, legal... O Rush foi talvez o melhor show que já vi. Espero muito que um dia tenha a chance de ver outra vez.

      Fato triste da semana foi a morte do Robin Gibbs. Meu lado pop/cafona/dançante ficou bem triste ao saber disso. Ele foi um baita compositor (ouçam e vejam a letra de Started a Joke, que foi regravada pelo Faith No More) e um grande vocalista. Além de ter revolucionado a música com o Bee Gees (sempre lembrando que nem toda revolução é algo bom).

      Agora aproximando um pouco mais de nós. Estão surgindo rumores nos bastidores do Grêmio de que quem virá para a abertura da Arena vão ser os Rolling Stones! Banda que, por pesquisas internas, foi a segunda colocada entre os torcedores, perdendo apenas pro AC/DC, que já recusou a proposta. Me anima bem mais que o Foo Fighters. BEEEEEEM MAIS. Na expectativa por novas informações.

      Pra encerrar, quero dizer que tivemos um show muito legal na sexta, com a banda Machina do Tempo na Sunset, tocando vários clássicos do Raul Seixas e também algumas coisas diferentes que eu não conhecia. Gostei bastante de ver e nos próximos dias devo escrever um review completo sobre a festa. Além disso, no sábado a minha banda, Stiflers, teve um grande momento tocando na rústica da clinica Corpo e Saúde, um tipo de evento anual que temos. Vou contar mais sobre esse momento divertido e diferente que passamos.

      Bem, esse foi o meu primeiro post como ‘colunista’. Sei lá o que esperar e o que mais pode vir por ai. Mas, espero que vocês gostem e se quiserem mandar dicas ou participar também com textos para o Vales Independentes é só mandar email pra valesindependentes@gmail.com ou falar comigo mesmo no twitter do blog (@blogvales). E se alguém ai curtiu o que eu escrevo e quiser ler mais, é só visitar o meu tumblr, por lá escrevo sobre tudo todos os dias. Por enquanto é isso. Até mais! 

Cold, Jack and Blues

    A rotina foi quebrada no sábado passado (12 de maio) de outono, com cara de inverno, porém com um toque de qualidade (um toque não, uma tijolada), já que a Legend Music Bar, em uma iniciativa louvável, e incrível, trouxe a Santa Cruz do Sul uma etapa do Encontro Internacional de Harmônicas Blues, um turnê conjunto de 4 feras do instrumento, e que passou por Porto Alegre e Caxias do Sul, além do nosso buraco no Vale do Rio Pardo. Mais uma vez, a casa se mostra audaz e disposta à investir em atrações de peso, e dessa vez, ainda por cima, voltada para um público um tanto restrito. O Blues é parecido mais ou menos o que o Botafogo é no RJ, o segundo preferido de todo mundo (se é ou não, não sei, só ouvi isso certa feita), só que gostar de blues é uma coisa, ir à um evento é outra, e ainda mais um evento em que a atração principal é a gaita harmônica, amada e idolatrada por muitos, odiada por alguns. A minha presença, junto do meu grande amigo Igo, era garantida, pois ambos somos fãs do instrumento, fãs do blues, e ainda por cima, metidos a gaitistas.

    Os temores em relação ao público foram logo afastados. Chegamos cedo, almejando tirar proveito da promoção de dose dupla de Jack Daniels, e logo de cara já nos deparamos com um público razoável, e após tomar algumas doses na área externa, verificamos que seria uma noite de casa cheia.

    Falando do que se viu no palco, foi indescritível. Os quatro artistas se apresentaram em revezamento, em dois blocos. No primeiro, cada um tocou duas músicas de sua autoria, e no bloco posterior, fez-se uma "suruba gaitística", como foi definido pelo baixistas da ótima banda de apoio.

Rock

        Conversando com algumas pessoas aqui na cidade, ouço criticas e mais criticas em relação ao rock feito na região. Elas vão desde os eventos produzidos e as bandas até os músicos e aos sons lançados.

        Ok... há muita coisa a ser melhorada mas, e você que tanto fala, o que fez para contribuir com a cena? Montar uma banda, produzir um evento, comprar um disco independente, assistir aos shows, escrever sobre rock em um blog ou divulgar a banda de algum amigo. Qualquer esforço ajuda a elevar a cena!

      Apesar dos trabalhos e de algumas limitações da vida, eu tento fazer minha parte, muitas vezes errando e algumas vezes acertando, esse próprio blog é uma forma de comentar shows, fazer entrevistas, divulgar as gatas do rock (sim, porque ninguém é de ferro) e falar sobre o estilo de musica que eu amo.

      O grande prazer de manter o blog ativo é poder mostrar um pouco do que consegui conhecer e viver no rock durante todo esse tempo.

      Ao invés de “descer a lenha” em alguma tendência, banda ou o que for diferente as minhas idéias, eu vou lá e faço da forma que eu mais gosto, com minha banda, a Avalanche. Já se passaram mais de 60 apresentações, sempre fazendo aquilo que amamos, sem restrições. Acho mais digno que cobrar que outros façam por mim.

      Seja como critico musical, músico, produtor ou público, procuro sempre ser honesto com aquilo que acredito. Então, antes de julgar ou criticar algo que esta sendo feito, procure você também fazer a sua parte! Prestigie, toque, escreva... não importa o que, mas faça.

Agenda final de semana 18 e 19 de maio

      Vamos ao final de semana, finalmente! E neste teremos algumas boas atrações pela região, principalmente grandes tributos a mestres da música! Só não curte um rock quem não quer.

Sexta feira, 18/05


     Sexta feira é dia de rock na Sunset. E isso todo mundo já sabe. E ai já começam os tributos. E esse, um tributo nacional. Ao talvez maior rockeiro que tivemos nesta terra: Raul Seixas!
     A banda que vem com a responsabilidade de tocar os grandes cássicos do Raulzito é a Machina do Tempo, que já fez grandes shows aqui pela região. Do Vitrolão ao Bodega, se não me engando. Fazem um baita cover e vale a pena mesmo ir conferir. Algumas informações do evento:
      "Nesta sexta no Sunset Pub a MACHINA DO TEMPO (Porto Alegre) apresenta o projeto "Toca Raul", um tributo ao grande mestre Raul Seixas e ao Rock n' Roll.
      O trabalho da banda está focado no som e no texto, é uma banda tocando Raul Seixas, um show de rock pegado. E com esta proposta a Machina tem feito o público cantar junto em bares, teatros, festas, feiras.
      Fazendo um som competente, divertido, criativo e com alegria e cumplicidade com a platéia. O trio (que agora conta também com teclado e sax), tem prazer em subir ao palco, tocar, cantar e transformar o show em uma grande celebração.
A PARTIR DAS 22 HORAS LUAU DA GALERA.
INGRESSO ANTECIPADO NA SUNSET (até 22h de sexta)
ELAS: R$ 5.ELES: R$ 10.
INGRESSO NA HORA (A partir das 22hrs.)
ELAS: R$ 10. ELES: R$ 15"
      Se você for chegar mais tarde, também é possível garantir o nome na lista pagando preço de antecipado neste evento. Lembro que só entra quem tiver identidade e for mais de 16 anos.

Sábado, 19/05

      No sábado, lá na Colina, teremos uma bela festa com a banda Raztilho. É 5 pila pra elas e 10 pra eles. O bar abre as 23h.

      Outra grande atração deste final de semana é o Floriano! Sim, ele está de volta desde o começo de maio, agora localizado bem próximo onde era antes, no segundo andar da choperia Amsterdam. Vai ser a segunda festa desta casa clássica aqui de Santa Cruz, e nessa já traz a banda Blues Drivers para fazer o melhor do blues pro pessoal que for lá curtir o evento. Portanto, quem quiser ver um baita show, com excelentes músicos, fica a dica! Não achei fotos que dizem preço e horários, mas tem o evento no face pra quem quiser tentar mais informações - http://www.facebook.com/events/238482046256661/.

      São grandes festas, mas pra mim a principal atração deste final de semana vai ser na Legend! Sábado, teremos um grande tributo ao The Doors na casa. A Back Doors Band, que está ativa desde 1995, ou seja: mais de 15 anos de shows, vem tocar o melhor daqueles anos de loucura do Jim Morrison nos anos 60 e 70. Eu conheço pouco da banda, mas pelo que pude ver no vídeo que estão divulgando, e nos outros que estão no youtube, o negócio é absurdo!

      O vocalista, além de ser parecido, tem uma grande atuação e canta exatamente igual ao Jim. E não só ele, a banda toda é perfeita. Mais uma atração imperdível que a Legend traz pra Santa Cruz! Ingressos a 15 reais para homens e 10 para mulheres até a meia noite. Depois todo mundo paga 20. Vinte também é o preço do baldinho de Heineken até a meia noite, maneira perfeita de aquecer pra esse baita show!

As 20 Questões - Stefan Gillmeister

 Polêmico, sarcástico, trapalhão...
 Respondendo as 20 Questões da semana, Stefan "o cachorro louco" Gillmeister !

O Cachorro Louco!

  1.  Conte-nos um pouco sobre sua trajetória no rock:

Eu comecei em 98/99. Fiquei um tempão na Doctor Norman, tocando um pop rock... A gente compôs algumas musicas, tocamos bastante por ai, em várias cidades. Na época que na noite de Santa Cruz e região existiam bandas tocando rock, pop, reggae e etc. Mas eram músicos de verdade. E a gente era pago direitinho, tinha estrutura e tal... Foi muito bom...
Depois, com o fim da Doctor, eu fiquei um tempão sem ter banda fixa, mas sempre tocando por ai... Fazendo uma participação aqui, outra ali, projetos e tal, mais voltados ao metal. Até que lá pelos 2005 eu e o Pablo Melo começamos a tocar juntos no projeto Upside, que depois viraria a Vesana. Esse era um projeto liderado pelo Pablo, musicas dele e conceitos dele. Eu acabei saindo, mas a parceria continuou, tanto que um tempinho depois, na hora de montar a Devilcrusher e paguei 1 milhão de dólares pro Pablo entrar pra banda.     

Doctor Norman

2.       Você falou a respeito do inicio da cena rock. A cena melhorou ou piorou?

A cena mudou - algumas coisas estão melhores e outras precisam melhorar muito. Olhando num ponto isolado... Hoje pelo menos temos uma galera que segue as bandas, curte os sons feitos aqui... Temos bandas de qualidade, como nunca. Mas ainda tem um senso de competição muito grande, que eu pelo menos abomino... Música não é competição.
Mas temos, em Santa Cruz, pelo menos um lugar decente pra tocar. Muita coisa poderia melhorar de forma simples até (eu acredito), mas vou comentar apenas os pontos positivos...




3.       E qual é o grande problema que as bandas enfrentam atualmente?

TODOS. Tentando resumir, o maior é aquele sentimento que os promoters, donos de bares e etc, têm que estão fazendo um favor deixando a banda tocar, entende? Mas o pessoal precisa se unir e tal... Mas brasileiro não sabe fazer isso... Então... Poderia ficar a noite toda apontando problemas, mas eu prefiro dar uma "solução": levantem a bunda da frente do PC e façam as coisas por si mesmos... Gravem, toquem, ensaiem onde der... Organizem suas festas... E por ai vai...
Não to dizendo que isso não acontece... Mas é o jeito... Quanto mais, melhor... E não se entreguem de graça. Batalhar pra ter um trabalho de respeito e poder cobrar respeito depois!!!
Depois do Metal Open Air... Fica foda o negócio... hahahaha




4.       Falando em Metal Open Air acho que nunca na historia do rock se viu uma "várzea" tão grande quanto esta. Em todo esse tempo de underground, creio que a Devilcrusher nunca entrou em uma roubada destas?

 
Infelizmente não!!!  Hahahaha... A gente tem sido até bem sortudo, não rolam rios de dinheiro, mas os shows que fizemos por ai, têm sido bem tranquilos... A gente já se enfiou em alguns buracos, mas o público sempre compensa...
E digo infelizmente, por que teria sido bom ser convidado pro Metal Open Air (antes da merda toda acontecer).




5.       E a cena aqui da cidade esta unida? Ou isso é apenas utopia?

Bom... Falando do ponto de vista da Devilcrusher, posso dizer que sim. Temos feitos ótimos shows por aqui... Com outras bandas na noite, e tudo rola sempre muito bem. Respeito, colaboração... Claro que uns se puxam mais numas coisas que os outros, mas cada um usa as armas que tem pra chamar a atenção, e isso é válido... Agora todo mundo de mãos dadas, cantando pelas ruas “VIVA O ROCK DE SANTA CRUZ” pode esquecer... Não acontece aqui, nem em nenhum outro lugar do mundo... E nem acho q isso seja uma coisa a ser buscada... Mas enfim.






6.       Já faz acho que uns dois anos desde o primeiro EP da devil, o que mudou desde o lançamento do primeiro até agora em termos de composição na banda?

Composição, gravação, produção. Mudou tudo! Tanto é que tivemos que regravar muitas coisas mais "antigas", pois ao longo do processo fomos aprendendo e melhorando muita coisa. A estrutura básica das músicas é a mesma, mas mudamos o jeito de tocar, de gravar e de produzir. O aprendizado é constante. A vida de músico, que tem um emprego de dia, é mais complicada e tudo demora bem mais, pois encontrar tempo pra tudo é difícil. Mas posso dizer que estamos bem felizes com o resultado. Logo sai o cd completo. Acredito que pra download e mídia física, pros mais saudosistas...

Devilcrusher

7.       A Devilcrusher sempre foi uma espécie de "kiss" de santa cruz do sul em relação ao marketing da banda, sempre com um merchan maravilhoso, camisetas legais e um EP caprichado, além claro, dos dois vídeos muito bem produzidos. Quem é o cabeça o responsável por tudo isso?


Bah... Valeu. Mas isso só vem de experiências passadas, de muita observação e de encarar o negocio com seriedade. Encarar a banda como empresa mesmo - Gene Simmons total -. Mas acreditamos que tem que ser assim. Todas as bandas que gostamos, apesar de toda loucura, no palco e tudo mais, sempre trabalharam pra caralho... Ninguém é restart da vida: produtinho de prateleira. Usa e joga fora.
E foi isso que a gente buscou. Nada mais do que olhar com outros olhos o que os mestres fizeram e fazem... E tentar seguir o mesmo caminho. Com os recursos que temos disponíveis. Ai que entre o fator Avengers... heheh... Os integrantes têm suas habilidades nessas áreas... Eu faço o design das coisas... Logos, flyers, desenhos. O Dani programa o site e estratégias, e o Pablo produz e edita os vídeos e sempre ta ligado no que está acontecendo...
Essa união que tem dado certo. Banda é isso ai. Não adianta só tocar bem. Nos bastidores o negócio tem que rolar tão entrosado quanto no palco.
Ah, e o Mateus frita um pastel muito bala!!! Alegria depois do ensaio!!!


8.       Falando em Mateus, ele é o terceiro batera da banda se não estou enganado, como foi o processo de escolha de baterista e qual a diferença dele para os bateristas anteriores?

O nariz dele é maior. Ele consome muito mais oxigênio, o que o faz tocar com mais força... E com muito mais groove... E além de tudo, ele é um amigão de muito tempo... Nós já tocamos junto em outros projetos e sempre nos demos muito bem. Com o Pablo também. E ele vem de uma escola diferente... Aliás, todos nós temos gostos muito diferentes... Mas acho que isso que é o legal. O resultado dessas influências fica muito bom nas músicas.

Mateus Nariz e Batera

9.       E o novo EP, o que podemos esperar? Vai seguir a mesma linha do anterior, com pegadas de Bullet For My Vallentine com Exodus ou o que vai ser?

Pra começar, vai ser um álbum completo, com 10 ou 11 músicas. E ali tem muita coisa, tem thrash, tem peso, tem muita melodia... Mas no fim das contas ele tem muita unidade. As músicas estão com uma identidade Devilcrusher, o que foi algo com que a gente se preocupou. Será que não estamos viajando muito? Será que isso tem a ver com a banda? Mas no final das contas, ali vão estar as melhores músicas que temos, que nós mesmo gostamos... Se mais alguém gostar, ótimo!!!Eu e o Pablo dividimos os vocais em muitas músicas... Fazendo um lance legal, de interpretação. Eu curti muito!


10. Sua grande influencia é o Metallica, e tudo leva a crer que a Devilcrusher seguiria a linha de um vocal estilo James Hetfield. Quando surgiu a ideia de dividir os vocais com o Pablo? 

Quando a musica pediu. A gente sempre compôs cada um em sua casa, e o Pablo chegou com um musica pronta, onde ele cantava... Dai não teve por que ele não cantar. E assim começou... Ficou um lance bem interessante.

Amigos para sempre!

11. Qual foi o seu melhor e o pior show?

Bah cara, não sei se teve pior. Cada um foi massa de um jeito... Até quando não tinha ninguém assistindo. O melhor foi o último, o mais recente... Sempre vai ser, um melhor que outro... Não tem como comparar.


12.        Qual tua gata do rock favorita?

Rodrigo Jaeger

Stefan anda tendo sonhos molhados com o Galã !

13.  Tu pensa em divulgar a Devilcrusher pra fora do Brasil?


Na real nós já fazemos isso... Através do site. Temos visitas e downloads de varias partes do mundo. Não são muitos, mas alguma coisa. Fora isso fica complicado. Quando o CD estiver pronto, vamos enviar sim, para revistas, sites e etc, tanto do Brasil quanto de outras partes do mundo... Europa principalmente.


14.   Quando sai a nova musica de trabalho?


Acho que em maio ainda o CD inteiro fica pronto... Dai é fazer mais um clipe... Acredito que junho, será um mês bem importante. Mas é complicado dizer ao certo, pois muitas coisas não dependem só da banda... Horários, trabalho, verba... etc etc.
É foda.

Quem sabe faz ao vivo!

15.   Além de cantar e tocar você é um ilustrador, qual capa de disco você gostaria de ter feito?


Pra mim, quanto mais simples melhor...acho muito bom quando se consegue passar a ideia ou o sentimento, usando muito pouco. Mas Youthanasia, do Megadeth é foda. Uma das minhas preferidas... É uma ilustração com fotos, feita antes do photoshop. Se não me engano, pelo mesmo cara que fez algumas capas pro Rush.
E a capa que eu NÃO gostaria de ter feito é Dance of Death do Maiden. Que merda é aquela?

Uma de suas ilustrações

Aprovada!

Reprovada!

16.  O Stefan prefere:


Dave x James:
HETFIELD!!!


Load x St.anger:
Load                         


Explorer x Fly V:
Explorer... Mas V vem em seguida...




legend x sunset:
Sunset. Mas a ceva é cara nas duas...


Alexandre Frota x Serginho Malandro:
Serginho Malandro... Sempre.
De vareio!

17.   Se pudesse escolher cinco bandas para um festival, quais seriam ?


Vale a Devilcrusher? Bom... Tirando essa....Machine Head, Black Label Society, Krisiun, Lamb of God & Mastodon...
Ninguém extremamente grande, tipo Metallica ou Sabbath. Esse merecem seus shows sozinhos. Agora um festival com esse line-up ai... tá loco...


18.       O Stefan já:


1 - Perdeu a voz na primeira musica do show?
2 - Beijou um travesti?
3 - Tocou em uma banda emo ou derivados?
4 - Encheu a cara ao ponto de esquecer onde estava?
5 - Sentiu tesão por um pornô bizarro?


1 - Nunca perdi a voz em nenhum show... Mas quase desmaiei em alguns. Umas três vezes, se não me engano, de tentar cantar num tom muito alto e dar "teto". Credo... Quase fui ao chão. Imagina a cena... A última vez foi no dia mundial do rock ano passado, no show que tu participou. Isso sem falar em ter que sair correndo do palco, direto pro banheiro pra pintar a porcelana...


2 - Beijei travesti? Espero que não! Hahaha... só se mentiram muito bem...hahahaha


3 - Banda emo? Não sei se era emo... Mas era mais "pop", comercial, etc... Sim.


4 - A ponto de esquecer não... Infelizmente, por que já fiz, e principalmente falei, umas coisas bêbado, que gostaria de ter esquecido. Mas nada de mal...


5 - Quanto mais bizarro melhor... hahahahaha... Aquele das anãs holandesas que tu me passou, é demais!




19.   Qual disco daria ao seu inimigo?


Xuxa volume 5.

20. O que podemos esperar da Devilcrusher daqui pra frente?


Musica feita com sinceridade... E sem se preocupar muito com rótulos, entende...  A gente coloca o que gosta, o que acha certo, sem se preocupar com formulas e etc... E muita diversão, pois isso não pode faltar. Metal malvadão não eras. Isso é só pose... E quem faz pose, tu sabe o que é... POSER! Hahaha...