quarta-feira, 21 de março de 2012

Dona Godiva e Arkansas Storms - Sunset 16/03


A última sexta-feira contou mais uma vez com a Sunset trazendo bandas da região classificadas no Rei dos Gigs, sendo dessa vez duas bandas provenientes dos grupos extras, a primeira delas (Dona Godiva) entrou no concurso depois de assistirmos um bom show dos caras na festa I Love Hard Rock, e a segunda (Arkansas Storms) foi lembrança de leitores do blog.

As duas bandas eram de fora da cidade, a Dona Godiva de Venâncio Aires, e a Arkansas de Rio Pardo, e as duas eram ainda pouco conhecidas em Santa Cruz do Sul, e isso acabou influenciando para um público não tão numeroso quanto nas outras ocasiões em que bandas do concurso foram chamadas, mas ainda houve uma quantidade razoável de espectadores, sem prejudicar as apresentações.


Desta vez não conseguimos reunir três bandas com estilo parecido, e não gostaríamos de ver um evento cheio de “retalhos musicais” no line up, e assim, trazemos as duas bandas que tinham um estilo semelhante e toparam tocar na data em questão. Confesso que isso me deixou preocupado, mas acabou ocasionando uma ótima surpresa a todos os presentes, quando o Miguel Beckenkamp, que tocava no deck para o público mais “calmo” da Sunset, foi convidado a “dar uma palhinha” antes das bandas tocarem. Foi o melhor show da noite, me desculpem a gurizada, mas todos aqui sabem da qualidade do Miguel na guitarra, e associado ao set list, recheado com Pink Floyd, Dire Straits, Beatles, The Doors, Eric Clapton e outros grandes nomes que não me recordo agora, deu uma aula a todos os presentes, principalmente quando Sultans of Swing foi tocada.



Após isso, enquanto a platéia ainda digeria o baita show que tinha visto, a Dona Godiva montou seu equipamento e deu início ao seu. A banda trouxe um set list diferente do que se tinha visto da última vez, que como a própria banda havia dito, tinha sido feito especialmente para a festa dedicada ao hard rock. Clássicos do rock n’ roll formaram a primeira metade do set list da Dona Godiva, e a execução deles me deu a sensação de que a banda manda melhor neles que no hard rock que tocaram do meio pro fim de seu show. Fortunate Son, do Creedence, foi muito bem tocada, e apesar desse tipo de música não ser um enorme desafio técnico para a banda, pro vocal é outra história, e nesse quesito a Dona Godiva está muito bem servida. Além de Creedence, tocaram Elvis, Raul e alguns outros que não anotei.



A banda cometeu alguns erros, principalmente quando do meio pro fim do show, quando tocaram hard rock ( que todos sabem que sou fã, e por conseqüência, chato quanto a isso.. J), mas foram na maioria coisas que dão errado de vez em quando pra qualquer banda. Usando os dois shows que assisti da banda pra avaliar, posso dizer que a banda tem bons guitarristas, e quanto ao baixo e bateria não posso fazer grandes avaliações porque não entendo tecnicamente dos instrumentos.

Resumindo a ladainha, a Dona Godiva, na minha opinião, é uma boa banda, acima da média geral que vejo por aí, e que ainda tem muito mais a crescer. “Cojones” pra isso os caras tem, porque precisa coragem pra tocar Starway to Heaven, e acho que é tudo uma questão de tempo pra encaixarem o que ainda falta.   



A segunda banda da noite foi a Arkansas, uma banda surpreendente pela pouca idade da gurizada, todos menores de idade (saudade dessa época...), acho que com exceção da vocalista. A banda tocou músicas de vários estilos diferentes, me recordo no momento de Legião Urbana, Paul McCartney, Guns N’ Roses, Nirvana (L) e Pink Floyd. A avaliação que eu faço da banda é positiva, pois são uma banda nova, e não adianta exigir perfeição técnica de quem é iniciante (independente da idade) e sair por aí e ver gente tocando na noite santa-cruzense que há dez anos canta errado, erra o mesmo solo ou virada na mesma música.

Com alguns erros, mas nenhum gravíssimo, a banda fez o seu show, que teve como melhor momento a execução de Sweet Child O’Mine, que com o vocal feminino fica mais tranqüila de executar. Uma dica que eu dou pra banda é de usar melhor o potencial de uma vocalista na banda. Não sei se é por gostos pessoais, acredito que sim, que a banda tocou muitas músicas que não caem tão bem no timbre agudo de sua vocalista. Nirvana é um exemplo, que ficou um pouco estranho. Já quando a banda foi mais pro hard rock, onde o timbre agudo é algo básico, tudo saiu muito melhor. 

A Arkansas Storms é uma banda iniciante que já tem mais habilidade que algumas bandas da região tinham quando começaram, e música é prática, repetição, ensaio, estudo e “feeling”, acho que a gurizada está no caminho certo.




2 comentários:

  1. Meu caro Marcio!
    Cara acho que vc fez um equívoco quando fala de timbre,pois vc deveria falar de extenção vocal.Concordo que alguns tons não estavam adecuados a vocalista da Arkansas, porém em elação a Banda Dona Godiva eles foram muito superiores musicalmente, a Godiva tem serios problemas de rítimo que é um dos pilares da musica, fora alguns erros grotescos de harmonia, que podem ser corrigidos com estudos direcionados. Tua dica pra Arkansas é falha pois não queremos uma banda que faça cópias( imitações) das musicas, e sim uma boa interpretação dos couvers. As duas Bandas precisam evoluir sim, mas o começo é assim mesmo, com erros e acertos. me identifiquei muito com as duas bandas. Abraço a todos!

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  2. Meu caro Marcio!
    Cara, acho que vc fez um equívoco quando fala de timbre, pois vc deveria falar de extensão vocal. Concordo que alguns tons não estavam adequados a vocalista da Arkansas, porém em relação a banda Dona Godiva, a Arkansas foroi muito superiores musicalmente, a Godiva tem sérios problemas de ritmo, que é um dos pilares da música, fora alguns erros grotescos de harmonia, que podem ser corrigidos com estudos direcionados. Tua dica pra Arkansas é falha pois não queremos uma banda que faça cópias( imitações) das músicas, e sim uma boa interpretação dos covers. As duas bandas precisam evoluir sim, mas o começo é assim mesmo, com erros e acertos. Me identifiquei muito com as duas bandas. Abraço a todos!

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