sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Agenda: Night Stalkers na Legend, 23/02

Foto "do tempo que a gente fazia cara de malvado e era bonzinho. Hoje fazemos cara de bonzinhos e somos malvados", segundo o Dé.
      Grande festa  na Legend! A volta de uma das maiores bandas da década passada aqui na região - a Night Stalkers. O clássico grupo formado por Porto nos vocais, Gabão no baixo, Jô nas guitarras e Dé na bateria irá se reunir para reviver grandes clássicos do rock durante duas horas de show. Led Zeppelin, Deep Purple, Black Sabbath, AC/DC e - talvez até - suas músicas próprias vão dar a cara do show.

      Após um grande show na Sunset no começo do ano passado, quase 12 meses depois a Night Stalkers diz que dessa vez voltou ainda mais preparada para tocar o melhor do  rock clássico. A expectativa, de músicos e do público, é grande. Aguardo uma noite histórica!

      Pessoalmente, gostaria de dizer que foi escolha minha essa atração para a noite de sábado, pois dia 23 é meu aniversário! Será festejado na Legend com a banda que me fez gostar dessa vida de rock and roll. Mas, ainda para comemorar o meu "assoprar de velinhas" terá uma participação especial da minha banda - Stiflers - após o show dos Stalker's. Faremos um set list rápido com algumas próprias, Matanza, Velhas Virgens e uns rock and roll pesados. Pra quem aguentar até o fim da noite, recomendo muita animação para agitar durante a nossa apresentação.

      Como gosto muito de todos - até dos anônimos que disseram que eu não tenho capacidade de ter uma banda- digo que existe uma lista sendo feita NESTE EVENTO para ter nome na entrada e ganhar o ingresso revertido em consumação de 30 reais. Podem confirmar presença até hoje as 17h. Serve só para homens, já que as mulheres tem entrada de graça até a meia noite. Para os fora da lista, o preço é 15 reais. Já após a meia noite, 15 para mulheres e 25 prus homi. Além disso, caipira dose dupla até a virada do dia e Davi será o DJ.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Rock regional novamente em luto - Tom Waechter


      O músico santa-cruzense Tom Waechter morreu ontem em sua casa no interior da cidade. Após longa carreira, ele se despede pouco tempo depois de ter gravado algumas novas canções no estúdio Boca de Sons. Uma grande perda de um nome importante que vinha fazendo a diferença desde antes dos anos 80.

      Tom era conhecido por tocar em bares da região, em alguns eventos no espaço Camarim e, em praticamente todos os Dias Beatle. Antes disso, participou de importantes bandas, tocando no começo de sua carreira com Veco Marques, hoje do Nenhum de Nós, e Xandi Lucchese, do qual falei aqui tempos atrás, na banda Harpas, famosa por ter participado do festival no Léo Clube, nos anos 70.

      Além disso, teve carreira em São Paulo, Florianópolis e Vacaria. Aqui na cidade, participou de gravações da Íris Ativa, Manos Brothers e outros. Seu último grande show foi em 2011, em uma edição sua do Lá no Camarim. Estive lá e presenciei este momento emocionante, com várias grandes figuras do rock daqui e com Tom sendo a grande estrela, festejando seus quase 40 anos de carreira.

      A tarde de hoje foi de despedida. Muitos grandes músicos da cidade se reuniram para celebrar a passagem dele para um lugar melhor. Miguel, Marcelo e Drurys tiveram a responsabilidade de homenagea-lo tocando algumas de suas músicas e covers que ele tradicionalmente tocava. Boatos já surgem de que um show em sua homenagem será feito, no qual suas grandes músicas serão relembradas. Segue aí algumas delas... Grande abraço, amigo! Vá em paz...

Duas da recente parceria com Ricardo Vogt, gravadas no estúdio Boca de Sons.




sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Review Discografia do Rock Gaúcho - Parte 2

As fotos desta matéria foram retiradas do flicker da Acústicos e Valvulados, da página do Opinião e sendo estas últimas de  Aline Jechow

    Voltando pra terminar o que comecei, venho comentar a terceira noite da Discografia do Rock Gaúcho, já havia feito uma introdução sobre o projeto e comentado os primeiros shows aqui, por isso vou direto ao ponto dessa vez.

Acústicos & Valvulados    A terceira noite era dedicada às apresentações de dois nomes de muito peso entre quem é mais jovem, e curtiu a sua adolescência nos confins dos anos 90, uma época em que os lançamentos dos Acústicos e Valvulados e da Tequila Baby eram soberanos nas rádios gaúchas, e frequentavam também as emissoras do outro lado da fronteira. Os discos escolhidos o foram por lógicas diferentes, enquanto Acústicos e Valvulados escolheu seu álbum de estréia (e que baita disco), a Tequila Baby resolveu mostrar o seu trabalho mais recente, disco feito com a atual formação da banda.

    Subindo ao palco pontualmente às 22 horas, para um Opinião totalmente lotado, o que era um fato ainda inédito nos shows de abertura que lotaram sempre no decorrer, os Acústicos tinham um set list incrível a tocar. O disco homônimo, lançado em 99, e que abriu as portas do meio musical para a banda trazia alguns dos maiores sucessos: O Dia D é Hoje, Fim de Tarde Com Você, Até a Hora de Parar. Com todos os ingredientes para um ótimo show arranjados, só restou curtir e cantar junto quase todas as músicas e mais uma vez curtir alguns trabalhos que pouquíssimas vezes foram tocados ao vivo.

Acústicos & Valvulados

Acústicos & Valvulados

Acústicos & Valvulados    Um pouco mais de uma hora de show da Acústicos, tivemos ainda um bis com Suspenso no Espaço, e relembrando o momento, fica a constatação que a ausência de Remédio (um dos grandes sucessos), nem foi sentida na hora, depois de um puta show de rock n’ roll.

    Esperando o palco ser armado, ficou nítida a movimentação do público, que enquanto fãs da Acústicos largavam as grades e ia para o fundo da casa, os fãs da Tequila vinham para frente, e literalmente brigavam por um espaço na grade. Nesse momento fica claro que apesar de não aparecer mais tanto na mídia, a Tequila Baby se mantém fiel ao seu punk rock, e continua sendo a porta de entrada pra muitos adolescentes no mundo do rock. Não sou grande fã da banda, conhecia apenas os sucessos, e estava curioso pra ouvir o novo disco dos caras, e estando ali na frente, na grade (pois estava de guarda-costas de uma certa fã de Tequila), não tinha idéia do que me esperava.


    Mais uma vez, pontualmente às 23 e 30, Duda Calvin adentra o palco de calça jeans, camiseta preta, jaqueta de couro e óculos escuros, em um calor que facilmente passava dos 35 graus. Certo ele, pois já disse Niki Sixx: “Não adianta querer ser um rockstar e se vestir como um roadie”. Brincadeiras à parte, me surpreendi demais com o novo disco do Tequila. Ele é realmente muito bom, “Por Onde Você Andava?!” ainda tem a essência que a banda sempre teve, apesar de me parecer numa primeira audição um disco, no geral, mais calmo. O punk rock da Tequila é quase uma entidade no RS, e o show atraiu gente de idades muito variadas, no fim do show, já no bis, em “Sangue, ouro e pólvora”, eu vi uma roda punk com gente entre 14 e 30 anos... Algo que eu acho que só a Tequila Baby consegue fazer. O bis ainda teve Velhas Fotos e 51.









    A sensação que ficou foi a de ter assistido a melhor noite até então no projeto... Mas o dia seguinte ainda prometia...


Agenda: Íris Ativa na Legend


      Pouca coisa acontecendo. Mais uma semana seguida que divulgo a agenda diretamente com o nome da festa que irá ocorrer. Sim, a Sunset aparentemente largou do rock. Lá, nas nossas clássicas sextas, agora vemos pagode, funk, black music e outras coisas do tipo.

      Felizmente não era a única casa de rock. Não ficamos, mais uma vez, na mão. Tem ainda a Legend, onde no sábado teremos festa com uma das mais clássicas bandas de rock da cidade.

      Íris ativa se apresentará, fazendo o seu show para a animar o público. Certamente uma noite de muitas clássicas do rock internacional e nacional. Além disso, a ótima presença do Tiago Eick como DJ e caipira dose dupla até a meia noite.

      Para fazer parte dessa festa, as mulheres que chegarem até a meia noite não pagam. Após isso, pra elas é 15. Eles, antes da virada de dia pagam 15 e depois 25.


      Mas, não pensem que vão se safar por este sábado o dia ter uma hora a mais. O horário de verão será mantido para as promoções.

     Além disso, pouco para se falar. A Lobos da Estepe, de Rio Pardo, vai tocar no Adrenaline em Butiá. Caso alguém esteja por aquela região, é uma boa opção. Ah, e ouvi falar que o LABARCA SHOW CLUB vai fazer uma festa anos 70/80 no sábado... Sei lá, né? hahaha... Hoje tem Banda Magia! o/

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

As 20 Questões - Giulio "Pimpolho do Rock" Mello



Respondendo as 20 questões, Giulio: o famoso Pimpolho do Rock.
Giulio"pimpolho do rock"Mello

1.       Quem é Giulio Mello?

      Não sei me definir, mas sou mais normal do que a maioria das pessoas pensam. Sou apenas um rapaz latino americano sem cheiro e nem sabor.

2.       O que te levou a sair da Sick Nation?

      No meu ponto de vista para uma banda dar certo todos precisam ter o mesmo objetivo, para os outros integrantes tava bom do jeito que tava, e achei mais que justo eu sair da banda, continuo amigo dos guris, e até acho que o Dilson se encaixou melhor na banda que eu. Me diverti muito, e aprendi muito também, desejo sorte pra eles, e que seja feito o punk rock!
Sick Nation é Punk Rock até os Ovos

3.       Como surgiu a ideia de formar a New Plague?

      Essa pergunta seria melhor respondida pelo Lucas, durante um treino de karatê ele me comentou que tava procurando um guitarrista para a banda que ele tava montando, e pergunto se eu não queria fazer um teste, eu me interessei pelo projeto conheci o resto do pessoal e o som fluiu perfeitamente.
Lucas, vocalista da New Plague e ninja da cachaça

4.       Você tem algum ídolo?

      Tenho sim, Raulzito foi o cara que me fez conhecer o rock, que me boto as primeiras interrogações na minha cabeça, ele que me fez procurar por muitas musicas, e sem duvida ele é uma das minhas mais fortes influencias, assim como, Bob Dylan, Joey Ramone, Sabotage entre outros...
debulhando na strato

5.       Mesmo com pouco tempo de existência a New Plague já conquistou uma boa base de admiradores e se classificou para tocar no Grito Rock, o que você achou do festival?

      Bah foi muito massa a oportunidade de tocar nesse festival, é uma coisa diferente, não é aquela mesma coisa de sempre, com as mesmas bandas, é um festival bem foda com bandas de diferentes estilos dentro do rock, o que eu acho muito bom, espero me divertir, fazer um bom show, curtir um som e era isso.
New Plague é a revelação do rock

6.       O que você faria pra mudar a cena rock da cidade?

      Unir mais o pessoal realmente seria a melhor saída, o que eu vejo é que quando a festa é de um estilo, a galera que é do outro estilo não comparece e vice versa, uma tolice por parte do pessoal, porque em ambas as festas poderiam ter mais publico e ficaria muito mais fácil organizar festivais independentes.

7.       Você já foi um adepto ao movimento punk,  você não acha que é meio contraditório pessoas que se dizem punks não respeitarem  fãs que gostam de outros estilos dentro do rock?

      Nunca me auto-denominei punk, sempre curti o movimento, e o estilo musical, mais fui muito pouco ativo politicamente dentro do movimento, até porque não são todas as idéias que eu concordo, mais se alguém realmente não respeitar é muito contraditório. Mas quando eu falo que não gosto de Motley Crue é só pra zoar com o Top.
moicano muito doido

8.       Quais foram suas primeiras influencias musicais?

      Raul Seixas, como já tinha dito antes, Ramones é a banda mais importante na minha vida, foi por causa dela que resolvi que queria toca, ela é responsável por toda minha formação e é até hoje a minha principal inspiração, e também tem o AC/DC que pra mim é a maior banda de rock que existe. Acho que esses 3 foram os primeiros.

9.       Se fosse para ser integrante de qualquer banda, qual seria?

Sepultura.

10.   Avalia de 0 a 10 os seguintes guitarristas, sendo 0 um roéla e 10 um guitar hero:

Angus Young: 10, o cara toca na maior banda de rock que existe, e ter o pique que ele tem nos palcos não é pra qualquer guitarrista;
Traci Guns: 5;
Donida: 5;
Edgar Scandurra: 8, o cara tem sua história;
Andreas Kisser: 8.

11.   Conta a lenda, que mesmo você sendo considera o pimpolho do rock, já sofreu overdose e participou de orgias sexuais, isso confere?

      Mais que jeito home, esse negócio de orgias sexuais é com astros de hard rock, e as overdoses não passam de lendas.
"orgias sexuais é com astros de hard rock",  sim, e esse trenzinho  colorido é o que ?

12.   O Giulio já:

Beijou outro integrante de banda na boca? Lenda;
Teve uma overdose? Lenda;
Frequentou o Vitrolão Rock Bar? Sim, quando meu irmão me levou;
Pulou o muro da Sunset pra não pagar a comanda? Não pulei, mas ajudei o meu amigo que pulou, quando os seguranças agiram de forma abusiva;
Foi expulso da zona? Mas de que jeito, o Iven é dono da zona que eu frequento.
Pimpolho do rock e seu companheiro Iven (guitarrista, catador de latinha e dono de whiskeria)

13.   Avalie de 0 a 10 as seguintes bandas: 

Olho seco: Grande banda merece nota 8;
Garotos Podres: boa banda merece 8 também;
Dance of Days: Banda muito foda, talvez a banda independente mais foda do Brasil merece 9;
Krisium: Muito boa mas não escuto muito então merece um 8;
Fresno: Já foram mais murcilhas, hoje em dia até curto uns sons, nota 7.
pera, uva, maçã ou salada mista????

14.   Muita gente não sabe mas você chegou a disputar muitos campeonatos de skate, e deixou de lado uma carreira promissora no esporte, conte nos sobre isso.

      Skate é estilo de vida, passei muito tempo andando de skate, mais o problema é que o pessoal esqueceu a verdadeira vibe do skate, eles esqueceram que skate é muito mais do que um saber andar melhor que o outro, é muito mais que você ganha uma medalha em um campeonato. E está cada vez pior, mas sempre vai te aqueles que vão levar o skate com sua verdadeira ideologia e vão representa muito bem o carrinho. Desisti de andar pra ser profissional, mais sempre vou ser skatista estando ou não andando, como já falei skate é estilo de vida.
radicalizando no skate

15.   Alem de tocar guitarra, você hoje é um praticante de Karatê. O que te levou a treinar esta arte marcial e o que o Karatê representa hoje na sua vida?

      Sempre quis faze alguma luta, e o karatê pra mim é a mais completa, e depois que você entra e vê como é treinar, que não é só chegar e bater, tem toda uma concentração, saber se controlar é muito massa. To há algumas semanas sem treinar, mais logo vou voltar, o karatê é bem importante pra mim, gosto muito de treinar e lutar.

16.   Na sua turminha de rockeiros, vocês costumam usar gírias e vocabulários específicos, um das coisas que vocês costumam repetir muito, é a palavra “murcilha”. Afinal de contas, qual de vocês é o cara que leva mais “murcilha”?

      Na minha ''turminha de rockeiros'' eu acho que ninguém leva murcilha. Não sei da vida particular de cada um, mais o Iven tem um jeito meio estranho... UAHSUAHSUAHS, to zuando.
murcilha, ser ou não ser?

17.   Quanto tempo faz que você não usa as seguintes drogas:

Maconha:
pó:
cola de sapateiro:
cachaça:
liquido de solda:

      Bah, mas o Top pensa que eu sou o mais drogado, não vou responde essa pergunta, mas cola de sapateiro realmente faz muito tempo AUHSUAHSUAHSUHAUSH
Drogas, tô fora!

18.   Se fosse pra levar algum disco para uma ilha deserta qual disco seria?

Desire - Bob Dylan

19.   Qual foi o pior show que você já fez?

      O ultimo com a Sick Nation no Ellite Rock.

20.   O que podemos esperar da New Plague e quem é o cara mais “liludo” da cidade?

      A New Plague agora vai grava um material, estamos preparando um clipe, e podem esperar um som pesado e criativo, é isso, e a lenda diz que o mais liludo da cidade é o TOP GUN.
Giulio na companhia de seu amigo "liludo"

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Review - Grito Rock (noite 2)


      Santa Cruz gritou rock nos últimos dias. Enquanto grande parte da população está ligada no Carnaval, lá na Legend o público rockeiro lotou as duas noites do Grito Rock e fez uma baita festa! O review da loucura de sexta-feira já foi relatado ontem, mas sábado merece tanto destaque quanto a primeira noite. Mais quatro bandas e uma agitação poucas vezes vista neste bar de Santa Cruz. O evento foi foda e aguardamos ansiosamente pela próxima edição em 2014.

      A salvação da música ruim. A alternativa ao Carnaval. Mais uma vez, choveu e isso fez com que o público chegasse mais tarde. Quem passava pela frente da Legend pelas 23:30 achava que seria uma festa vazia. Mas, entrando na casa quando a primeira banda da noite subiu ao palco, um pouco depois da 00:30, se viu o espaço lotado. Ventores abriu os trabalhos. Vindos de Santa Maria, tocaram seu som de muita qualidade. Influenciados  por bandas de rock dos últimos anos, durante uma hora executaram o set list recheado de músicas autorais que já animavam os presentes na frente do palco.

Em um festival marcado por power trios, cinco caras no palco chegou a ser estranho
      Em uma parte do show, a Ventores chamou o Davi - vocalista da Forte Apache, que tocou na sexta feira - para uma participação especial dividindo os microfones com o vocalista. Essa parceria mostra bem o espírito do Grito Rock. Um grande momento!

      Diferente da primeira noite, o espaço interno estava bem lotado durante já o primeiro show. No segundo, que era da porto-alegrense Quarto Sensorial, ficou difícil se mexer por lá. E, como a banda foi a mais exaltada atração dos dois dias, gente não parava de entrar e se apertar pra poder ver um pouco desse power trio instrumental. Realmente, Quarto Sensorial foi um sucesso absoluto na Legend! Os três caras surpreenderam todo mundo. E, também foram surpreendidos pela boa recepção do público. Um show fantástico! Os integrantes mandavam muito bem nos seus instrumentos e seu som com diversas influências agradou a todos.

Três caras que fizeram todos ficarem de boca aberta assistindo o show
     Durante as músicas era um silêncio total das pessoas apreciando o excelente trabalho dos caras. Ao final de cada uma, os gritos e aplausos eram enormes. Até o momento, não havia tido bis em nenhuma das bandas. Por causa do tempo ser apertado, cada uma fazia seu show e saía do palco. Porém, a Quarta Sensorial não teve jeito. Acabando a última música - Baile no Manicômio, ótimo som!! - todos presentes na Legend juntos começaram a pedir por mais uma. Após o show, foram tratados como rockstars, tirando fotos e dando autógrafos. Os CDs que eram vendidos na banquinha do Zaka a 10 reais, se esgotaram. Espero um dia que a Legend traga eles para um show só durante a noite inteira. Público vai ter!

      Após essa baita atração, admito que passei um pouco da conta com a bebida e não lembro muito. Os dois últimos shows, Diatribe e New Plague, quase não vi. As duas bandas de Santa Cruz encerraram o Grito Rock deixando a Legend com um clima bem diferente daquele que é o habitual. Rodas punk, mosh, gurizada pulando e curtindo muito os sons. O som mais pesado fez com que o público se soltasse mais e participasse da animação que era transmitida do palco. A Diatribe, banda com anos de estrada, tocou seu hardcore próprio, já a New Plague, que está começando agora, fez algo mais para o new metal. Dois shows ótimos para encerrar esse grande evento!

New Plague fez sua estréia fechando a segunda noite do Grito
      Grito Rock surpreendeu pela alta qualidade das bandas, o grande público e a ótima organização. Todos estão de parabéns! Tamarindo, Forte Apache, Badhoneys, Petit Mort, Ventores, Quarto Sensorial, Diatribe e New Plague ficaram marcadas na história do rock de Santa Cruz após esse fim de semana. Tenho certeza que a cidade aguardará ansiosa pela próxima edição! E... CHUPA CARNAVAL!

Roda punk foi o encerramento perfeito para o Grito Rock Mundo 2013 em Santa Cruz

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Review - Grito Rock (Noite 1)


      Em meio a festa popular que mais movimenta o Brasil, aqui em Santa Cruz vários blocos se reuniram e foram para clubes. O Carnaval é sempre assim, muita música ruim e pessoas bêbadas. Mas, existe um bloco diferente. Daqueles que apreciam originalidade e qualidade. São poucos, mas fazem a diferença. A gurizada alternativa, que curte um rock and roll, que aprecia a cultura de décadas anteriores e apoia trabalhos independentes produzidos na nossa época. Esse pessoal não estava vivendo o Carnaval. O lugar desses é no Grito Rock. É na Legend!

      E, mesmo com a chuva que caiu no começo da noite até quase a entrada da madrugada, o público foi grande. Ambiente externo e interno da casa de rock da cidade estavam lotados! O estilo era diferente daqueles que se costuma ver na Legend. Um pessoal mais novo. Muitos interessados em conhecer novos sons que veriam logo mais no palco. O clima estava ótimo! A expectativa agora eram as bandas.

      Abriram a noite as bandas locais. Primeiro subiu ao palco, pouco após 00:30, a Tamarindo. Power trio santa-cruzense que conta com Diego nos vocais, Bada no baixo e Silva na bateria. Pela primeira vez eles fizeram um show apenas tocando músicas próprias. Uma grande surpresa! Gostava dos covers que faziam parte do set list, mas é muito bom ver a evolução deles como banda e como músicos. Foi um ótimo show, contando já com composições autorais que estão se tornando conhecidas. Destaque para as músicas Borbulhante e Eu Sempre Gostei Mais do Lado B. Visível a total influência do grunge lá do começo dos anos 90.

      Após o termino do show, que teve menos de uma hora e apenas seis músicas, foi anunciado que a Forte Apache e o Espiral entraria no palco em 15 minutos. Demorou mais do que isso, mas o show começou ainda antes da 1:30. Mantendo Silva na bateria e levando Diego para o Baixo, a segunda banda da noite teve Davi nos vocais e Éder na guitarra. Inevitável lembrar da Chá das Cinco por contar com o mesmo vocalista, mas a Forte Apache já de cara se mostrou bem mais pesada e com letras mais fortes. Cheios de atitude, os caras tocaram várias canções agitadas em quase uma hora no palco. Os backing vocals eram muito bem utilizados, como também os solos de guitarra . Destaque para as músicas A Cara a Tapa, que teve no seu começo uma referência a contratação do Barcos pelo Grêmio, e Aos 30. Todas sempre marcando pela sua letra e a atitude dos músicos no palco, que culminou em uma destruição da bateria pelo Davi no final do show.

Pouco antes da destruição da bateria, que seria remontada pacientemente pelo Silva
      Com um pouco mais tempo de demora entre os shows, veio a terceira atração da noite. A porto-alegrense Badhoneys, outro power trio. Mas, invertendo o que viemos na Tamarindo, agora a mulher que tocava guitarra e cantava, enquanto o homem ficava no baixo. E, era uma das atrações do show essa diferença no palco. O baixista devia ter uns dois metros de altura. Ocupava grande parte do espaço para os músicos! O instrumental era muito bom. Bem pesado e com bastante qualidade. O espaço interno da Legend ficou lotado para ver a apresentação da Badhoneys. Das letras, pouco se entendia. Mas, valeu a pena conferir esse show de uma banda com bastante personalidade, que tocou suas próprias composições e agitou o público, já próximo das três da madrugada.

O enorme baixista solava constantemente, preenchendo bastante o som com muita qualidade
      Eu tinha medo, antes do começo da festa, de que os shows fossem acabar muito tarde. Quatro bandas em uma noite só costuma ocasionar grandes atrasos. Porém, não foi o que aconteceu. Com uma organização muito bem feita, a última banda subiu ao palco no ápice da noite. E foi na hora certa!

      Os argentinos da Petit Mort, mais um power trio no mesmo formato da banda anterior, surpreenderam a todos. Foi o grande show da sexta! Um som pesado, misturando vários estilos, mas chegando mais próximo de um metal. Muita gente batendo cabeça e curtindo o som deles. A vocalista, com um vestido azul e cabelo curto loiro, era baixinha e pulava pelo palco. Gritava no microfone e agitava o grande público ainda presente na Legend. Se o pessoal estava meio parado antes, se soltou nesse último show. Muita gente gritando, aplaudindo e curtindo o som dos músicos de Buenos Aires. Durante algumas músicas eles tiveram a participação especial de outro guitarrista. Neste momento, o instrumental, como solos de guitarra e baixo, chegou ao seu auge! Banda muito boa mesmo!


Participação especial na animada banda Argentina
      Mas, vale destacar que a moça dos vocais também mandava bem na guitarra. Petit Mort ficou marcada na história da Legend e de Santa Cruz. Um show que me surpreendeu muito mesmo. Parabéns a banda e para aqueles que trouxeram ela. Já valeu o feriadão de Carnaval.

Como disse, animada banda. O ótimo baixista, não parava quieto no palco
      Saldo totalmente positivo nesse primeiro dia de Grito Rock. Hoje a noite tem mais! Quarto Sensorial, Ventores, Diatribe e New Plague. Quem ainda não tem ingresso, pode comprar antecipados por 10 reais na Pizza You, Alabama e Brasil Urbano. Ah, vale destacar que tem banquinhas vendendo produtos para rockeiros pela Legend. Trate de levar uma grana extra pra noite. Vale a pena!

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Grito Rock Mundo 2013 na Legend


      Para muitos, hoje marca o início do Carnaval. Para outros, apenas um feriadão. Mas, para a gurizada do rock independente de Santa Cruz, será um grande momento. O Grito Rock Mundo terá sua edição na região hoje a noite na Legend. Mas, isso não é o bastante - a festa continua amanhã! Um total de oito bandas farão esses próximos dois dias serem históricos para o rock da cidade.

      Sobre o evento, muito já se falou. Tivemos um post divulgando a inscrição das bandas, e ao longo dessas primeiras semanas de 2013, foram divulgadas, uma a uma, as atrações que tocam hoje e amanhã no palco da Legend Music Bar. E, a cada momento, tinha certeza maior de que precisaria estar presente em ambas as noites. Por isso, adquiri meu passaporte por 15 reais. O mesmo ainda pode ser feito na Alabama Rockstore, na Brasil Urbano ou na PizzaYOU. Quem preferir ir apenas um dia, o valor é 10 reais. Na hora será 20.

      Começando pela noite de hoje, vamos ao serviço e as atrações:

Sexta, 08/02

     Logo mais, na Legend, teremos quatro bandas se apresentando. De Santa Cruz, tocam a Tamarindo e a Forte Apache e o Espiral.  Sobre a primeira, muito já falamos por aqui. Na ativa desde o ano passado, é um power trio que tem influencias do som dos anos 90, grunge e metal. Um show que gosto muito de assistir e o único que já vi das atrações da noite de hoje. A Forte Apache e o Espiral eu não conheço, se não me engando, o Grito Rock será a sua estréia. Apenas sei que é composta pelo Davi nos vocais, Diego e Silva (ambos integrantes da Tamarindo) fazem baixo e batera, respectivamente, e Éder Nanaco na guitarra. Duas bandas que estão investindo no som próprio. Vale a pena dar uma conferida no que está sendo feito por aqui na noite de hoje.

      Porém, não é só de bandas locais o Grito Rock. Nem perto disso! De Porto Alegre vem a Badhoneys, e - vejam só! - de Buenos Aires receberemos a Petit Mort. Ambas as bandas contam com vocal feminino, um detalhe que fará a diferença nos nosso ouvidos sem dúvida alguma. Aguardo ansioso para saber mais sobre o som delas.

      A festa começa hoje as 22h e, minha expectativa é de amanhã já colocar no ar o review do que já rolou. Portanto, fiquem ligados no blog e no nosso twitter, no qual irem publicar comentários e fotos ao vivo lá da Legend.


Sábado, 09/02

      A noite de amanhã seguirá o mesmo formato da de hoje. Duas bandas de Santa Cruz e duas de fora. Começando pelas da cidade, teremos a clássica Diatribe e a novata New Plague. A primeira, já é uma tradicional banda da região. Na ativa desde 2004, muitos shows fez por aí, marcando sempre pelo seu som rápido e suas letras fortes. Já a New Plague, estreou na cena local final do ano passado e tem influências de new metal. Ainda sem material gravado, mas já tem composições próprias que poderão ser vistas na noite de amanhã no palco da Legend.

      As atrações de fora da noite de sábado são duas bandas que eu gosto muito. Começando pela Quarto Sensorial, um power trio de Porto Alegre que eu tive a oportunidade de assistir no Psicodália, na virada do ano. Uma banda instrumental incrível, que surpreende a cada música! Já tem um ótimo trabalho gravado, no qual podemos ouvir todas as suas diversas influências. Eles vão da música latina até o rock progressivo, e fazem isso como se fosse a coisa mais normal do mundo. Um show imperdível!

      Já a Ventores é uma conhecida da região, pois nos seus primeiros shows já passaram pela cidade e tocaram no saudoso Vitrolão. Os caras são de Santa Maria e estão juntos desde 2008. Hoje em dia, pelo que me falaram, a banda se encontra em uma situação bem diferente e investindo muito no trabalho autoral. Tenho grande de curiosidade de rever essa gurizada e prestigiar mais uma grande atração do Grito Rock!

      Para mais informações, segue o perfil da Hoo Ha Rock e o EVENTO. É um baita momento para Santa Cruz. Se afaste do Carnaval e venha curtir o melhor do rock produzido por aqui e pelo mundo lá na Legend!

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Review Discografia Rock Gaúcho - Parte 1

Fotos da página do evento, por www.gustavovara.com.br/, outros créditos nas legendas.

Edições já realizadas
    A produtora Olelê Music mantém há um bom tempo já o seu projeto chamado Discografia Rock Gaúcho, uma baita idéia, que foca não na carreira completa do artista, mas em algum álbum seu, de escolha do artista, que é tocado na íntegra e na ordem em que foi lançado no disco. O projeto já tem uma boa história, e eu já havia prestigiado a edição que contemplou a Rosa Tattooada, e foi uma baita noite.

    O ponto forte do projeto, na minha opinião, é propiciar que músicas nunca antes tocadas normalmente nos shows, seja pela primeira vez vistas ao vivo. Naquela ocasião, a Rosa tocou o Carburador, e pelo menos 3 músicas se encaixaram nessa situação. Mas é claro, sempre sobra um tempo pra tocar aquelas clássicas que não podem faltar. O resultado disso tudo é um prato cheio, e delicioso, pra quem é fã da banda escolhida na ocasião.

     Acontece que 2013 fomos abençoados por uma ótima idéia da prefeitura de Porto Alegre. O projeto Porto Verão Alegre, um conjunto de atividades culturais e esportivas desenvolvidos para quem fica pela cidade nessa época, vem este ano apoiando o projeto Discografia do Rock Gaúcho, e temos assim, a atual semana, simplesmente incrível, onde de segunda à quinta, temos duas bandas por noite, apresentando um disco seu, na íntegra e na ordem, e com mais alguns extras...

     O melhor foi o seguinte: ingressos gratuitos! Sim, mas obviamente, acabaram em minutos, houve distribuição de senha e até alguma confusão. Fato é que quem foi pra fila, chegou cedo, e esperou lá, levou. Justo, na minha opinião. Houveram reclamações de pessoas de fora de Poa sobre isso, mas se é um evento patrocinado pela prefeitura de Poa, obviamente o público-alvo é o porto-alegrense.

    Começo falando, obviamente, da primeira noite: Frank Jorge e Wander Wildner:

    04/02 - Segunda-feira

    Frank Jorge

   Integrante das lendárias Cascavelletes e Graforréia Xilarmônica, além do ótimo Cowboys Espirituais, Frank decidiu tocar o seu primeiro trabalho solo, Carteira Nacional de Apaixonado, de 2000. Eu conhecia 3 músicas desse disco, portanto, grande parte do show foi de novidades pra mim, e notei que também era para muitos por ali. Achei isso muito legal, um grande público curtindo um show cheio de "lados B", e cantando junto em cada um dos clássicos que Frank tocou.


     Grandes instrumentistas no palco, as músicas se tornavam complexas e com uma musicalidade muito legal dada por alguns detalhes, como a percussão. Chamou atenção também o uniforme da banda, camisas amarelas com um FJ no bolso da camisa. Também chamou atenção que o clima do título do disco toma conta de todas as composições, ou seja, uma choradeira divertida em um clima rock n' roll. O show teve duração de uma hora e meia, e contou ainda no fim com alguns clássicos das bandas pelas quais Frank passou, como o hino Amigo Punk.



    Wander Wildner

    Esse foi de uma tática diferente, escolheu um de seus clássicos, o Baladas Sangrentas, de 1996. Sem muitas firulas, Wander chegou, deu um oi, e sentou a lenha. Mudou a ordem em que tocou seu disco, mas disponibilizou uma nova tiragem da bolacha, na ordem do show, para venda no local.
  
    O Baladas Sangrentas é um baita disco, muito significativo dentro da discografia do rock gaúcho, e acho que exemplifica muito a idéia do projeto. Com músicas em "castelhano" (tava louco pra escrever portunhol mesmo), composições de outros grandes músicos e todo um clima característico que ao vivo ficou muito explícito. Alguns momentos de puro punk rock (Empregada), outros de romantismo canastrão, sempre cheios de irreverência, formaram um ótimo conjunto, que não pude ver os instantes finais, onde as clássicas devem ter rolado, porque a hora já se adiantava, e ao contrário de muitos ali, não estou de férias. (Férias, o que é isso?). Mais um ótimo show, no fim das contas.






    Vão me chamar de careta, mas foda-se. Tem um som em que o Jimmy Joe cantarola um troço lá sobre enrolar um baseado. Deve ser algo da época, do estilo, do som deles, outros tempos, mas acho que a secretaria de cultura não deve ter curtido, até notei que muita gente pensou o mesmo, e ficou com cara de "que merda eles tão fazendo". Piorou quando jogaram um baseado no palco, a pedido do Wander. Uma prefeitura apoiar com tanta verba um projeto musical, e ainda escolher o rock, nos tempos de hoje, não é algo que aconteça todo dia, e isso queima o filme de muita gente, e nem falo dos patrocinadores (Petrobras) e da produtora.

    05/02

    A noite da terça-feira era reservada para as apresentações das bandas Tópaz e Bidê ou Balde. Eu me atrasei, e não consegui assistir ao show da Tópaz, mas notadamente o público da banda estava em peso no opinião, e há de se dizer, era esmagadora maioria. Legal foi ver que ninguém arredou o pé, chegou ainda mais gente entre os shows (que vale lembrar, começaram todos pontualmente), e o público foi, no fim das contas, ainda maior que na segunda-feira.

   Bidê ou Balde

   Me atenho ao show que assisti. A Bidê escolheu seu último disco, "Eles são assim. E assim por diante", um disco que tem 2 músicas bem assimiladas pelo público, mas que na íntegra, a maioria não conhecia ainda, mas nada disso foi problema, pois o show mostrou que esse pode ser um dos melhores álbuns da banda.

    A pegada indie/pop esteve presente, mas com uma dose de rock n' roll que torna a Bidê diferente, um legítimo produto moderno desse tal de Rock Gaúcho. Além de Me Deixa Desafinar e Lucinda, Mesma Cidade, João da Silva e +Q1Amigo foram os pontos altos do tracklist inicial. Claro que depois tivemos um bis com as clássicas, e aí rolou Melissa, Mesmo Que Mude, Microondas e um público muito louco. Momento engraçado foi quando alguém subiu no palco, em Quero Morar em Marte, com uma máscara de ET e simplesmente viajando no palco, foi estranho, mas engraçado.

    A complexidade musical também há de ser lembrada. A banda usa de muitos detalhes, instrumentos e afinações durante seus shows, e quem presta um pouco de atenção nota no trabalho que isso dá. Faixas com gaitas, xilfones e todo um mundo de detalhes, sons e experimentações que deixa o show especial. Foi um baita show, e até onde vi, o show anterior da Tópaz também havia agradado.

    Se alguém quiser comentar o show do Topaz, manda aí pelos comentários!

Thedy Corrêa participando do show da Tópaz





quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Review: Banda Legend + Doctor Flowers


      Em uma data que ficou marcada tragicamente na história, tivemos também uma boa festa na Legend. Antes de ficar chocado com os acontecimentos, muito me diverti com duas bandas quase iguais e, ao mesmo tempo, bem diferentes. Evento Banda Legend convida Doctor Flowers.

      Como de costume, casa cheia desde cedo. Dificuldades de achar lugar para sentar e até para lidar com o frio que fazia. Na parte externa, Elisauer já demonstrava o que seria o fim da noite. O vocalista da Doctor Flowers fazia um set list mais pop, tocando um violão e acompanhado de um percussionista (que tinha bongôs  muito legal!). O vocal dele já era de notável qualidade. Mas, nem de perto o que vimos na madrugada em cima do palco da Legend.

      Um pouco depois da uma da madrugada (um horário já tarde para uma noite com duas bandas) foi anunciado que a festa continuaria lá dentro. Abertura da noite seria com a banda da casa, que fez o seu show de costume. Há tempos que eu não via eles se apresentarem, várias novidades no set list, mas a base segue sendo o rock gaúcho (TNT, Garotos da Rua, Graforreia), nacional (Cazuza, Legião) e internacional (Beatles, Kiss, Creedence). Alguns destaques para os sempre ótimos solos do Alison, a interação constante com a platéia e a música Mustang Sally, do The Commitments, uma das novidades do show e grande surpresa para mim.

      O show da Banda Legend foi bem longo. Não lembro certo a hora, mas acredito que a Doctor Fowers tenha subido no palco depois das três da madrugada. Fazia muito tempo que esperava para ver um show deles. A representante da região no Circo Voador ano passado, que tem um clipe famoso e disputando concursos na MTV e com um ótimo CD lançado recentemente, nunca havia tocado na cidade. Para os apreciadores da boa música, esse era um grande momento. E foi o que se viu, várias pessoas se posicionaram e aguardaram ansiosos o show começar.


      De uma banda para outra, pouco mudou. Saiu o Edu da guitarra base e vocal e entrou Dilson (da Evidencias) para destruir nos solos de guita e o Elisauer, o mestre da voz. Chegaram quebrando tudo, tocando AC/DC. E muito mais dos australianos ouvimos durante o show. Além disso, clássicas do Led Zeppelin - um cover incrível de Whole Lotta Love, importante destacar - e várias outras grandes músicas. Mas, os principais momentos eram nas suas composições próprias. E, quando isso acontece em um show com Led e AC, é um grande indício de que a banda é foda!

      Logo no começo tocaram o single Cobro Pelo Meu Amor, famoso pelo clipe e um baita som. O público já canta junto essa. Durante o show, vimos Mais Perto do Céu, Vale a Pena, Dentro de Você e outras. Todas ótimas músicas, com incríveis solos do Dilson e do Alison e uma baita performance do Elisauer. Espero ver novamente a Doctor Flowers tocando por aqui e, na próxima vez, de preferência mais cedo, para o proveito ser maior. Com todos esses problemas que tivemos na última semana, não consegui fazer o review que gostaria. Mas, na próxima faço algo melhor! A banda merece!

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

A Stupid Little Dreamer - Shows (parte 1)


      Janeiro acabou e com ele espero que as notícias tristes também. Hora de largar essa depressão e começar a ver 2013 com uma cara mais otimista. E, para fãs do bom e velho rock and roll, o ano parece que será histórico. Grandes álbuns novos vindo, vários shows sendo confirmados no Brasil e festivais que prometem ser fantásticos.

      Além disso, na cena local também podemos ter uma expectativa muito boa. Bandas novas surgindo e, as já existente, mostram boa evolução. O rock regional se estabelece com as casas destinadas ao estilo e com bastante gente se mexendo para fazer o trem andar.

      Mas, hoje vou mais uma vez focar no que teremos de shows passando pelo Brasil e, principalmente, por Porto Alegre e região sul. Desde 2009 vemos grandes atrações pela nossa terra e, aparentemente, cada vez tentam superar o ano anterior. Vejam só o que vem por aí...

BARÃO VERMELHO - 02/03 - Pepsi on Stage


      Uma das mais importantes bandas de rock nacional está de volta e vai passar por Porto Alegre. A turnê + 1 Dose, do Barão Vermelho, está sendo muito elogiada e certamente é um grande show para aqueles que gostam de Frejat e seu grupo. Certeza é de ouvir todos os grandes clássicos dos 30 anos de carreira da banda, sendo com o Cazuza nos vocais ou na formação atual. Informações sobre preços e vendas, AQUI.

ELTON JOHN - 05/03 - Estádio do Zequinha

      Aquele show para ir com a mãe. Mas, inegável que o Elton John é um grande nome da história do rock. Tem vários clássicos absolutos e é por esse motivo que vale a pena ir assisti-lo lá no Zequinha em março. Foi eleito - com justiça - o principal músico solo da história e está ainda em grande forma. O show deve ter quase três horas de duração. Largue dos preconceitos e vá ver essa bichona tocar! Ingressos podem ser adquiridos no LIVEPASS.

JETHRO TULL - 12/03 - Araújo Vianna

      Agora um dos que eu já tenho ingresso garantido! A banda - na verdade, hoje dia só o vocalista dela - britânica Jethro Tull traz o seu rock progressivo para a capital gaúcha em março. O excêntrico Ian Anderson vem tocar na íntegra um clássico álbum lá dos anos 70. Thick as a Brick é um disco inteiro que conta apenas com uma canção. A história do garoto Gerald Bostock. Na segunda parte do show, será contada a continuação da vida dele, 40 anos depois. Thick as a Brick 2 foi lançado ano passado e é até legaliznho. O show, além de musical, conta também com um ar bem teatral. Informações de preços e ingressos AQUI.

THE CURE - 04/04 Rio de Janeiro e 06/04 em São Paulo

      A grande expectativa é que eles viessem para Porto Alegre. Estava contando com isso! Mas, não deu... Buenos Aires ou sudeste do Brasil são as opções para quem quiser ver o show do The Cure. Com uma baita formação (Robert Smith, Jason Cooper, Roger'O Donnell, Simon Gallupe Reeves Gabrels) o clássico grupo dos anos 80 vem ao Brasil nessa turnê na qual passam a limpo toda sua carreira. São quase três horas de show onde tudo pode acontecer. Set list definido na hora e executado com perfeição. Estou vendo passagens para não perder essa grande atração. Ainda não foram divulgadas os preços e datas de venda.


FOREIGNER - 06/04 em São Paulo

      Um pouco mais desconhecida essa banda, mas ainda sim um grande show. A banda inglesa Foreigner vem para São Paulo sem Lou Gramm, o tradicional vocalista, mas com uma ótima formação e tocará com certeza seus grandes clássicos. Um hard rock setentista com influencias claras do progressivo e com várias baladas famosas. O momento casal do show certamente será com "I Want To Know What Love Is". Mais informações, AQUI. Talvez quem for pra São Paulo consiga dar um jeito de ver o Foreigner e o The Cure no mesmo dia....

UFO - 14/05 - Teatro CIEE

      Voltando a grandes clássicos do rock, uma das percursoras do hard rock - junto com Led, Sabbath, Purple - estará em Porto Alegre em maio. Sem os membros originais Michael Schenker e Pete Way (guitarra e baixo), UFO vem para capital com força total nessa turnê que está passando pelo mundo inteiro. Chance única de conferir essa lenda do rock! Até o momento, sem mais informações.

YES - 26/05 - Araújo Vianna

      Confirmado ontem! Uma das maiores bandas do rock progressivo tocará na capital gaúcha! Após shows no Rio e São Paulo confirmados, o Yes finalmente anunciou que virá também para Porto Alegre. Sem Jon Anderson e Rick Wakeman (vocal e teclado) a banda trás a turnê que relembra três clássicos álbuns dos anos 70. Serão tocados na íntegra The Yes Album, Close To The Edge e Going for the One. Um show fantástico (que vi em Floripa 2010) e imperdível para aqueles que gostam de música com qualidade. Ah, o show deve aproximadamente três horas de duração! Ingressos começaram a ser vendidos hoje. Informações de locais, preços e descontos... AQUI!

B'52s - 04/10 no Rio de Janeiro e 05/10 em São Paulo

      Encerrando essa primeira parte, outro clássico dos anos 80. Esse é mais um que pra ir, tem que largar um pouco dos preconceitos. Clássico nos anos 80, o B-52s voltou anos atrás e está em turnê mundial há um tempo. Tocando as conhecidas canções que lançaram na era da dance music e algumas novidades, é uma atração legal para quem curte essas coisas. Sem informações sobre ingressos e locais ainda.

      É muita coisa, nem dá pra fazer de uma vez só. Mas, de grandes shows CONFIRMADOS é isso. O que resta agora é especulações. Temos a praticamente certa apresentação do The Who em setembro, o Sabbath em outubro e muito mais. Semana que vem volto para completar essa lista com tudo que já saiu sobre esses monstros do rock que podem vir para o Brasil. Ah, e além disso tem os festivais... semana que vem!