E, mesmo com a chuva que caiu no começo
da noite até quase a entrada da madrugada, o público foi grande.
Ambiente externo e interno da casa de rock da cidade estavam lotados!
O estilo era diferente daqueles que se costuma ver na Legend. Um
pessoal mais novo. Muitos interessados em conhecer novos sons que
veriam logo mais no palco. O clima estava ótimo! A expectativa
agora eram as bandas.
Abriram a noite as bandas locais.
Primeiro subiu ao palco, pouco após 00:30, a Tamarindo. Power trio
santa-cruzense que conta com Diego nos vocais, Bada no baixo e Silva
na bateria. Pela primeira vez eles fizeram um show apenas tocando músicas
próprias. Uma grande surpresa! Gostava dos covers que faziam parte
do set list, mas é muito bom ver a evolução deles como banda e
como músicos. Foi um ótimo show, contando já com composições autorais que estão se tornando conhecidas. Destaque para as músicas
Borbulhante e Eu Sempre Gostei Mais do Lado B. Visível a total influência do grunge lá do começo dos anos
90.
Após o termino do show, que teve menos
de uma hora e apenas seis músicas, foi anunciado que a Forte Apache
e o Espiral entraria no palco em 15 minutos. Demorou mais do que
isso, mas o show começou ainda antes da 1:30. Mantendo Silva na
bateria e levando Diego para o Baixo, a segunda banda da noite teve
Davi nos vocais e Éder na guitarra. Inevitável lembrar da Chá das
Cinco por contar com o mesmo vocalista, mas a Forte Apache já de
cara se mostrou bem mais pesada e com letras mais fortes. Cheios de
atitude, os caras tocaram várias canções agitadas em quase uma
hora no palco. Os backing vocals eram muito
bem utilizados, como também os solos de guitarra . Destaque para as
músicas A Cara a Tapa, que teve no seu começo uma referência a
contratação do Barcos pelo Grêmio, e Aos 30. Todas sempre marcando
pela sua letra e a atitude dos músicos no palco, que culminou em uma destruição da bateria pelo Davi no final do show.
Com um pouco mais tempo de demora entre
os shows, veio a terceira atração da noite. A porto-alegrense
Badhoneys, outro power trio. Mas, invertendo o que viemos na
Tamarindo, agora a mulher que tocava guitarra e cantava, enquanto o
homem ficava no baixo. E, era uma das atrações do show essa
diferença no palco. O baixista devia ter uns dois metros de altura.
Ocupava grande parte do espaço para os músicos! O instrumental era muito bom. Bem
pesado e com bastante qualidade. O espaço interno da Legend ficou
lotado para ver a apresentação da Badhoneys. Das letras, pouco se
entendia. Mas, valeu a pena conferir esse show de uma banda com
bastante personalidade, que tocou suas próprias composições e
agitou o público, já próximo das três da madrugada.
O enorme baixista solava constantemente, preenchendo bastante o som com muita qualidade |
Eu tinha medo, antes do começo da
festa, de que os shows fossem acabar muito tarde. Quatro bandas em
uma noite só costuma ocasionar grandes atrasos. Porém, não foi o
que aconteceu. Com uma organização muito bem feita, a última banda subiu ao palco no ápice da noite. E foi na hora certa!
Os argentinos da Petit Mort, mais um
power trio no mesmo formato da banda anterior, surpreenderam a todos.
Foi o grande show da sexta! Um som pesado, misturando vários
estilos, mas chegando mais próximo de um metal. Muita gente batendo
cabeça e curtindo o som deles. A vocalista, com um vestido azul e
cabelo curto loiro, era baixinha e pulava pelo palco. Gritava no
microfone e agitava o grande público ainda presente na Legend. Se o
pessoal estava meio parado antes, se soltou nesse último show. Muita
gente gritando, aplaudindo e curtindo o som dos músicos de Buenos
Aires. Durante algumas músicas eles tiveram a participação
especial de outro guitarrista. Neste momento, o instrumental, como
solos de guitarra e baixo, chegou ao seu auge! Banda muito boa
mesmo!
Participação especial na animada banda Argentina |
Mas, vale destacar que a moça dos
vocais também mandava bem na guitarra. Petit Mort ficou marcada na
história da Legend e de Santa Cruz. Um show que me surpreendeu muito
mesmo. Parabéns a banda e para aqueles que trouxeram ela. Já valeu
o feriadão de Carnaval.
Como disse, animada banda. O ótimo baixista, não parava quieto no palco |
Saldo totalmente positivo nesse
primeiro dia de Grito Rock. Hoje a noite tem mais! Quarto Sensorial,
Ventores, Diatribe e New Plague. Quem ainda não tem ingresso, pode
comprar antecipados por 10 reais na Pizza You, Alabama e Brasil
Urbano. Ah, vale destacar que tem banquinhas vendendo produtos para
rockeiros pela Legend. Trate de levar uma grana extra pra noite. Vale
a pena!
A Petit Mort foi uma das melhores bandas de Alt que já vi, sendo que os vi ano passado em Butiá, quando acompanhei a Avalanche no Grito Rock. A presença de palco e o som dos caras é fenomenal, de estourar tímpanos. Muito legal saber que eles estavam em SCS também...
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