As fotos desta matéria foram retiradas do flicker da Acústicos e Valvulados, da página do Opinião e sendo estas últimas de Aline Jechow
Voltando pra terminar o que comecei, venho comentar a terceira noite da Discografia do Rock Gaúcho, já havia feito uma introdução sobre o projeto e comentado os primeiros shows aqui, por isso vou direto ao ponto dessa vez.
A terceira noite era dedicada às apresentações de dois nomes
de muito peso entre quem é mais jovem, e curtiu a sua adolescência nos confins
dos anos 90, uma época em que os lançamentos dos Acústicos e Valvulados e da
Tequila Baby eram soberanos nas rádios gaúchas, e frequentavam também as
emissoras do outro lado da fronteira. Os discos escolhidos o foram por lógicas
diferentes, enquanto Acústicos e Valvulados escolheu seu álbum de estréia (e
que baita disco), a Tequila Baby resolveu mostrar o seu trabalho mais recente,
disco feito com a atual formação da banda.
Subindo ao palco pontualmente às 22 horas, para um Opinião
totalmente lotado, o que era um fato ainda inédito nos shows de abertura que
lotaram sempre no decorrer, os Acústicos tinham um set list incrível a tocar. O
disco homônimo, lançado em 99, e que abriu as portas do meio musical para a
banda trazia alguns dos maiores sucessos: O Dia D é Hoje, Fim de Tarde Com
Você, Até a Hora de Parar. Com todos os ingredientes para um ótimo show arranjados,
só restou curtir e cantar junto quase todas as músicas e mais uma vez curtir
alguns trabalhos que pouquíssimas vezes foram tocados ao vivo.
Um pouco mais de uma hora de show da Acústicos, tivemos
ainda um bis com Suspenso no Espaço, e relembrando o momento, fica a
constatação que a ausência de Remédio (um dos grandes sucessos), nem foi
sentida na hora, depois de um puta show de rock n’ roll.
Esperando o palco ser armado, ficou nítida a movimentação do
público, que enquanto fãs da Acústicos largavam as grades e ia para o fundo da
casa, os fãs da Tequila vinham para frente, e literalmente brigavam por um
espaço na grade. Nesse momento fica claro que apesar de não aparecer mais tanto
na mídia, a Tequila Baby se mantém fiel ao seu punk rock, e continua sendo a
porta de entrada pra muitos adolescentes no mundo do rock. Não sou grande fã da
banda, conhecia apenas os sucessos, e estava curioso pra ouvir o novo disco dos
caras, e estando ali na frente, na grade (pois estava de guarda-costas de uma
certa fã de Tequila), não tinha idéia do que me esperava.
Mais uma vez, pontualmente às 23 e 30, Duda Calvin adentra o
palco de calça jeans, camiseta preta, jaqueta de couro e óculos escuros, em um
calor que facilmente passava dos 35 graus. Certo ele, pois já disse Niki Sixx:
“Não adianta querer ser um rockstar e se vestir como um roadie”. Brincadeiras à
parte, me surpreendi demais com o novo disco do Tequila. Ele é realmente muito
bom, “Por Onde Você Andava?!” ainda tem a essência que a banda sempre teve,
apesar de me parecer numa primeira audição um disco, no geral, mais calmo. O
punk rock da Tequila é quase uma entidade no RS, e o show atraiu gente de
idades muito variadas, no fim do show, já no bis, em “Sangue, ouro e pólvora”, eu vi
uma roda punk com gente entre 14 e 30 anos... Algo que eu acho que só a Tequila
Baby consegue fazer. O bis ainda teve Velhas Fotos e 51.
A sensação que ficou foi a de ter assistido a melhor noite até então no
projeto... Mas o dia seguinte ainda prometia...
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