segunda-feira, 22 de abril de 2013

Review Alabama Rock Festival, dia 20/04, no Strike

Que dor no pescoço....

WAKE UP, rock de Santa Cruz!
FESTEJA SANTA CRUZ, OS FESTIVAIS DO KURT ESTÃO DE VOLTA!

      Acho que esse é o sentimento geral. O que todos que saíram do Strike no último sábado, dia 20, estavam pensando. Uma festa de rock como há muito tempo essa cidade não via. Fazem anos? Nem lembro da última... Mas, toda a espera foi compensada com uma festa de altíssimo nível. Três bandas vindas da capital gaúcha. Três covers pesados. Dio, Pantera e Rage Against the Machine. Nem sabia que podia quebrar tanto assim de uma vez só. Mas, pode! E esse que é bom dos festivais... pode!

      Pode fazer roda punk, pode ter cerveja barata, pode vir gente de todas as idades, pode se jogar do palco e pode, sim, curtir ao máximo o rock and roll do nosso jeito! Obrigado, Kurt, por trazer esse sentimento de volta a Santa Cruz. Sentimos muita falta!

      E não era só lá dentro do Strike que se via essa diferença. Não! Nem lembrava como era isso... A praça lotada de rockeiros. Uma gurizada que eu nunca tinha visto antes. Uma nova geração surgindo. E lá na frente do Strike? Todos cabeludos de preto sentados pelo chão, tomando o seu trago e se aquecendo para curtir a festa. Esse é o clima certo! Não é errado beber uma cachaça antes de ir ver os shows. Errado é pagar mais caro por uma garrafa de cerveja do que por um litro de Velho Barreiro!


      Mas, claro... Situações diferentes. Não é disso que venho falar agora. O destaque é total para termos novamente os festivais. E vamos ver como foi esse arrasador começo. Primeira banda, com o público ainda meio preso. Nem todo mundo conhece a carreira do Dio. Todos o respeitam, mas seus trabalhos solos não são muito conhecidos. E eu ainda nem estava acreditando que uma garrafa de Heineken podia custar só seis reais. Enchi os bolsos de fichas e fui correndo quando ouvi os primeiros acordes conhecidos de uma canção do Black Sabbath.

      Esses foram os grandes momentos do show. Sons do Sabbath e do Rainbow, bandas nas quais Dio eventualmente cantou. Eu fiquei, desde que anunciaram os covers, pensando quem faria a voz do Deus do metal. Quem seria o maluco a cantar como ele? A banda Prophajnt veio de Porto Alegre com uma vocalista. Sim, uma mulher! E ela cantou demais! A banda então, do caralho! O público curtiu bastante e foi engraçado ver a correria para entrar no local do show a hora que Heaven and Hell foi tocada. A banda encerrou o show com uma música própria e chamou o cover de Pantera ao palco.

      Um descanso e uma má notícia. Acabou a Heineken. Logo em seguida, acabou a Brahma. Pelo visto o Strike não estava preparado para receber tantos bêbados assim. Sobrou só a Skol, que quase acabou. Eu vi duas caixas sendo trazidas no desespero para não faltar trago. Tá, voltando a música... Pantera começou de uma forma que ninguém esperava – com três grandes clássicas. Cowboys From Hell, Domination e Walk fizeram o público até então meio parado, acordar e começar a bater cabeça (que dor no pescoço), pular e fazer roda punk.

TOCA PANTERAAAAA!!!
      A banda Cacife - que foi responsável por reviver estes grandes clássicos - era foda! O vocalista tinha uma baita presença e interagia bastante com o público. Um fato bizarro foi uma moça que subiu no palco para segurar um pedaço da bateria (vejam na foto). Além deste início, os caras também meteram vários outros sons fodas. Cemetery Gates e 5 Minutes Alone foram alguns dos grandes momentos do show.

      Mas, não tinha essa história de tá cansado. O auge da festa ainda estava por vir. Rage Against The Machine chegou com tudo. E, cara... que dor no meu pescoço! Foi roda punk, bateção de cabeça e muita loucura em todas as músicas. Não vou lembrar todos os sons, a ordem delas e até posso pensar que uma tocou e não tocou. Tava curtindo o show e enlouquecido lá na frente do palco. Mas, tenho na lembrança momentos incríveis ao som de Sleep Now in the Fire (que riff!), Testify, Bullet in the Head, Bulls on Parade e Wake Up. Nesse show teve de tudo. Eu, por muito tempo fiquei do lado das caixas de som, e até agora meu ouvido tá zunindo. Mas, bah... valeu a pena! Que show!

Só a guitarra tinha que tá um pouco mais alta
      Claro, destaque total para Killing in the Name. Todos pulando e cantando juntos. A banda tinha a energia do Rage. Tinha o jeito de tocar e cantar dos caras. Quando saí pra dar uma mijada, ouvia e notava que não deixava realmente nada a desejar. Foi do caralho!

      Sim, os festivais estão de volta. Dia 03 tem Blackout na Sunset. Já podem comprar ingressos na Alabama. Comemore rockeiro de Santa Cruz. Quem vive o rock a bastante tempo, sabe a falta que isso fez. Tem uma nova geração vindo aí. Tem bandas novas e boas surgindo. Isso é bom pra todos! Menos pro meu pescoço...

Que dor no pescoço!

3 comentários:

  1. "Uma festa de rock como há muito tempo essa cidade não via."

    olha o revolution rock e o dance of days foram há 2 semanas e foram umas puta festas.. falar que não rola nada na cidade é desmerecer o trabalho que outras pessoas se pucham pra fazer

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    1. Cara, foram sem dúvidas ótimas festas. Saiu o review aqui no blog. Estive numa delas. Curti demais! Mas, este festival foi uma festa como há muito tempo não se via mesmo. Foi diferente, foi no estilo antigo de festivais que tinham aqui em Santa Cruz.

      Há uns dois anos que só temos praticamente festas em locais fixos com cerveja cara e várias restrições. Entre estas estão as que nós do blog organizamos e as que minha banda, Stiflers, tocou. Festejo apenas a volta dos festivais independentes e era isso. ;)

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  2. Tava foda , agora só esperar pelo Blackout dia 3 \o/

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