quarta-feira, 24 de abril de 2013

Entrevista com o Vampiro IV

     Como o prometido e como se é de praxe, quarta-feira é dia de coluna. Dessa vez o entrevistado é o grande Rafael Máximo, vulgo Bocão, da Subto Hellemento. Sem mais delongas (e sem reclamações sobre eu estar entrevistando apenas os meus conhecidos - pois eu entrevisto quem eu admiro e quem se dispõe a responder a entrevista) vamos à entrevista, meus caros leitores.

     Em primeiro lugar, conte um pouco sobre a sua trajetória (quando começou a tocar, por que começou a tocar, em que bandas já tocou, quantos lugares diferentes já tocou...) e influências:

     Minha 1º banda eu tinha 12 anos e era banda cover de Mamonas Assasinas. Se chamava Mingau com Aveia (aushuahsua). Depois tocavamos Acústicos e Valvulados e Tequila Baby, e, de lá pra cá sempre em bandas deste genero: o punk. Mas, na linha de Tequila e Ramones, todas as bandas que já toquei foram extintas de porto alegre. Sou natural de lá hoje em dia sou o vocalista da Subto Hellemento de V.A., com a minha banda atual já tocamos em Vera Cruz, Santa Cruz, Porto Alegre, Eldorado do Sul e Rio Pardo. Minhas influencias são muito diversificadas: Adoro muito Tequila Baby, Reação em Cadeia,  Creed e Linkin Park mas hoje o que eu mais escuto mesmo é A7X e Bullet for my Valentine.

Numa escala de 1 a 10, o quão interessado e aplicado no seu instrumento você acha que está?

Já fui mais. Hoje acho que fico no 5 mesmo.

Ãhn? Sei lá cara, to muito bêbado.

Também, em conjunto, tens interesse em aprender mais instrumentos e mais sobre música, som e gravaçoes?

Com certeza quero muito aprender a tocar bateria.

Sobre o seu equipamento: O estado atual, pretensões e o sonho de consumo.

Meu sonho de consumo é ter um bom equipamento para montar um bom estúdio aqui na nossa cidade.

Mamãe não pode saber que eu bebo, ok?

Sobre a sua trajetória, um orgulho e uma decepção.

Orgulho é de ter feito amigos em todo canto que tocamos. Decepção e com o público do rock de Venâncio pois estão estragando o cenário local.

Como era o cenário da região quando começou e como ele está agora?

Era simples mas era bom. As festas lotavam e o pessoal tinha a essência. Hoje em dia a gurizada só fica na frente bebendo e falando mal das festas.

E quanto às bandas da região, como acredita que estão se saindo?

Acredito que estão bem. Só é uma pena que certas bandas, só por tocar em dois ou três lugares, estão se achando os Pop Star. A musica a gente faz porque gosta e não por bens materiais.

Vivemos numa época ruim para a música boa no país? 

Para o rock, sim, negativo. Para a modinha é perfeita. Não entendo porque no Brasil as bandas boas de rock não vingam e no exterior dá certo. No nosso país só funciona o que é bonitinho ou se tiver uma bunda pelada.

Como andam seus projetos atuais e seus projetos dos sonhos? Compartilhe algumas idéias.

Gravar um cd e um clipe com minha banda atual.



O que você acha da iniciativa do blog: Comentários, Sugestões e deveras mais.

Perfeito, pois, abre o espaço para nós, músicos independentes.

Bate-bola Jogo Rápido, Bocão:

O que lhe despertou interesse em descansar as pregas vocais e passar para as baquetas?

Na verdade só quero aprender mesmo pois adoro baterias.

Bocão e seu futuro Professor de batera.
Com a subto hellemento, cite algum show que lhe marcou.
A primeira vez que tocamos em Rio Pardo, tipo, foi demais! Daí não deu dois meses e já fomos a banda mais votada pra tocar lá. Sempre quando vamos lá somos bem recebidos.

Ainda sobre a Subto Hellemento: como foi a estrada até hoje?

Muito difícil, principalmente aqui em Venâncio Aires, pois é um estilo que poucos conheciam e gostavam. Então foi muito difícil a aceitação acho que isso, até hoje, é.

Rock na Colina foi foda!

 Você citou que ‘a galerinha’ está cada vez pior. O que acredita que está faltando?
Pois é, uma boa pergunta (haha). Não sei te dizer o que esta faltando, pois, na minha época eu tinha mais vontade de ir nos festivais e de curtir. Hoje em dia isso falta neles.


Num país onde só faz sucesso se ‘tem bunda pelada’, o que lhe faz acreditar no rock?
Na verdade eu não acredito. Eu acho que eu preciso de rock - eu vivo rock e, pra mim, que se foda estes lek lek e bundas no chão. Eu quero é ver o oco e já eras. Não ligo se no mundo só eu sobrar pra ouvir rock. Enquanto eu estiver aqui, vou ouvir rock e fazer festivais nem que for pra mim mesmo.



Considerações finais, uma mensagem para a galera e meios para entrar em contato
Bom, minha mensagem é: escutem rock! Se você não escutou, escute ao menos uma vez e tire suas conclusões. Eu tenho uma amiga que só falava mal porque nunca tinha escutado. Hoje ela só escuta rock no celular dela. Curtam a pagina da Subto Hellemento no Facebook.




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