quarta-feira, 13 de março de 2013

Review: Musik Direkt Halmstad 2013

     A pedidos e a troco de muita sorte tenho o prazer de postar um review um tanto incomum aqui no blog. Na última sexta eu havia postado um 'Aviso de Inutilidade Pública' pedindo um feedback de quem lê meus posts e o único pedido fora 'fale um pouco no cenário daí'. Fiquei com as calças na mão, porque eu realmente não fazia a mínima idéia da existência de um cenário underground aqui em Halmstad - A cidade é pequeníssima, não se ouve falar em rock n' roll e bares underground como eu esperava que fosse. Mas sábado passado, então, eu dei uma baita sorte de poder presenciar o Musik Direkt aqui em Halmstad, na casa de eventos Nolltrefem.


     Antes de começar a falar do que os ouvidos viram e os olhos ouviram, gostaria de fazer um background que me deixou até mais impressionado que as bandas. O local era grandinho, cabia umas 400 pessoas, e não tinha nem metade do espaço ocupado. Dependendo da banda tava mais vazio que a nossa querida Sunset às 4 da manhã. Os amplificadores eram um ENGL powerball 100, um Marshall JVM 410, e um Aguilar pro baixo(não entendo quase nada de amp pra baixo, talvez o Drurys saiba na ponta da lingua o modelo, mas com certeza é o mais monstrão e famosão). Já comecei a babar nos equips, depois os mics eram todos shure beta58 nos vocais, sm57 nas caixas. E mesmo com toda essa potência e afins, foi o show de rock que menos estourou meus ouvidos - Na entrada eles ofereciam tampões de ouvido para quem achava que estava muito alto, até; só não entendi porquê. Não paguei pra guardarem o casaco, o que por aqui é uma puta vantagem, e tinha copo de água grátis pra platéia. Também havia 3 comediantes que interjeitavam com piadinhas a troca das bandas, mas como não falo sueco, pra mim tava é um tédio. Queria saber quanto pagaram pra botar esse festival.

     A cada banda que chegava, também, ficava cada vez mais pasmo: Tc Electronics era mato nos pés, Xotic Effects também - para um gear geek, como eu, esse evento estava um manjar. Gurizada com PRS private stock, Dean e por aí vai - a coisa mais simplória que vi foi um Fender Precision Bass e uma Stratinho  Fender também. Mas chega de blábláblá equipamental.

     Devo admitir que tá meio complicado de identificar as bandas, não sei ao certo qual a ordem das bandas e tem algumas que pra completar o pacote o nome é em Sueco. Então, de bandeja antes do meu parecer sobre as bandas, dou um canal do youtube com vídeo de algumas bandas - não tem de todas. O canal é:

http://www.youtube.com/user/jonasmagnusson72?feature=watch

     Confesso que cheguei atrasado, e a primeira banda já estava tocando, um blues rock bacana. Por dedução, acredito que o nome era Comfortable Bandage. Fiquei extremamente surpreso. A competição, só para constar, funcionava da seguinte maneira: Cada banda tinha direito a tocar 2 músicas, apenas próprias eram permitidas. Então não há muito o que dizer, apenas minha opinião. O blues rock dos caras era muito bom, mas não sei até que ponto o equipamento ajudou: Eu achei os solos meio ralinhos, a música meio arrastada demais, mas foi muito agradável ao ouvido. Dessa não tenho vídeo, nem foto, infelizmente.

     A segunda que subia aos palcos era de Metalcore/Screamo. Se chamava Awakened, e devo confessar que não achei muito boa não. O guita solo mandava ver e o batera também, mas os vocais achei muito ralinho. Confiram vocês mesmos.


     A terceira a atingir os canhões(tava mais pra ser atingido pelos, mas enfim) foi genial. Era um power trio, mas que sonzeira. Tocaram um Funk/Progressivo/Fusion de primeira. Eles subiram ao palco uniformizados, e, mais cômico impossível - óculos rosa, camiseta e paletózinho. O baixista mandava muito bem e senti um alto grau de inspiração do Flea. Esses caras ficaram com o terceiro lugar, mas foram de longe a minha favorita. Segue o vídeo:


     Depois foi a galera da Party Smokers. Um rock mais light, numa onda mais U2. Pra ser sincero, não deveria opinar pois esse tipo de som não é muito o meu estilo, mas eu achei as melodias um tanto falhas e vazias. Mas acredito que vale a pena conferir para me criticar.


     E então, eu vi uma coisa fora do comum. M.I.X. Um trio de garotas na onda dos MTV acústicos, com um vocal excepcional. O instrumental foi limitado, e deu pra ouvir bem claro uns erros no baixo, mas a melodia do vocal me deixou pasmo. E, graças, tem vídeo.


     Depois das garotas seria a vez da galera da ScreamLeaf. Essa, já dou de bandeja que foi a campeã, e mereceram. Tocaram um rock meio alternativo, meio blues, meio grunge, meio hard, meio psicodélico, meio tudo. Baita sonzeira. O guitarrista solava tão legal que achei o solo curto. Para conferir, segue abaixo o vídeo:


     Agora viria, e veio, a banda mais bonita da cidade: Paradise Crue. A gurizada de 14 anos mandou tão bem que ficaram com o segundo lugar. Tocando um hard rock daqueles 'quanto mais brutal melhor' e arrasando na presença de palco. O momento mais maneiro foi ver o cara solando e mirando no baixista enquanto ele caia de joelhos. Depois do show fui bater um papo com a gurizada e é simplesmente incrível saber que por aqui a música é muito influenciada. Os pais deles estavam junto e contaram para mim como é conviver com o barulho e que não esperavam menos. O pai do guita diz ter comprado o ampli e aquela Dean fodástica quando o filho tinha 3 anos, mas que o guri só pegou na guita aos 10 anos, e, agora tá mandando bala. Desce o vídeo:


     O que é que eu posso lhes dizer? Punk tem até aqui, também. A banda Grupp99 é a que subia no palco depois da gurizada e esse show foi pra estourar a bancada. Presença de palco excepcional - o vocalista só parava quieto porque não tinha microfone sem fio. Pulou no meio da galera, correu, e dá-lhe roda punk no meio do público. Foi um baita dum agito, mas, a qualidade do som não foi nada excepcional. Vários erros, principalmente por parte do guita. Infelizmente dessa banda eu não encontrei vídeo, então, segue uma foto nada meramente ilustrativa.


     Por fim contamos com o show da Alder Family. O som dos caras foi insano - Meio folk, meio reggae, meio blues. Música calma, com direito à accordeon, violino e percussionista. O som dos caras foi excepcional, apesar de alguns problemas que a galera do som teve para regular o volume do accordeon. As letras das músicas eram simplórias, mas encaixaram tão bem na proposta, e as melodias, os backing vocals, a presença de palco - os caras todos fantasiados de algo, desde marinheiro até leprechaun. É isso que se chama de Gran Finale. Pra concluir meu breve review, e que se não fosse breve eu não seria o cara certo pra escrever por estar mais perdido que mosca no barro, o vídeo da última banda:


     Espero que vocês tenham curtido, galera. Abraço a todos e Rock On!

3 comentários:

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