De Frente com o Dinossauro

Gelson Pereira

Show do Alemão Ronaldo não é inédito no Vale do Rio Pardo. Volta e meia o dinossauro do rock gáucho anda por aqui. No último sábado, dia 2 de junho, ele tocou no Rock na Colina em Rio Pardo e eu estive por lá. Foi o segundo show dele a que assisti - o anterior havia sido justamente no Colina, ano passado se não me falha a memória. A primeira constatação é que velho é uma palavra que não pode ser usada para falar do Alemão, líder da Bandaliera e em carreira solo desde 2004.

O carisma em cima do palco, e fora dele também, é o mesmo em 30 anos de carreira, completados agora em 2012. Sem estrelismo, ele terminou o show de cerca de uma hora e meia e foi para o meio do povo curtir a festa e a banda Jardim Urbano que tocou em seguida. E olha que bagagem e história não falta pro cara. Na época de ouro do rock gaúcho, em meados dos anos 80 e início dos anos 90, a Bandaliera era uma das mais importantes da cena estadual. Tem muito piá por aí que não tem a vitalidade e a disposição dele.

O repertório do show no Colina pode ser considerado um tributo ao rock gaúcho. Além dos clássicos da Bandaliera, como Campo Minado e Me leva pra casa, também rolou Cascavelletes, TNT, Graforréia Xilarmônica, Tequila Baby, Cidadão Quem, Bidê ou Balde e até alguma coisa da nova geração, como Vera Loca e Cartolas. Pra complementar, também teve um Frejat nessa mistura.

Antes do Alemão Ronaldo tocar, Thiago Porto (vocal da Lobos da Estepe) abriu a noite com o apoio de Alexandre Jacques no violão. No encerramento tocou a Jardim Urbano, de Rio Pardo, mas a essa altura já não tinha mais condições de ficar em pé e precisei me recolher. Antes disso tudo, na passagem de som, conversei com o Alemão Ronaldo e os pontos mais interessantes desse papo estão no vídeo abaixo.

Fotos: Joana Carvalho

PS.: Obrigado ao pessoal do Vales Independentes pelo convite para contribuir com o blog. Sou jornalista de profissão, ajudo na produção de bandas de garagem e sou músico de três acordes em rodas de violão. Mas apaixonado por manifestações culturais e por andar de moto pelo Rio Grande afora ouvindo algum disco do Creedence, Doors ou The Who. Espero, por meio desse espaço, usar meu modesto conhecimento e habilidade em prol da cena rock do Vale do Rio pardo, na qual cresci.