A Legend Music Bar completará neste próximo sábado um ano de atividade em Santa Cruz do Sul. Para comemorar, a banda escolhida é a Bidê ou Balde que sempre faz excelentes shows por onde passa. Um caso recente foi na Unisc no começo deste ano, quando mesmo com um público difícil, Carlinhos Carneiro com seus muitos quilos conseguiu transformar o centro de convivências em uma verdadeira festa.
Mas, antes de falar mais sobre a banda que tocará na festa do dia 10, vou focar no primeiro ano da Legend. Até o final de 2010, eram raras as bandas que passavam pela nossa cidade, tinha shows em Lajeado, Venâncio, Rio Pardo, mas nunca em Santa Cruz. Faltava lugar, faltava gente com grana e até público era difícil de encontrar. Mas, no final do ano, em apenas uma semana tudo isso mudou. Tivemos no intervalo de OITO dias, Velhas Virgens, Tenente Cascavel e Graforreia Xilarmônica tocando no palco da nova festa da cidade, a Legend. Assim todos, sem dúvida alguma, foram conquistados.
Depois desse começo fantástico, muitos outros shows vieram: Wander Wildner, Júpiter Maçã, Nei Van Sória, Velhas Virgens (outra vez), Rosa Tattooada, Pata de Elefante, Cachorro Grande e diversas bandas da cidade e região. Sempre festas ótimas, com grande público e muita cerveja. Claro, depois de algum tempo, o rock deixou de ser exclusividade, e vieram festas de outros estilos. E o preço hoje é bem mais salgado do que no começo do bar. Mas nada tira a grande mudança que a Legend fez no rock da cidade, colocando outra vez Santa Cruz no caminho de grandes bandas.
O meu único grande pedido pra Legend, seria o de dar mais espaço para as bandas novas da região que estão tentando conseguir alguma maneira de crescer. O bar seria a oportunidade perfeita para elas! Não custa nada fazer um esforço a mais para que em alguns shows grandes tenham uma gurizada da cidade abrindo, e/ou que sejam feitas festas exclusivas para o rock feito aqui. Valeria a pena.
Bem, voltando então para a festa de sábado. O Bidê ou Balde, que desde 2004 não lançava nada de novo, está de volta, lançando músicas do seu novo álbum “Adeus, Segunda-Feira Triste ”. O hit “Me Deixa Desafinar” fez bastante sucesso no começo do ano, mostrando que a banda ainda produz música de qualidade. Recentemente mais uma foi lançada , como segundo single: se trata da ótima “Lucinha”, que já está rolando nas rádios e certamente fará parte do show. Além destas novidades, com certeza teremos todos os grandes clássicos da banda: “Bromélias”, “Microondas”, “Mesmo Que Mude”, “Melissa” e, a proibida (que ficou de fora do set list na Unisc), “E Por Que Não”.
É um baita show, imperdível! Ver o belo jogo de vocais do graaaande Carlinhos e da bela Vivi é demais, também destaco os teclados da dama da banda, e a bela atuação dos guitarrista Leandro Sá e Rodrigo Pilla. Ah, e recentemente o Bidê deu um presente para os fãs: toda a discografia está disponível para download gratuito no facebook oficial deles. Bem, portanto, não percam o Bidê ou Balde na casa que a um ano vem deixando os rockeiros de Santa Cruz mais felizes (e pobres), a Legend Music Bar.
Grande contribuição ao Vales Independentes, por Igo Kampf, parceiro do rockseculoxxi.blogspot.com/
Muito obrigado meu velho!
Nunca esqueço em uma bela noite, clima de Primavera-Verão, o senhor Carlinhos, subindo nas caixas de som. Aquele troço, deixou-me apavorado, pois ele quase caiu em cima de mim, ao voltar pro palco.
ResponderExcluirHahahaha... É verdade! Foi realmente assustador. Teve um momento que me virei de costas, quando voltei a olhar pro palco, o Carlinhos estava na minha frente em cima de umas caixas de som, fiquei realmente assustado com a possibilidade dele cair e me transformar numa folha de papel.
ResponderExcluirGrande matéria Igo. Só acho engraçado o pessoal reclamar do preço ainda...aqui tu paga na faixa de R$15 a R$30 para ver os shows na Legend. Em POA o mesmo show tu paga no minimo R$30. Fora a interação publico artista que a casa proporciona. Quantos as bandas locais, podem encaminhar release com material(Foto, Rider e Mapa de Palco) para hooharock@gmail.com. O intuito do projeto sempre foi colocar as bandas da cena independente pra tocar. Porém, priorizamos bandas que levam a sério seu trabalho, não há restrição em tocar covers, mas a proposta é que as bandas produzam material autoral. Grande abraço!
ResponderExcluirEsses fatos que o Johannes nos traz no post acima, realmente, limitam bastante o número de bandas que poderiam se candidatar a participar de um Hoo Ha Rock. Mas eu concordo plenamente com essa política de valorizar trabalho autoral, sem restrição à alguns cover no repertório (alguns!).
ResponderExcluirE incentivar essa produção musical na cena local é, pelo menos pra mim, o principal objetivo que me fez aceitar o desafio de manter esse blog. Fica aí a dica pra gurizada.
É verdade. Em Porto Alegre se paga bem mais caro para ver shows que aqui pagamos menos de 30 reais. Não reclamo do preço dos shows grandes que vem pra cá, ontem fui no Bidê ou Balde e acho bem justo 25 pila pro tamanho do show. E, a interação é realmente algo único, o grande diferencial mesmo. A Legend mata a pau nisso!
ResponderExcluirO problema é que para festas normais, com a banda da casa ou outras que toquem por aqui, o preço se mantem. Ai eu acho caro, mas talvez só esteja mal acostumado. Era bom quando a entrada das festas de rock eram 5 pila e dai eu podia ir em todas, hoje em dia ta mais difícil.
E sobre as bandas, o Hoo Ha Rock realmente dá uma baita força! Mas, é duas bandas por mês que tem essa oportunidade, acho pouco... O rock daqui deveria ser bem melhor valorizado. Temos muitas bandas, e poderia ter muito mais, é só dar mais espaço pra elas tocarem.