sábado, 12 de janeiro de 2013

Review: Cosmic Door, 05/12, Legend Music Bar


      Passando de carro pela frente da Legend, aproximadamente 11:40, o susto já foi grande. Uma fila imensa estava na frente da casa. Para quem conhece, ia até perto da entrada do prédio da Unimed. Existia uma promoção, que até a meia noite as mulheres entravam de graça e os homens pagavam 15 reais. Mas, mesmo assim, a fila era maior do que o normal. Já era certeza de casa cheia. Ou melhor - lotada!

      Por isso, terei que retomar um assunto antigo, pois se deve elogiar organização e respeito quando se tem. Pelo que me disseram, 11:30 estava vazio ali na frente, como de costume. Passados 10 minutos, dezenas de pessoas se encontravam tentando garantir seu lugar dentro da casa por um preço mais barato. Eu, que cheguei um pouco depois do grande movimento começar, teria o desconto se só tivessem na promoção aqueles que entraram na Legend até a meia noite. Mas, não... ali é diferente! Chegando lá já fui instruído a ir logo para a fila, pois tinha que estar nela até o horário combinado. Claro! A fila não é culpa do cliente, e sim da casa! Fechou meia noite, um segurança se posiciona atrás da última pessoa que está aguardando para entrar e permite que aqueles ali tenham o seu direito garantido. Parabéns a Legend pela organização. E, fica a dica para as outras casas, para que seus frequentadores fiquem satisfeitos e não exista nenhuma confusão.

      Bem, mas isso é só algo que eu queria esclarecer... espero não precisar voltar a este assunto mais. A Legend se organizou e foi premiada com lotação completa! Todos os ambientes estavam cheios de gente e até faltava lugar para poder se sentar. Acredito que isso tenha acontecido principalmente por ser a única festa no centro da noite e até talvez do fim de semana. Provavelmente, a grande maioria lá não sabia quem era a Cosmic Door, mas logo já foi possível ver os clássicos rockeiros das antigas que acompanham a banda e muita gente da nova geração que admira os caras. Vários que estavam na Sunset, duas semanas atrás, foram também para a Legend rever o show da Cosmic. E viram um espetáculo ainda maior!



      Começando aproximadamente a uma da manhã, a banda iniciou novamente com o baita som do The Doors - When The Music's Over! Aí se viu que, aqueles lotando o espaço interno da Legend, estavam ali para conferir a banda. O silencio nos momentos que deveria haver silencio, os gritos junto com os gritos da música, a agitação nos seus momentos pesados... o clima não poderia ser melhor! Certo que seria uma grande noite!

      No palco, a banda estava com tudo. O começo do show, que é apenas instrumental, se deu com a banda tocando e o Poletto, vocalista, de costas até o momento de sua entrada, que é com um daqueles clássicos gritos do Jim Morrison. Mais uma vez, revezamento de guitarristas. Alison e Rutzen fizeram shows separados e, em algumas partes, juntos. No resto, Beto na bateria, Jun nos teclados e Gabão no baixo traziam o clássico feeling da Cosmic. Isso além das participações especiais, que irei citar no decorrer do review.

      O set list era praticamente o mesmo do último show. Apenas algumas foram tiradas e a ordem se inverteu. Como já no começo, que teve Peace Frog como segunda canção. No decorrer, Green River, que já agitou bastante a Legend, Riders On The Storm, para o pessoal viajar e Time, com um baita começo e todo mundo cantando a letra junto! Encerrando a primeira parte (com só o Alison na guitarra), Alabama Song e Back Door Man juntas e, a não tão conhecida, Ship of Fools.

      Segunda parte, com os dois guitarristas no palco, começou com clássica dos Beatles. I've Got a Feeling, com Poletto e Alison fazendo o papel de Paul e John nos vocais. Na sequencia, um convidado muito especial: o Moi! Fazendo sua tradicional chamada para a abertura do The Wall, In The Flash - "Eins, zwei, drei, RUTZEN" ele gritou e a música começou. Após essa, que também causou grande agitação no público, hora do Poletto descansar. Alison assumiu os vocais para também fazer um grande solo de guitarra. Se antes foi John e Paul, agora é hora do George em While My Guitar Gently Weeps. O encerramento dessa segunda parte foi com o primeiro The Who da noite, Can't Explain e outro Beatles, Don't Let Me Down.

      Agora só com o Rutzen na guitarra, muito The Doors. A grande clássica Break on Through abriu a sequencia. Após, mais um lado B - You Make me Real. Também tivemos a grande LA Woman, que como sempre contou com muito feeling (e um show a parte de um bêbado e do Jun), e Love Her Madly, encerrando. Mas, não foi só de Doors essa terceira parte do show, também teve The Who com Summertime Blues e Won't Gat Fooled Again, quebrando tudo!

      Como se não fosse o bastante, a quarta parte do show reservou as melhores! Começando já com Confortably Numb! Aquela que faltou no show passado - e eu reclamei aqui - agora foi tocada! E, contou com um show do Miguel Beckenkamp na guitarra, fazendo um baita solo junto com o Rutzen! Após ela, a banda novamente com os dois guitarristas, discutia qual tocar. Nisso, um pessoal na frente do palco (que incluía este que aqui escreve) puxou a introdução da próxima música do set list "Her man's been gone, for nearly a year. He was due home yesterday, but he ain't here". Aí não teve jeito, a banda entrou direto na sequencia de A Quick One While he Is Away, do The Who! Outra vez, para mim foi o grande momento do show! Música muito bem executada, com muito feeling e animação. Banda está de parabéns!


      Para encerrar, segundo a banda, veio a grande música dos shows deles. Aquela que todo mundo espera sempre... Light My Fire. Solos de muito improviso e qualidade durante os vários minutos de som. Encerrando, inevitáveis pedidos de mais um. Algumas pessoas do meu lado pareciam não conhecer bem o som dos caras e pediam insistentemente alguma do Engenheiros... mas, tudo bem. O bis veio com Roadhouse Blues, que fez o público já bem menor na Legend (mas ainda sim um bom público) pular e cantar junto. A animação de quem estava na platéia e no palco foi tanta, que a música não chegou a acabar.

      Explico: antes do show de duas semanas atrás na Sunset, a Cosmic estava há meses sem tocar. Talvez mais de ano, não sei bem... Após esse da Legend, é possível que se tenha um grande hiato novamente. Ao final de Roudhouse Blues, que encerraria o show, vieram mais solos do Rutzen e do Alison. A banda seguia acompanhando... ninguém queria sair do palco. Após vários minutos, aquilo se transformou na base de Susie Q. E, essa sim, encerrou de verdade o épico show!

      Espero mesmo que não demore tanto para ver eles reunidos outra vez. É, na minha opinião, o melhor show da região. Um dos melhores que já vi aqui por Santa Cruz. Deveria acontecer mais seguido! Mas, a distância em que os integrantes moram, torna tudo mais difícil. Aguardamos ansiosamente por outro reunion. Sempre vale a pena!

(Peço desculpas pela qualidade e quantidade de fotos. Estas são do meu celular, tiradas apenas com a mão que não segurava o copo. Se encontrar, atualizo com outras melhores)

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