sábado, 21 de setembro de 2013

As 20 Questões - Alison "Barriga de bolacha" Knak


      Ele é musico, produtor, lutador de Muay Thai, e proprietário de um renomado estúdio na região. Estamos falando de Alison "Barriga de bolacha" Knak.

Alison"Barriga de bolacha"Knak

1 - Quem é Alison Knak? 


Um louco apaixonado por música



2 - O que mudou na vida do Alison vendedor na prisma para o Alison dono e produtor de estúdio?



Menos cabelo, um "pseudo bigode" e algumas poucas a responsabilidades a mais… HAHAhahehahe!!



3 - Qual a maior dificuldade que você vê nos músicos que gravam no seu estúdio?
Clodovil Style


Sinceramente?? Falta de foco, dedicação e autenticidade. Vejo que as pessoas estão mais interessadas em falar mal dos outros do que cuidar do próprio nariz, mas isso acho que não vai mudar pois desde que eu tinha 12 anos e ia assistir os festivais, isso já rolava.



4 - Com o estúdio você não pode resumir-se apenas ao rock, como você encara essa diversidade musical?



Música é arte e arte é uma forma de expressão. Apreciar certos tipos de arte é questão de gosto — muitas vezes com mau gosto — mas é gosto, e eu acabo encarando sempre como um aprendizado. Pois fechar a cabeça não nos leva a nada. Aprendi a lidar com isso trabalhando com profissionalismo, é obvio que muitas vezes gravo certos estilos musicas que na minha opinião nem deveriam existir (KKKkkkk…) mas tento tirar o máximo dessa experiência e tenho aprendido muito com isso.



5 - De onde surgiu o apelido "barriga de bolacha"?

Cafeína na mente



Cara, isso foi na época de piá quando eu tinha uns 10 ou 11 anos e tínhamos uma turma no bairro. Nos reuníamos para jogar bola praticamente todos os dias, e pra quem não sabe, nessa época eu era gordinho pra caralho. Aí, no meio de um jogo de bola, eu provavelmente ratiei feio — pois jogava mal pra cacete — e veio um xingamento. De brinde, esse apelido que acabou ficando até hoje.

Perdi a barriga mas continuo O Barriga!



6 - Como foi a experiência em ter tocado no palco do Circo Voador?



Simplesmente única, eu desci do palco chorando de verdade!! Foi forte de mais, a energia daquele palco é algo inexplicável, gostaria de poder compartilhar com todos a sensação que tive mas não imagino nem por onde começar, na verdade gostaria que todos pudessem ter essa experiência de pisar naquele palco ao menos uma vez na vida e sentir a energia da galera que já passou por lá. Penso as vezes que já tive minha chance e talvez isso nunca mais isso aconteça novamente comigo e isso me abala um pouco mas "THE LIFE GOES ON"..

Doctor Flowers no Circo Voador


7 - Qual o maior erro, que as bandas costumam cometer em estudio?



     O musico achar ser mais do que ele realmente é * O musico achar que pode resolver tudo no estúdio nao tendo essa capacidade, ai me fode a paciência! AHEHAEHAHEAHe... Quero dizer que as pessoas quando ouvem um som de uma banda que curtem não prestam muita atenção no que realmente esta acontecendo no TODO da musica, com o que cada instrumento esta fazendo pra soar harmoniosamente e não tomar o espaço todo brigando com o resto, a galera só vê seus respectivos instrumentos e muitas vezes querem se aparecer mais que os outros na banda e na real é mais simples que isso, saca a ideia??

"As tortas e as cucas"


8 - O que o levou a querer ser produtor e montar um estúdio?



Nunca pensei muito, as coisas simplesmente foram acontecendo. Na verdade nunca me considerei um "Produtor", mas sim um bom ouvinte, dono de um estúdio e critico pra caralho, mas confesso que ultimamente resolvi assumir firmemente o papel de produtor pois assim consigo tirar o melhor de cada musico, de cada musico e de cada banda, é um trabalho complicado pois muitas vezes tenho que falar coisas que certas pessoas não querem ouvir com relação a seus trabalhos, e muitas não entendem que faço isso para o bem do trabalho!

"Como esse cara vem e diz que essa parte da MINHA letra ta um lixo e quebra toda métrica da musica, a musica é minha PO**A!!"

Ta ruim eu digo mesmo!! HAehEHAehaeh… Talvez com palavras mais doces mas digo!

Boca de Sons já é referência


9 - Você se considera, bem sucedido?



Me considero sim! Sou apaixonado pelo meu trabalho, tenho conseguido sempre ver evolução nos meus trabalhos e ainda consigo bancar meus caprichos, quer coisa melhor que isso?? Na real melhor ainda é ver nos olhos do teu cliente aquele ar de satisfeito com teu trabalho, isso não tem preço que pague!


Mandando na Strato...

10 - O que mais te irrita quando esta gravando uma banda?


 Falta de confiança no meu trabalho

 11 - Por qual motivo, você abandonou, alguns dos seus projetos musicais?

Cansaço é palavra. Acontece que tocar pra mim sempre foi um hobby, e não tinha mais o mesmo tesão com isso, entro vi que alguma coisa estava errada pois acabava deixando o estúdio na mão pra tocar sem muita vontade de estar realmente querendo fazer aquilo. Adoro estar no palco, mas tocar não tinha mais sentido pra mim, não quero chegar aos 40 anos, olhar pra trás e pensar que foi ótimo ficar "animando festa", que era realmente o que estava acontecendo. Então decidi dar um tempo pra minha cabeça e tentar canalizar esse tempo e essa energia nos meus projetos, nas minhas musicas...Sacas??

Doctor Flowers e seu time de feras


12 - Você tem uma bela piscina em sua casa, por qual motivo, nunca convidou nenhuma banda para se refrescar? 


Acha que quero 4 ou 5 marmanjos na minha piscina??? Sai fora Rapá!!! AHehEHAHeHAEhaHe...
O pequeno Alison jamais negaria um banho de piscina ao seu ídolo Michael


13 - Qual a coisa mais estranha, engraçada, ou bizarra que já aconteceu no estúdio?


IIiiii foram varias que fica difícil citar apenas uma. Mas ocorre principalmente nos trabalhos da madrugada indo para o cedo da manha pois nessas horas a cabeça já não funciona direito.
Sob efeito do Psicodália


14 - Quais as suas lembranças do estúdio na casa de sua avó, lembra das farras, com a galera bebendo até gasolina de avião e aplicando salto mortal de cima do muro para dentro da piscina?


Não me recordo de nada disso, será que aconteceu mesmo??? AHehHAEHAHehae….


15 - Quais bandas você costuma usar como referência para uma MIX?


Acaba dependendo muito do estilo e da proposta da banda, tenho minhas referências mas não costumo usar muito, vou por onde meu ouvido chama.
Alison ao lado de mais uma celebridade, o Reverendo Marcelo Rossi


16 - Você foi escoteiro, qual ensinamento você aprendeu que levou para o resto da vida, e aconteceu alguma historia "cabulosa" deste período?


O maior ensinamento foi valorizar as amizades verdadeiras. Varias histórias "cabulosas" ocorreram durante os quase 5 anos que estive lá, éramos uma "turminha da pesada" né Mr Top Gun?? Esse cara me salvou de várias ruins mas deixamos pra ele responder isso...

O Escoteiro Alison, provando um saboroso picolé de abacaxi junto de sua antiga "gang"

17 - Existe alguma banda que se destaque na cena e que tenha potencial para sair de Santa Cruz?


Já vi varias mas infelizmente por conflitos de ego a maioria deixou de atuar, potencial várias tem, dedicação e profissionalismo foi o que sempre faltou e noto que falta até hoje.

"O Produtor" tomando uma cerva com uma banda de potencial

18 - Qual o disco mais bem produzido até hoje?


Difícil citar um. Mas pra mim o Dark Side of the Moon do Pink Floyd e o Sargent Peppers do Beatles são obras primas. Há várias bandas fazendo um som muito foda mas não vai ser assistindo Rede Globo ou colocando na Atlântida que tu vai ouvi-las, cada vez mais surpreendo com os discos do John Mayer, fico impressionado como os caras conseguem tirar aquele som que, pra mim, é fora do comum!


19 - Se pudesse organizar um mega festival, quais as 5 bandas que convidaria?


Pensando alto com bandas ou artistas ainda vivos e sem restrições de estilo:
TedeschiTrucks Band, Foo Fighters, David Gilmour junto com Roger Waters, Paul McCartney e, é claro, que o John Mayer


20 - Deixe suas considerações finais e nos responda, o Rock em Santa Cruz, tem salvação?


Não sei bem onde você quer chegar com essa pergunta mas não acho que o Rock em Santa Cruz esteja perdido, sinceramente acho que em certo ponto de vista nunca esteve tão bem. Há muitas bandas trabalhando em sons próprios, compondo e buscando uma identidade e um espaço no mercado e isso pra mim é sensacional.
Não tenho preconceito quando aos estilos, se o som é feito de coração ta valendo, seja Hard Rock, Rock'N Roll , "sonzinho EMO" ou "mela cueca de baitola", foda-se o estilo e fodam-se os preconceituosos pois como eu disse anteriormente, musica é arte, arte é uma forma de expressão... Tenho gostado de muita coisa que a galera tem feito por aqui, sons novos, diferentes, o Gibran tem feito um ótimo trabalho abrindo espaço pra galera mostrar seu trabalho. Eu apenas me preocupo e espero que todos reconheçam o valor da oportunidade que ele esta dando pra galera,  fazendo um puta trampo no total amor. Parabéns Gibran, tu é foda.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Review - Chair Acústico

     Buenas rapazeada! Volto, mais uma vez, de muita cinza em que nado para lhes dar um breve relato de um dos melhores shows que eu fui nos últimos tempos e, assim, voltando com a tradição do Blog de trazer review de festas aos que não puderam ou quiseram ir. O evento rolou no ambiente do Brasa Castelhana, em Venâncio Aires, promovido pela mesma equipe que promovera o Dozeduro Acústico (Uma parceria entre o Cris Seibt, da própria Dozeduro, o César Prochnow, dono do Brasa Castelhana e a Rádio Vênus FM), cujo não pude atender por possuir compromissos. A noite do dia 14 estava perfeita para um show de rock e o ambiente do Brasa Castelhana é animal. Me surpreende que ninguém caiu na piscina depois de muitas Dozeduro Beer - AH SIM! Já ia me esquecendo que na festa foi oferecida novamente a Dozeduro Beer e, aproveitando, aviso que tem mais um lote por vir, pelo que sei.



     Para mim, quando uma banda consegue fazer um som bom, com menos eletricidade, ela tem muita bala na agulha meu caro. Acústico não é para qualquer um, não um bom acústico - e esta noite, estava. Me lembrei dos vários shows promovidos pela MTV no começo dos anos 1990, como Aerosmith, Nirvana, Pearl Jam e, principalmente, Alice In Chains. O repertório da banda não andou muito longe disso, também. Confesso que acabei me atrasado por ter um compromisso com um show antes de chegar ao local, mas, até onde me informaram, o show havia apenas começado.

Essa, infelizmente, eu perdi.
     O repertório circulou entre as clássicas grungeiras como Pearl Jam, Nirvana, Alice In Chains, porém, com o acréscimo de vários clássicos que ficaram muito bem em formato acústico como Keep On Rockin' In The Free World e também rolou um Foo Fighters, na onda dos B-sides acústicos. O show contou com participações especiais que ajudaram a dar um gás muito foda.

     O som estava muito bem instalado e ouvia-se a banda muito bem. Também, comentando novamente, como os caras tinham bala na agulha, o som estava demais - méritos ao Douglas, na guita, por saber explorar tanto o violão de 12 cordas quanto os seus pedais de efeito no violão, dando um sabor especial ao som. O Júlio, também, se demonstrou um vocal e tanto - que fora muito fácil de denotar, afinal, quanto barulho se pode fazer num acústico? Novamente, acústico é f*** por causa disso. E por último, não desmerecendo nenhum dos membros, o Baixo do Mathias estava pesado e a bateria do Arthur sempre no tempo, uma tremenda duma beleza de show.

     Foi um show perfeito para um sábado à noite, apesar do preço um tanto abusivo da cerveja. A galera que compareceu fez uma bagunça no meio do possível e quem perdeu, terá que esperar pelo próximo acústico. Sabe-se lá, quem será o próximo e fiquemos ligados para mais novidades. Demais! Estou na procura dos vídeos gravados na noite e assim que os achar, posto-lhes para que possam conferir mais de perto.

Abraços da galera da Chair.